domingo, 29 de novembro de 2009

NOVENA DA IMACULADA CONCEIÇÃO






Novena à Imaculada Conceição


- Meu Deus, vinde em meu auxílio!
- Senhor, apressai-Vos em me socorrer.

- Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles os fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado.
- E renovareis a face da Terra.

Ó Deus, que iluminais os corações dos Vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que por este mesmo Espírito saibamos o que é reto e e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
(para todos os dias)

Virgem Puríssima, concebida sem pecado, e desde aquele primeiro instante toda bela e sem mancha. Gloriosa Maria, cheia de graça, Mãe de Deus, Rainha dos Anjos e dos homens.
Saúdo-Vos humildemente como Mãe do meu Salvador que, com aquela estima, respeito e submissão com que Vos tratava, me ensinou quais sejam as honras e a veneração que devo prestar-Vos; dignai-Vos, eu vo-lo rogo, de receber as que nesta novena Vos consagro.
Vós sois o seguro asilo dos pecadores penitentes, e assim tenho razão para recorrer a Vós. Sois Mãe de misericórdia, e por este título não podeis deixar de enternecer-Vos à vista das minhas misérias.
Sois depois de Jesus Cristo toda a minha esperança, e por esta razão não podeis deixar de reconhecer a terna confiança que tenho em Vós.
Fazei-me digno de chamar-me Vosso filho, para que possa confiadamente dizer-Vos: mostrai que sois minha Mãe!
Amém.

[ 1o. dia - 2o. dia - 3o. dia - 4o. dia - 5o. dia - 6o. dia - 7o. dia - 8o. dia - 9o. dia ]


Primeiro dia

Eis-me aqui, aos vossos pés, ó Santíssima Virgem Imaculada! Convosco me alegro sumamente, porque desde a eternidade fostes eleita Mãe do Verbo Divino e preservada da culpa original.
Eu bendigo e dou graças à Santíssima Trindade, que Vos enriqueceu com este privilégio em vossa Conceição, e humildemente Vos suplico que me alcanceis a graça de vencer os tristes efeitos que em mim produziu o pecado. Ah! Senhora, fazei que eu os vença e jamais deixe de amar o nosso Deus!


Segundo dia

Ó Maria, lírio imaculado de pureza, eu me congratulo convosco, porque desde o primeiro instante da vossa Conceição fostes cheia de graça e além disto Vos foi conferido o perfeito uso da razão.
Dou graças e adoro a Santíssima Trindade, que Vos concedeu tão sublimes dons; e me confundo totalmente na Vossa presença ao ver-me tão pobre de graça; Vós que de graça celeste fostes tão copiosamente enriquecida, reparti-a com a minha alma e fazei-me participante dos tesouros que começastes a possuir em Vossa Imaculada Conceição. Amém.


Terceiro dia

Ó Maria, mística rosa de pureza, eu me alegro convosco, que gloriosamente triunfastes da infernal serpente, na Vossa Imaculada Conceição, porque fostes concebida sem mácula de pecado.
Dou graças e louvo a Santíssima Trindade, que tal privilégio Vos concedeu e Vos suplico que me alcanceis força para superar todas as traições do comum inimigo, e para não manchar minha alma como pecado.
Ah! Senhora, ajudai-me sempre e fazei que, com a vossa proteção, sempre triunfe de todos os inimigos de minha salvação. Amém.


Quarto dia

Ó espelho de pureza, Imaculada Virgem Maria, eu me encho de sumo gozo ao ver que desde a Vossa Conceição, foram em Vós infundidas as mais sublimes virtudes e, ao mesmo tempo, todos os dons do Espírito Santo.
Dou graças e louvo a Santíssima Trindade que com estes privilégios Vos favoreceu; e suplico-Vos, ó benigna Mãe, que me alcanceis a prática das virtudes, e me façais também digno de receber os dons e a graça do Espírito Santo. Amém.


Quinto dia

Ó Maria, refulgente lua de pureza, eu me congratulo convosco, porque o mistério de Vossa Imaculada Conceição foi o princípio da salvação de todo o mundo.
Dou graças e bendigo à Santíssima Trindade, que assim magnificou e glorificou Vossa pessoa, e Vos suplico que me alcanceis a graça de saber aproveitar-me da Paixão e morte de Jesus, e que não seja para mim inútil o Seu Sangue derramado na Cruz, mas que eu viva santamente e Ele salve a minha alma. Amém.


