sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O CANCRO EM HOMENS-DIA MUNDIAL DO CANCRO







O câncer de mama é bem mais raro entre os homens, mas, não pode ser ignorado. A estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer), órgão ligado ao Ministério da Saúde, é que a doença deve atingir 28.340 mulheres este ano, com previsão de 8.245 óbitos. Atenção: esses são apenas os novos casos.
Índices internacionais mostram que, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem é afetado (1%). Entre os brasileiros, essa percentagem seria de 0,65%, segundo o Hospital do Câncer de São Paulo, atingindo principalmente pacientes com mais de 60 anos. Considerando a previsão do Inca para o câncer feminino, cerca de 185 homens serão acometidos pela doença este ano.
Nos EUA, onde as estatísticas são mais apuradas, a previsão de novos casos de câncer de mama em mulheres é de 180 mil, cinco vezes mais que no Brasil. Os norte-americanos calculam que 1.400 homens serão atingidos pela doença e 400 deverão morrer em decorrência dela. No Brasil, os especialistas concordam que os números são subestimados. Na região de Ribeirão Preto (interior de SP), onde Renato mora, o ambulatório de mastologia do Hospital das Clínicas registrou nesta década pelo menos dez casos. Um a cada ano, em média. Metade dos pacientes morreu por causa da demora no diagnóstico.
Embora os números não sejam alarmantes, um pouco de informação e menos preconceito ajudariam a evitar sofrimento e até mortes.
Segundo Mário Mourão Netto, diretor do departamento de mastologia do Hospital do Câncer, a maioria do casos é descoberta de forma tardia, muitas vezes por desconhecimento do próprio médico, não-especializado.
No caso do maquinista Renato, quem percebeu o pequeno tumor, menor que um grão de feijão, foi sua mulher, Rosângela, 37. "Era duro. Não saía do lugar", conta ela. De início, ele não se preocupou. "Pensei que fosse apenas um nódulo, um lobinho", diz Renato.
Ao contrário do tumor cancerígeno, o "lobinho" -na maioria das vezes, a primeira identificação errada feita do nódulo- é um caroço formado por excesso de gordura gerada pelo organismo e não traz nenhuma conseqüência negativa ao portador, exceto a estética.
Mas, um mês e meio depois, o caroço estava maior que uma azeitona, e o casal resolveu procurar um médico. "Se eu tivesse ido logo no primeiro dia, não teria perdido minha mama inteira", lamenta Renato.
Quando mais tempo o paciente demora, menos chances tem de controlar a doença, que pode se alastrar por outras partes do corpo. Ossos, pulmão e fígado são as vítimas preferenciais da invasão do tumor.
Foi o que aconteceu com Renato. Depois de retirar a mama, em junho do mesmo ano, no HC de Ribeirão Preto, ele se submeteu a sessões de rádio e quimioterapia para conter a possível multiplicação das células cancerígenas. Foram seis meses marcados por enjôos, vômitos e depressão.
Dois anos depois, porém, o câncer havia atingido a coluna e a bacia. Renato chegou a ficar 21 dias de cama, com dificuldade para andar. Sua fragilidade era tamanha que um espirro fez com que quebrasse uma das costelas. "O ano de 96 ficará marcado na minha memória. O médico disse que o meu marido não teria mais que três meses de vida e que, mesmo assim, tinha que continuar as sessões só para aliviar sua dor", conta Rosângela.
Renato não abandonou o tratamento convencional, mas experimentou outras alternativas de cura e, a pedido do médico, largou o cigarro -fumava um maço por dia, em média, desde os 18 anos.
O fumo é apontado como um dos principais carcinógenos. Os fumantes apresentam um risco relativo dez vezes maior do que os não-fumantes de desenvolver câncer de pulmão, bexiga e no aparelho digestivo, por exemplo.
Outro fator que merece atenção é o histórico familiar. A bisavó de Renato, por exemplo, morreu de câncer no útero. A incidência em famílias que já registraram casos da doença é maior do que em outras sem antecedentes. Em alguns casos, o risco pode dobrar.
O problema, diz Mário Mourão Netto, é que a maioria das pessoas ignora que é possível diagnosticar, com antecedência, a possibilidade de desenvolver câncer por hereditariedade. Mário cita exames de sangue que permitem estudar a presença de genes supressores de câncer (que surgem para inibir a doença), principalmente de cólon e mama.
Se o exame detecta que um determinado gene sofreu mutação, a pessoa tem chances de vir a desenvolver a doença. A partir daí é possível fazer um tratamento de prevenção com medicamentos. "Graças a esse novo tipo de identificação, é possível evitar que o câncer venha a se manifestar em até 60% dos casos", diz o médico.
Além do fator hereditário, os grupos de risco masculino são os que sofrem de ginecomastia (aumento do volume da mama), quem foi exposto à radiação, tem problemas de fígado e próstata e quem fez tratamento com estrógeno, além de homens que tiveram doenças testiculares (como caxumba) e, conseqüentemente, produzem menos hormônios sexuais masculinos.

Suspeita da mulher
Com medo da herança genética, o metalúrgico aposentado Luiz Carlos Furlani, 55, de São Paulo, quer convencer suas sobrinhas a fazer o exame de identificação de genes. A doença já atingiu quatro membros de sua família (três irmãs e uma outra sobrinha) -além dele.
Casado e pai de dois filhos, Luiz descobriu o caroço no segundo semestre de 96, também durante o banho. "Na hora pensei que fosse câncer. Fiquei mal, achei que iria morrer, como minhas irmãs." Ainda assim, preferiu o silêncio e, durante três meses, escondeu o nódulo da mulher e dos dois filhos.
Mas a angústia ficou. "Suspeitei que fosse outra mulher, porque ele mudou o jeito de agir. Cogitei até me separar", lembra a mulher, Gilda Maria de Jesus, 49. Cobrado, Luiz abriu o jogo.
A mama foi retirada no início de 97, no Hospital do Câncer, em São Paulo. O câncer estacionou, sem necessidade de químio ou radioterapia. "A nossa sorte foi não esperar o nódulo crescer para procurar um especialista. Outro ponto fundamental foi nos mantermos unidos. Se houve alguma coisa boa nisso, foi a nossa união. Passamos a dar mais valor à vida", lembra Gilda.
Três meses depois de retirar a mama, Luiz, que gosta de ir à praia todos os finais de semana, enfrentou o desafio de caminhar em público, o corte à mostra. "No começo, é claro, a gente se sente incomodado, principalmente quando crianças e jovens ficam olhando." Nessa época, jogava a camisa sobre os ombros, parte dela cobrindo a cicatriz. Depois, relaxou. "Com o tempo, você acaba esquecendo. A cicatriz é o de menos, é um sinal de que estou curado."
O diagnóstico precoce e o tratamento preventivo não estavam disponíveis em 89, quando Francisco Peres Romero, 71, descobriu que tinha câncer de mama. Há cerca de 20 anos, a irmã mais velha de Francisco, então com 67 anos, morreu em conseqüência da mesma doença.
Casado, pai de um único filho e avô de dois netos adolescentes, Francisco percebeu um pequeno caroço no lado direito da mama no momento em que tomava banho -o meio mais comum de descobrir o tumor.
"Não doía nem incomodava. Devagarinho, o caroço foi crescendo", conta Francisco. Um ano e meio depois, ele acordou no meio da noite com uma forte dor na região do nódulo, atingida por uma cotovelada de sua mulher, Hermelinda Cozzi Peres. A região infeccionou, o que acabou levando Francisco ao médico e, na seqüência, à mesa de cirurgia.
O aposentado foi operado somente em junho de 91, uma pequena cirurgia para a retirada de tecido para análise. "Demorou muito. Acho que o médico devia ter sido procurado assim que eu descobri o caroço", diz ele. No mês seguinte, o aposentado voltou a ser operado, dessa vez para a retirada da mama.
A recuperação levou um ano e meio, com uma maratona de sessões de rádio e quimioterapia. Atualmente, o câncer está estabilizado, e Francisco faz exames regularmente, a cada seis meses. "Comecei a viver novamente."
É o caso do advogado Francisco Crocco, 76, que, em julho de 98, também passou por uma cirurgia para retirada da mama esquerda. Ao contrário da maioria dos pacientes, Crocco foi rápido. Cerca de 45 dias após a descoberta do nódulo, já estava em uma mesa de cirurgia.
"Acho que demorei até demais. Fui tranqüilo. Pensava assim: "Nem toda dor de cabeça é um tumor, nem toda dor de estômago é uma úlcera. Não pensei em câncer", lembra o advogado. Crocco também descobriu o nódulo durante o banho. Era pequeno, mas não o desprezou. Crocco também descobriu o nódulo durante o banho. Era pequeno, mas não o desprezou.
Fazer um auto-exame de mama nem passa pela cabeça da grande maioria dos homens. Muitos nem se lembram que têm mama. Os músculos que saltam na hora de "puxar ferro" são apenas parte que costumamos chamar de peito. A mama masculina é incipiente. Ela fica atrás do bico (mamilo), auréola e o músculo grande peitoral. Quando crianças, meninos e meninas têm mamas praticamente iguais: são mamilos sobre superfícies lisas. Na adolescência, a produção de estrógeno provoca o crescimento dos seios e a formação das glândulas mamárias nas mulheres.
O baixo estímulo dos hormônios sexuais femininos (estrógenos) impede o desenvolvimento de seios nos homens. Mas eles mantêm os "vestígios" da mama. O câncer de mama é visualmente mais fácil de ser percebido no homem do que na mulher _um caroço pequeno pode nem ser notado em um seio.
A cada seis meses, Crocco volta ao médico para exames periódicos, que avaliam a estabilidade da doença. "Essa palavra precisa ser desmistificada entre a população. O câncer não é mais o que era há 50, 10 anos, e hoje novas formas de combatê-lo estão surgindo", afirma.
"Câncer para mim é um assunto totalmente encerrado. O que eu quero é chegar aos 100 anos de idade, comendo pizza e tomando cerveja sem álcool", afirma Crocco.
É a mesma sensação vivida pelo maquinista Renato, que, na semana passada, comemorava os seis meses de sua filha mais nova -uma consequência positiva e imprevista do câncer. "Os médicos diziam que químio e radioterapia poderiam provocar a esterilidade dele e eu parei com as pílulas", conta Rosângela.
A gravidez não foi nada fácil. Além de uma depressão provocada pelo risco de perder o marido, Rosângela morria de medo de que o bebê nascesse com problemas. O parto foi um alívio.
Para comemorar, a criança ganhou o nome de Victória. "Ela representa a vida, pois nunca desistimos, apesar de todas as dificuldades", diz Rosân