Sexto dia

Ó estrela resplandecente de pureza, Imaculada Maria, eu me alegro convosco, de que a Vossa Imaculada Conceição causasse um imenso gozo a todos os Anjos do Paraíso.
Dou graças e bendigo à Santíssima Trindade, que Vos enriqueceu com tão belo privilégio. Ah! Senhora, fazei que eu um dia tenha parte nessa alegria e que possa em companhia dos Anjos, louvar-Vos e bendizer-Vos eternamente. Amém.


Sétimo dia

Ó aurora nascente e pura, Imaculada Maria, eu me alegro e exulto convosco porque no mesmo instante da Vossa Conceição, fostes confirmada em graça e tornada impecável.
Dou graças à Santíssima Trindade, que somente a Vós distinguiu com este especial privilégio. Ó Virgem Santíssima, alcançai-me um total e contínuo aborrecimento do pecado sobre todos os outros males, e que antes morra do que torne a cometê-los. Amém.


Oitavo dia

Ó sol sem mácula, Virgem Maria, eu me congratulo convosco, e me alegro de que em Vossa Conceição Vos fosse conferida por Deus uma graça maior e mais copiosa do que tiveram todos os Anjos e todos os Santos no auge de seus merecimentos.
Dou graças e admiro a suma bondade da Santíssima Trindade, que Vos enriqueceu com tal privilégio. Ah! Senhora, fazei que eu coresponda à graça divina e não torne a abusar dela; mudai-me o coração, e fazei que desde agora comece o meu arrependimento. Amém.


Nono dia

Ó viva luz de santidade e exemplo de pureza, Virgem e Mãe, Maria Santíssima, Vós, apenas concebida, adorastes profundamente a Deus e Lhe destes graças, porque por meio de Vós, acabada a antiga maldição, desceu uma grande bênção sobre os filhos de Adão.
Ó Senhora, fazei que esta bênção acenda no meu coração um grande amor para com Deus; inflamai-o, para que constatemente ame o mesmo Senhor, e depois goze eternamente no Praíso, onde possa dar-Lhe as mais vivas graças pelos singulares privilégios a Vós concedidos e possa também ver-Vos coroada de tamanha glória! Amém

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

SALMO 16









Escrito por Manuel Rito
.

Senhor,
a minha sorte está nas tuas mãos,
e não no meu baralho de cartas.

A minha fé nasceu do teu amor,
e não das minhas certezas.

O meu destino é seguir as tuas etapas,
e não alcançar as minhas metas.

A minha herança é merecer a tua promessa,
e não alimentar a minha cobiça.

O meu discurso está nas tuas palavras,
e não nos meus argumentos.

A minha segurança está na tua lei,
e não nas minhas armas.

O meu código genético está
no sexto dia da tua criação,
e não no ADN da minha ciência.

A minha esperança é o teu Reino,
e não o meu

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO




Jesus Cristo: Rei do Universo

Dia dos Leigos

"Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus", foi a inscrição que Pilatos mandou pôr sobre sua cabeça quando foi sentenciado à morte. Desde esse dia, milhares de pessoas no mundo olham a cruz com devoção e fé.

Passaram já vinte séculos de História e no entanto por esse Rei sentenciado à morte somos hoje como uma coroa humana de corações em louvor, em admiração, em obediência e em fervor para Cristo Rei, nosso Rei!

Estávamos no ano 1925 de nossa era Cristã. Adivinha-se à distância outra guerra, a segunda mundial, mais espantosa que a primeira e que custaria 26 milhões de vidas.

Naquela hora de dor o Papa Pio XI fez ouvir a sua voz e gritou: "A paz de Cristo, pelo reinado de Cristo!". Com a encíclica chamada "Quas Primas", o Papa instituía a Festa de Cristo Rei.

Pio XI insistia na necessidade de reconhecer a autoridade universal de Cristo, porque a aceitação de Cristo faria desaparecer as divisões de pessoas, classes sociais, povos e nações, que acabaria com os ódios e deitaria por terra toda injustiça e toda a escravidão.


Assim concluía o Papa: "é necessário que Cristo reine na mente dos homens, é necessário que Cristo reine na vontade dos homens, é necessário que reine nos corações dos homens, por um ardente amor à Ele; e é necessário que Cristo reine em nossos corpos e em nossos membros para que sirvam à paz externa da sociedade e à paz interna de nossas almas.

A festividade de Cristo Rei foi instituída liturgicamente no ano santo de 1925. Esta festa de Cristo Rei é pois das mais recentes da liturgia.

Biblicamente
A Sagrada Escritura é quem apregoa a realeza de Cristo. Ressalta o título de Rei. O contexto do reino de Deus está posto desde as primeiras páginas do Gênesis até as últimas do Apocalipse.