A cirurgia é o primeiro passo no tratamento contra o câncer de mama masculino -e é indispensável em todos os casos.
Depois que o tumor é descoberto, é necessário retirar uma amostra de tecido (biópsia) para descobrir se ele é cancerígeno e a quantidade de células doentes.
Caso seja detectado o câncer, o paciente tem que se submeter à retirada da mama e ao esvaziamento da axila afetada.
Isso ocorre porque, depois da mama, o primeiro local atingido pelo câncer são os gânglios axilares, explica o mastologista do Hospital das Clínicas Roberto Hegg, 52, professor da USP, especialista em oncologia.
"A cirurgia pode durar de duas a três horas, e o paciente, em média, não fica mais que três dias no hospital", afirma Roberto.
Depois da retirada do tumor, dependendo da manifestação da doença no organismo, vêm os chamados tratamentos pós-cirúrgicos: quimioterapia, radioterapia e hormonoterapia. Esses também são, geralmente, os mesmos procedimentos adotados em mulheres com câncer de mama.
Na fase da quimioterapia, em que são aplicados medicamentos para combater células cancerígenas remanescentes, o paciente pode sofrer queda de cabelo, enjôos e vômitos. "Mas nada disso inviabiliza o tratamento", diz o médico.
Essa fase pode durar de seis a oito meses, mas o prazo também depende da reação das células cancerígenas restantes.
Em outra etapa complementar à cirurgia, na radioterapia, a emissão de raios cobaltos, por exemplo, também tem como objetivo eliminar as células cancerígenas. Geralmente, o tratamento dura cerca de 40 dias.
Já na hormonoterapia, procedimento que pode continuar enquanto a doença permanecer estável, ou seja, sem se alastrar para outras partes do corpo, são aplicados hormônios para bloquear a ação do estrógeno, hormônio sexual feminino presente no homem.

"Nunca passou pela minha cabeça que homem pudesse vir a ter esse tipo de doença. Quando descobri, foi um choque."
Renato Leandro Garcia Vieira, 35, maquinista aposentado

"Crianças e adolescentes eram os que mais olhavam com curiosidade para a cicatriz. Isso me incomodava um pouco."
Luiz Carlos Furlani, 55, metalúrgico aposentado

"No começo, era menor que um grãonzinho de feijão. Não doía, não incomodava."
Francisco Peres Romero, 71, aposentado

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O REINO DOS CÉUS É SEMELHANTE A UMA SEMENTE


Evangelho (Lucas 13,18-21)
Terça-Feira, 27 de Outubro de 2009

30ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.

- Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

SEJA A VOSSA VONTADE A MINHA CONSTANTE


REZEM, REZEM, REZEM!

O MUNDO PRECISA MUITO DE ORAÇÕES E MUITOS SACRIFÍCIOS PELA CONVERSÃO DOS PECADORES.

SENHOR! EU CREIO EM VÓS, MAS AUMENTAI A MNHA FÉ!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

SALMO 8-SÓ O SENHOR É MAJESTADE



Salmo 8
A majestade do Senhor e a dignidade do Homem

Senhor, nosso Deus, *
como é admirável o vosso nome em toda a terra! †
A vossa majestade está acima dos céus.

Da boca das crianças e meninos de peito *
sai um louvor que confunde os vossos adversários †
e reduz ao silêncio os inimigos rebeldes.

Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, *
a lua e as estrelas que lá colocastes,
que é o homem para que Vos lembreis dele, *
o filho do homem para dele Vos ocupardes?

Fizestes dele quase um ser divino, *
de honra e glória o coroastes:
destes‑lhe poder sobre a obra das vossas mãos, *
tudo submetestes a seus pés:

Ovelhas e bois, todos os rebanhos, *
e até os animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar, *
tudo o que se move nos oceanos.

Senhor, nosso Deus, *
como é admirável o vosso nome em toda a terra!

Meditação
Belo é o universo. Tão profundo para o homem o descobrir, e tão simples que um bébé para ele sorri. Admirável é a criatividade de Deus.
Quem é a Humanidade para que Deus lhes dê, o universo, a obra das suas mãos?
Que quer Deus que a Humanidade faça com o que lhe deu?
A quem pede a Humanidade conselho para agir?
A quem dará a Humanidade tudo o que possuir?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SÃO ROQUE




São Roque
São Roque (c. 1295 – 1327) é um santo da Igreja Católica Romana, protector contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões. É também considerado por algumas comunidades católicas como protector do gado contra doenças contagiosas. A sua popularidade, devido à intercessão contra a peste, é grande sendo orago de múltiplas comunidades em todo o mundo católico e padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais e dos seus produtos e aos cães. A sua festa celebra-se a 16 de Agosto.
Não existem grandes certezas sobre a vida de São Roque, permanecendo a maior partes dos seus dados biográficos envolvidos em mistério. Até o seu verdadeiro nome é desconhecido, já que Roch (aportuguesado para Roque) seria o seu nome de família e não o nome de baptismo (está documentada a existência no século XII de uma família com aquele apelido na cidade).
Embora haja considerável variação nas datas apontadas para o seu nascimento e morte (consoante os hagiógrafos, a data de nascimento varia de 1295 a 1350; a da morte de 1327 a 1390), Roque terá nascido em Montpellier, França, por volta de 1350, e falecido na mesma cidade em 1379 (embora outra versão da sua biografia o dê como morto naquele mesmo ano, mas na Lombardia). Sabe-se contudo que terá falecido jovem.
Era filho de um mercador rico, de nome João, que teria funções governativas na cidade, e de sua mulher Libéria. Estava ligada a famílias importantes de Montpellier, sendo herdeiro de considerável fortuna.
Diz a lenda que Roque teria nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada na pele do peito, o que o predestinaria à santidade. Roque terá ficado órfão de pai e mãe muito jovem, sendo a sua educação confiada a um tio. Terá estudado medicina na sua cidade natal, não concluindo os estudos.
Levando desde muito cedo uma vida ascética e praticando a caridade para com os menos afortunados, ao atingir a maioridade, por volta dos 20 anos, resolveu distribuir todos os seus bens aos pobres, deixando uma pequena parte confiada ao tio, partindo de seguida em peregrinação a Roma.
No decorrer da viagem, ao chegar à cidade de Acquapendente, próxima de Viterbo, encontrou-a assediada pela peste (aparentemente a grande epidemia da Peste Negra de 1348). De imediato ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes, operando as primeiras curas milagrosas, usando apenas um escalpelo e o sinal da cruz. De seguida visitou Cesena e outras cidades vizinhas, Mântua, Modena, Parma, e muitas outras cidades e aldeias. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando os doentes, revelando-se cada vez mais como místico e taumaturgo.
Depois de visitar Roma (período que alguns biógrafos situam de 1368 a 1371), onde rezava diariamente sobre o túmulo de São Pedro e onde também curou vítimas da peste, na viagem de volta para Montpellier, ao chegar a Piacenza, foi ele próprio contagiado pela doença, o que o impediu de prosseguir a sua obra de assistência. Para não contagiar alguém, isolou-se na floresta próxima daquela cidade, onde, diz a lenda, teria morrido de fome se um cão dono não lhe trouxesse diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água com a qual matava a sede. O cão pertenceria a um rico-homem, de nome Gottardo Pollastrelli, que apercebendo-se miraculosamente da presença de Roque, o terá ajudado, sendo por ele convertido a emendar a sua má vida.
Miraculosamente curado, regressou a Montpellier, mas logo foi preso e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam seria um seu tio materno, que declarou não o conhecer. Roque foi considerado um espião e passou alguns anos numa prisão (alguns biógrafos dizem ter sido 5 anos) até morrer, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto, pela cruz que tinha marcada no peito.
Uma versão alternativa situa o local da prisão em Angera, próximo do Lago Maggiore, afirmando que teria sido mandado prender pelo duque de Milão sob a acusação de ser espião a soldo do papa. Não se podendo livrar da acusação de espionagem (ou de disseminar a peste), morreu prisioneiro naquela cidade (diz-se que em 1379).
Embora não haja consenso sobre o local do evento, parece certo que ele morreu na prisão, depois de um largo período de encarceramento.
Descoberta a cruz no peito, a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o sul de França e pelo norte da Itália, sendo-lhe atribuídos numerosos milagres. Passou a ser invocado em casos de epidemia, popularizando-se como o protector contra a peste e a pestilência. O primeiro milagre póstumo que lhe é atribuído foi a cura do seu carcereiro, que se chamaria Justino e coxeava. Ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estaria realmente morto, a perna ficou milagrosamente curada.
Embora sem provas que o consubstanciem, afirma-se que Roque terá pertencido à Ordem Terceira de São Francisco.
Não se conhece a data da canonização, a qual terá sido por devoção popular e não por decisão eclesiástica, como aliás era comum na época. A primeira decisão oficial da Igreja sobre o culto a São Roque aconteceu em 1414, quando no decurso do Concílio de Constança se declarou uma epidemia de peste. Levados pela fé popular em São Roque, os padres conciliares ordenaram preces e procissões em sua honra, tendo de imediato o contágio cessado.
O papa Urbano VIII aprovou os ofícios eclesiásticos para serem recitados a 16 de Agosto, dia da sua festa.
O papa Paulo III erigiu uma confraria, sob a invocação de São Roque, para administrar a igreja e o hospital erigidos em Roma durante o pontificado de Alexandre VI. A confraria cresceu rapidamente, de tal forma que o papa Paulo IV a elevou a arquiconfraria, como a faculdade de agregar outras confrarias da mesma invocação que tinham surgido noutras cidades. A confraria tinha um cardeal protector (ver Reg. et Const. Societatis S. Rochi). Vário papas concederam privilégios a esta confraria, nomeadamente Pio IV (1561), Gregório XIII (1577) e Gregório XIV (1591).
O culto a São Roque, que tinha declinado durante o século XVI reavivou-se com a aprovação papal da respectiva confraria, tendo surgido igrejas dedicadas ao santo em todas as capitais católicas, recrudescendo a devoção sempre que surgiam epidemias. O último grande ressurgimento ocorreu com a cólera nos princípios do século XIX.
Diz-se que as suas relíquias foram transportadas para Veneza em 1485, sendo aqui objeto de grande veneração. A magnificente igreja seiscentista que as alberga, a Scuola Grande di San Rocco, foi decorada por Tintoretto. A cidade dedica-lhe uma festa anual (uma das obras primas de Canaletto retrata a saída da procissão de São Roque em Veneza).São Roque é geralmente representado em trajes de peregrino, por vezes com a vieira típica dos peregrinos de Compostela, e com um longo bordão do qual pende uma cabaça. Um dos joelhos é geralmente mostrado desnudado, sendo visível uma ferida (bubão da peste). Por vezes é acompanhado por um cão, que aparece a seu lado trazendo-lhe na boca um pão

terça-feira, 13 de outubro de 2009

REVERENDÍSSIMO SENHOR DOM POLICARPO-CARDIAL PATRIARCA DE LISBOA


HOMILIA DO SENHOR DOM POLICARPONA PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA

Fátima em festa com a perspectiva de visita do Papa
Presença de um Papa em Portugal é «foco e referência


Homilia de D. José Policarpo na Peregrinação Internacional de Outubro
“Como Maria viveu o Sacerdócio do seu Filho, Jesus Cristo”

1. Neste Ano Sacerdotal, quando o País inteiro se prepara para receber o Sucessor de Pedro, cabeça do Colégio dos Apóstolos, somos convidados a interiorizar essa manifestação inaudita do amor de Deus pela humanidade, que é a dimensão sacerdotal, cuja plenitude se exprimiu em Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Maria, que pela Sua vida e pela a Sua morte reconduziu definitivamente todos os homens à intimidade com Deus, Trindade Santíssima, comunhão de amor. Esta função sacerdotal, plenamente realizada por Jesus Cristo, é vivida pela Igreja, Povo Sacerdotal, a que preside, de forma perene e definitiva, o próprio Jesus Cristo, através daqueles a quem consagrou pelo Espírito Santo para exercer, em seu nome, as funções sacerdotais da Igreja, Povo de Deus. Pelo lugar especialíssimo que ocupa na vida e missão de Jesus Cristo, assim como na Igreja, que a aclama como sua Mãe, porque é o seu “ícone” inspirador, queremos contemplar a participação de Maria no sacerdócio do seu Filho Jesus Cristo. Toda a Igreja, povo sacerdotal e todos os sacerdotes que tornam presente na Igreja o sacerdócio de Jesus Cristo, podem contemplá-la como Mãe e modelo, encontrando nela as expressões próprias da atitude sacerdotal.

2. O sacerdócio é um mistério de amor, do amor infinito de Deus pelo homem que criou à sua imagem, que destinou a partilhar, na intimidade com Ele, a comunhão de amor, onde encontrará a plenitude da vida. Desse desígnio eterno o homem afastou-se e continua a afastar-se pelo pecado. O sacerdócio resume toda a pedagogia salvífica de Deus: suscita na humanidade o fermento dessa vocação sublime de amor; apesar do pecado, renuncia aos critérios do mundo e deixa-se guiar pela Palavra do Senhor, oferecendo-lhe a sua vida e aprendendo a vivê-la como expressão de louvor. Para isso escolheu e formou um Povo a que o Profeta Isaías chama “linhagem que o Senhor abençoou” (Is. 61,9). Expressão de Deus em favor da humanidade, o Povo de Deus é, na sua identidade mais profunda, um povo sacerdotal, capaz de reconhecer o amor salvífico de Deus e de se assumir como um Povo que louva o Senhor.
O sacerdócio é um mistério de amor, do infinito amor de Deus pelo Seu Povo, que volta a poder desejar a plenitude do amor, em Deus, e volta a ser capaz de viver a vida neste mundo, como antecipação dessa plenitude final. O Santo Cura d’Ars, de quem celebramos este ano os 150 anos da sua morte, escreveu um dia: “Oh, o padre tem alguma coisa de grande. Não se compreenderá bem o sacerdócio senão no Céu. Se o compreendêssemos na Terra, morreríamos, não de espanto, mas de amor” (1).
Mas não foi apenas um santo sacerdote que reconheceu que o sacerdócio é um mistério de amor. Santa Teresa de Lisieux, uma humilde carmelita, sente-se devorada pelo desejo de contribuir para a salvação do mundo, quereria ser apostola desde o princípio do mundo até à escatologia e quereria dar toda a sua vida derramando o sangue como os mártires. Mas Deus fez-lhe perceber, lendo São Paulo, que, no amor, ela poderia ser tudo isso e escreve: “compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor fazia actuar os membros da Igreja e que, se o amor viesse a extinguir-se, nem os apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho, nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno. E então (…) exclamei: a minha vocação é o amor” (2).
Nem podemos imaginar a intensidade com que Maria amou o mundo, encarnando a intensidade do amor salvífico de Deus. Essa intensidade comoveu o próprio coração de Deus, a ponto de o mensageiro divino a saudar como a “cheia de graça”, aquela que vive a plenitude do amor. Na sua vocação, ao aceitar o chamamento de Deus, onde ela identifica o desígnio salvífico, ao partilhar com o seu Filho o sacrifício redentor, Maria viveu, na radicalidade do seu coração o amor sacerdotal. Como mais tarde a Igreja, ela percebeu e aceitou que a sua vocação e a sua missão era o amor.

3. A dimensão sacerdotal do Povo de Deus e as suas instituições inserem-se no dinamismo da redenção, levando um Povo “que o Senhor abençoou” a recuperar a sua vocação primordial de comunhão com Deus. No desígnio de salvação, esta não consiste, apenas, na plenitude escatológica. A comunhão com Deus é para ser vivida já neste mundo, pois ela define o mistério da vida. O primeiro fruto da dimensão sacerdotal é levar o Povo a louvar o Senhor, em tudo o que se é e o que se faz: rezando, toda a Liturgia é um acto de louvor, praticando o amor e a justiça, proclamando as maravilhas de Deus. Israel e a Igreja são chamados a ser um povo que louva o Senhor. A primeira manifestação desse louvor é reconhecer a acção de Deus em favor do Seu Povo, na consciência de que, sem Deus, os homens não conseguem ultrapassar a fronteira entre o pecado e a graça. A confissão de fé dos crentes de Israel é recordar, fazer memória, das maravilhas que Deus realizou em favor do seu Povo. Encontramos na primeira leitura que escutámos (Is. 61, 9-11) essa atitude de louvor: “Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, que me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de Justiça”. O Profeta Isaías sente essa misericórdia de Deus como expressão da sua ternura amorosa: “Como o noivo que cinge a fronte com o diadema e a noiva que se adorna com as suas jóias”.
Reconhecer e fazer memória da acção salvífica de Deus é a essência da dimensão sacerdotal. A própria Eucaristia, principal expressão do Povo Sacerdotal, onde se tona clara a especificidade do ministério dos sacerdotes e da sua convergência com a oferta do Povo Sacerdotal, é a memória da acção decisiva de Deus, em Jesus Cristo, para a salvação da humanidade. Maria fá-lo espontaneamente, assumindo atitude sacerdotal, ao reconhecer as maravilhas que Deus realiza nela e que relaciona com as maravilhas que fez em favor do seu Povo: “A minha alma glorifica o Senhor… o Todo Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu Nome… acolheu a Israel seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais” (cf. Lc. 1,46-55).

4. A dimensão sacerdotal exprime-se, também, na oferta a Deus de sacrifícios de louvor. A melhor expressão do louvor que o homem pode ter é oferecer a sua vida a Deus e viver a vida de modo digno para ser oferecida. São Paulo pede isso aos cristãos de Roma, como ouvimos na segunda leitura: “Peço-vos, irmãos, pela misericórdia de Deus, que vos ofereçais a vós mesmos, como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, como culto espiritual” (Rom. 12,1). A consciência teológica de Israel vai percebendo que na oferta pura que o justo faz da sua vida a Deus, ele merece a redenção dos seus irmãos. Encontramos a plenitude desta oferta sacerdotal da própria vida, no sacrifício de Cristo de que a Igreja faz memória sempre que celebra a Eucaristia.
Esta oferta total da própria vida, Maria fá-la desde o momento em que disse a Deus: “faça-se em mim segundo a tua Palavra” e radicaliza-a, para todo o sempre, aos pés da Cruz de seu Filho, oferecendo-O e oferecendo-se com Ele. Ela é verdadeiramente co-redentora. Este sacrifício perene de Jesus Cristo, não se repete, mas actualiza-se, como se fosse oferecido hoje, no poder sacramental da Igreja na Eucaristia e na presença amorosa de Maria na Igreja. A memória viva que guarda no seu coração daquele momento decisivo do Calvário é também uma forma de lhe dar actualidade na vida da Igreja. Com a Igreja, Maria oferece e oferece-se em cada Eucaristia.

5. Proclamar a Palavra que nos revela o amor de Deus e levar o povo a escutá-la e a segui-la, pondo-a em prática, é outra expressão da dimensão sacerdotal. Esta dimensão viveram-na apaixonadamente os profetas, deve devorar o coração dos sacerdotes que também são profetas. Maria é, também neste aspecto da dimensão sacerdotal uma estrela que nos guia. “Eu sou a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc. 1,18). E nas Bodas de Caná convida os criados: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo. 2,5). Esse é o desafio que a Igreja, Povo Sacerdotal, faz ao mundo a que é enviada: escutai o que Deus vos diz; fazei tudo o que Ele vos disser.

6. A dimensão sacerdotal é, no meio dos homens, a manifestação da solicitude de Deus pelas necessidades do Povo e de cada um. Ele é o pastor do seu Povo, conhece as suas ovelhas, sabe do que precisam, cuida das doentes e das débeis, vai à procura delas, carrega aos ombros a que está ferida. Esta atenção à vida concreta de cada homem é desafio a toda a Igreja, Povo Sacerdotal, é-o particularmente para nós, sacerdotes, chamados a sermos presenças vivas de Cristo Bom Pastor. Nas Bodas de Caná, Maria mostra essa atitude pastoral de atenção ao pequeno-grande problema que afligia os esposos. Mostra-o quando diz a Jesus: “não têm vinho” (Jo. 2,5). Que solicitude, que atenção ao pormenor, que capacidade de avaliar um problema pessoal.

7. O sacerdócio é a expressão do amor de Deus e hoje sabemos o seu nome: é o Espírito Santo, o que realiza toda a obra de Deus em favor do seu Povo. O Espírito Santo é o segredo da acção sacramental. Todos os membros da Igreja são sacerdotes porque são ungidos pelo Espírito Santo. Os sacerdotes são ungidos e consagrados pelo Espírito na sua ordenação. E todos sabemos que a fecundidade sacerdotal é obra do Espírito Santo, a certeza da Igreja de “que a Deus nada é impossível”. Contemplemos a missão de Maria como um sacerdócio, em dois momentos da salvação a acontecer. Na Anunciação, o Anjo diz a Maria: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra” (Lc. 1,35). E, na Eucaristia, antes da consagração do Pão e do Vinho, o sacerdote reza assim: “santificai estes dons, derramando sobre eles o vosso Espírito, para que se convertam, para nós, no Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Euc. II). De facto a Deus nada é impossível. A acção do Espírito em Maria prolonga-se na acção da Igreja, no seu poder sacerdotal. O amor de Deus continua a transformar a história.

Santuário de Fátima, 13 de Outubro de 2009
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

QUEM FOI SÃO BRUNO?


Quem foi São Bruno?

Fundador da Ordem dos Cartuxos
No dia 6 de outubro celebramos o santo fundador da Ordem dos Cartuxos, considerada a mais rígida de todas as Ordens da Igreja, e que atravessou a história sem reformas. Filho de família nobre de Colônia, Alemanha, nasceu em 1035. Quando alcançou idade foi chamado pelo Senhor ao sacerdócio, e se deixou seduzir. Amigo e admirado pelo Arcebispo de Reims, Bruno, inteligente e piedoso, começou a dar aulas na escola da Catedral desse local, até que – já cinqüentenário e cônego – amadureceu a inspiração de servir a uma Ordem religiosa.
Após curto estágio num mosteiro beneditino, retirou-se a uma região chamada Cartuxa com a aprovação e bênção de um bispo, o qual lhe ofereceu um lugar. Assim, São Bruno começou sua obra com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus. Com os companheiros observava absoluto silêncio a fim do aprofundar-se na oração e meditação das coisas divinas, ofícios litúrgicos comunitários, obediência aos superiores, trabalhos agrícolas, transcrição de manuscritos e livros piedosos.
Quando um dos discípulos de São Bruno tornou-se Papa, o quis como assessor. Por obediência ao Vigário de Cristo, ele aceitou o convite. Porém, recusou ser bispo e – após pedir com insistência a Urbano II – conseguiu voltar à vida religiosa. Juntamente com amigos de Roma fundou, no sul da Itália, o mosteiro de Santa Maria da Torre. Faleceu em 1101, neste mesmo mosteiro.
As suas últimas palavras foram: “Eu creio nos Santos Sacramentos da Igreja Católica. Em particular, creio que o pão e o vinho consagrados, na Santa Missa, são o Corpo e Sangue verdadeiros de Jesus Cristo”.
São Bruno, rogai por nós!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

HORA DE REPARAÇÃO E DE SANTIFICAÇÃO PELOS SACERDOTES




Segunda-feira, 5 de Outubro de 2009 - SEGUNDA-FEIRA da semana XXVII


Orações
Directório de temas > Orações por necessidades várias

Oração pelos sacerdotes

Oração para ser rezada especialmente nas 5ªs Feiras na Hora Santa

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se transviam no caminho, onde um dia entraram com amor e alegria, e hoje põem em dúvida perante as dificuldades que encontram. Nós Vos imploramos, acudi-lhes! Dissipai-lhes as dúvidas e mostrai-lhes a alegria de ser Vosso.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não rezam, não imploram graça e Luz para as suas dúvidas e tentações, que não pedem perdão pelos seus pecados e que não rezam por aqueles de quem têm responsabilidade. Senhor, para eles imploramos a graça da oração.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se entregam exclusivamente às obras, que vivem no desejo do êxito, que se deixam embalar pelos louvores e descuidam da sua vida espiritual. Para eles, rogamo-Vos perdão, graça e Luz.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se envaidecem do seu saber, que estudam para mostrar cada vez mais sabedoria ao mundo, mas cujo saber está eivado de doutrinas falsas, que põem em dúvida a Vossa própria Palavra nas Sagradas Escrituras, e assim geram a descrença nos filhos que lhes confiastes. Mostrai-lhes, Senhor, a Vossa Verdade, iluminai-lhes o caminho.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes mundanizados, que apreciam as festas, as comodidades, os luxos e o dinheiro e, por isso, se aproximam apenas das pessoas mais ricas, desprezando os pobres. Perdoai-lhes, Jesus, e mostrai-lhes o Vosso Caminho de pobreza e humildade.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que desprezam o trabalho humilde do confessionário e o atendimento daqueles que os procuram na necessidade de um conselho, que afastam as almas aflitas com palavras de aborrecimento e pressa, que afastam as pessoas da confissão, da qual eles próprios se afastam também. Iluminai-os, nós Vos pedimos, ajudai-os a dominar-se, tocai-os com o Vosso Amor.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se deixam dominar pelos sentidos e pelas paixões, pelos que se deixam seduzir e pelos que são eles próprios a atrair e a seduzir, com palavras de mel, com o Vosso Nome e o de Vossa Santa Mãe nos lábios, enganando incautos, tristes, desanimados e ingénuos, levando-os para o seu próprio pecado oculto. Perdão para eles, Jesus. Perdoai e convertei-os!SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que recusam a Vossa Cruz, e atiram com ela para os ombros dos irmãos, com manifestações de mau génio ou de preguiça. Mostrai-lhes, Senhor, a Sabedoria da Cruz e enchei-os da Vossa própria paciência.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que têm cargos de chefia, de destaque, para que exerçam as suas funções com humildade e delas não se envaideçam, mas as usem para Vos servir.
SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são orientadores de grupos, para que lhes sejam dadas as graças necessárias ao bom desempenho do seu cargo e à sua santificação pessoal.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças para os sacerdotes que estão no ensino e Vos imploramos para eles a Sabedoria e a Ciência de que necessitam nas Suas funções aliadas a um grande amor por Vós, para comunicarem aos seus alunos.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que têm de responder perante os meios de comunicação, para que transmitam sabedoria verdadeira.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são superiores de casas religiosas, para que transmitam o Vosso amor a todos os irmãos e cresçam em santidade.
SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças para os sacerdotes que estão ligados a grandes obrigações pastorais, para que as exerçam com amor, na total entrega à Vossa Vontade. Enchei-os, Senhor, de sabedoria e de santidade, de Luz e fortaleza.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes encarregados de pregar, para que lhes seja dada a Luz e a pureza necessária aos bons frutos da sua missão.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se vêem rodeados de papéis para analisar, de assuntos para resolver. Acompanhai-os, Senhor, e enchei-os de Sabedoria.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de acção de graças, para os sacerdotes que chegaram ao fim do dia e não tiveram uma hora para estar conVosco. Nós Vos imploramos, ide Vós ter com eles e tocai-lhes o coração com a Vossa graça e o Vosso Amor, para que vejam que a Vossa companhia é melhor que tudo o mais.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que trabalham nos hospitais, para que lhes seja dada a graça de transmitir a paz e a esperança aos doentes e comunicar o Vosso Amor a todos, principalmente aos que vão morrer.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que andam de paróquia em paróquia assoberbados de trabalho. Santificai, Senhor, as suas lides apostólicas com as graças dos Vossos trabalhos e canseiras.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão doentes e para os que são idosos. Concedei-lhes a graça de aproveitarem as suas dores e dificuldades para crescerem em amor e santidade.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são vítimas de intrigas e calúnias. Dai-lhes forças para a sua cruz.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão continuamente rodeados de pessoas que se convencem de que eles são santos e os rodeiam de muitos perigos, além de os fazerem perder tempo. Senhor, fazei que eles não Vos percam de vista.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão tentados, em trevas, que não vêem o caminho, que não sabem mais o que fazer da sua vida, para que a Luz de que necessitam lhes seja dada. Tende piedade deles, Senhor!

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que já não têm a verdadeira fé, que se deixaram dominar por ideias falsas e já não acreditam nos sacramentos, não crêem na Vossa Presença Eucarística e admitem as faltas de respeito e os abusos. Jesus, perdão para estes sacerdotes. Mostrai-lhes os seus erros.
SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não obedecem ao Santo Padre e se afastam da Vossa Igreja. Suplicamo-Vos por eles; fazei-os voltar à obediência à Igreja.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão arrependidos de ter seguido o caminho do Sacerdócio, e para os que estão tentados a deixá-lo. Nós Vos pedimos que lhes deis Luz para verem o caminho e Amor para não o deixarem.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que cederam à tentação, Vos abandonaram, e agora erram pelo caminho do mundo. Nós Vos pedimos para eles a graça do arrependimento. Nós imploramos que eles voltem.

SENHOR, nós Vos imploramos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão arrependidos de Vos terem abandonado, mas não vêem possibilidades de mudar de vida, pelas responsabilidades que assumiram. Nós Vos pedimos que os envolvais com a Vossa Misericórdia.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não se arrependeram de Vos terem abandonado e fazem gala da sua traição. Nós Vos pedimos para eles a graça do arrependimento e do perdão.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que resistem, que rezam e trabalham, pelos que cumprem o seu dever, que procuram agradar-Vos e não ao mundo, para que perseverem nessa atitude e avancem, cada vez mais, no caminho da santidade. Sede Vós próprio, Senhor, sempre a sua consolação e a sua alegria.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se afadigam e sofrem muitas necessidades e perigos nas Missões, para que sejam fortalecidos cada vez mais.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes agonizantes e falecidos, para que, pelo Vosso Sangue, sejam purificados e conduzidos ao Vosso Reino.

SENHOR, nós Vos suplicamos Graça, Luz e Amor para todos os sacerdotes, para que eles conduzam até Vós os filhos que lhes confiastes e recebam, finalmente, a coroa de glória no Vosso Reino.Ámen.

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO




Senhor,

Fazei-me um instrumento da vossa paz.

Onde houver ódio que eu leve o amor;

Onde houver ofensas que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia que eu leve a união;

Onde houver dúvidas que eu leve a fé.

Onde houver erros que eu leve a verdade;

Onde houver desespero que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza que eu leve a alegria;

Onde houver trevas que eu leve a luz.

Oh Mestre!

Fazei com que eu procure mais,

Consolar que ser consolado,

Compreender que ser compreendido,

Amar que ser amado.

Pois é dando que se recebe,

É perdoando que se é perdoado,

E é morrendo que se vive para a vida eterna...