Seria uma longa tarefa percorrer os textos do Antigo Testamento que falam da realeza do Messias. Assim, Cristo é o novo Adão, que é a cabeça da nova humanidade. Cristo é o novo Moisés, constituído Salvador e libertador. Cristo é o novo Sansão que ninguém, nem as sete cordas da morte, puderam dominar.

Cristo é o novo Davi, rei ideal, cujo reino não terá fim. Cristo é o novo Salomão, a sabedoria eterna e o encarregado de castigar o mal e de premiar o bem. E quando o reino de Davi faz oprimido, desterrado na Babilônia, levanta-se o profeta Daniel e vislumbra no horizonte um Rei e um reino plenos de grandeza.

"Eis aqui - diz o profeta - que sobre as nuvens do céu vem um filho do homem e foi-lhe dado todo o domínio, glória e reino, para que povos, nações e línguas o sirvam".

Poderia Pedro responder ao que disse-lhe Jesus no Horto: "Guarda tua espada; se eu quisesse, meu Pai poria à minha disposição legiões de anjos para defender-me".

"Tu o disseste, eu sou o Rei", respondeu Jesus a Pilatos, o governador romano, no mais solene interrogatório que os séculos já viram. Afirmação que Jesus repetirá horas mais tarde, cravado já na cruz, quando promete a um companheiro de suplício: "Hoje mesmo estarás comigo no meu Reino, no Paraíso".

Rei de um Reino muito especial
Sendo Jesus o Rei de toda a criação, da história do homem, sua realeza é universal. Por isso não podemos levá-lo a nível de ideologia humana, partidária, triunfalista; nenhuma realidade escapa à sua suprema judicatura.

Sim, seu reino chega justamente à consciência do homem para fazê-lo livre e mais apto para exercer seu domínio sobre o mundo.

O Reino de Jesus Cristo é de misericórdia, de bondade, de amor. Ele é um Rei cheio de mansidão, pacífico, que derrama sua influência benéfica sobre as pessoas, pela fé. O prefácio da missa de Cristo Rei, faz um belo resumo com estas frases: "Um reino universal e eterno. Um reino de verdade e de vida. Um reino de santidade e de graça. Um reino de justiça, amor e paz".

Cristo veio estabelecer seu Reino neste mundo. Como o seu reino não é deste mundo, tem que estabelecê-lo aqui no meio dos homens como o grande sacramento de salvação: como a vitória de Cristo sobre todo pecado e sobre todo o mal que aprisiona o mundo. Nós cristãos temos que desqualificar tudo o que vai contra o homem; separá-lo com nosso exemplo, nossa atitude, nossa oração e nossa palavra. Em suma, com o testemunho da nossa vida para que o reino de Jesus seja a história da verdade sobre o erro, da pureza sobre a corrupção, da vida sobre a morte...

A Festa de Cristo Rei
No Domingo - o último do ano eclesiástico - confessamos a Jesus Cristo Rei e Senhor do universo. Rei e Senhor da criação inteira. O centro da história. A esperança da humanidade. Porque Cristo, que é a salvação de Deus para todos os homens, já inaugurou seu reino neste mundo.

Comemoramos este mês a festa de um Rei que, paradoxalmente, proclama a simplicidade e a humildade. Sua festa tem que ser a ocasião de aprofundarmos na verdade mais essencial de nossa fé.

Nesse dia encerramos o ano litúrgico e começamos o tempo ADVENTO. A Igreja convida-nos a concentrar nossa mente e coração nesse fundamento de nossa fé; Jesus Cristo, o Senhor.

A festa de Cristo Rei é a coroação de todo o ciclo da liturgia eclesiástica, porque na figura de Cristo Rei, se resume toda a obra salvadora do Messias. Na realidade, já tínhamos celebrado na Semana Santa a festa da realeza de Cristo, o dia da Páscoa, porque em sua ressurreição Cristo assume o domínio sobre a nova Criação redimida. Na Ascensão ao céu também, porque nesse dia foi elevado para junto do Pai, e também em cada Domingo comemoramos o dia do Senhor ao celebrar a eucaristia.

Títulos de Jesus para ser Rei
O título de Rei nos lábios de Jesus, significa na ser Testemunha da Verdade. Da verdade total; não uma verdade filosófica, mas a verdade de Deus, a quem Jesus vem manifestar. Quando Jesus respondeu a Pilatos: "Tu o dizes, sou Rei", matizou sua afirmação juntando imediatamente: "Eu para isso nasci; para isso vim ao mundo, para dar testemunho da Verdade. Todo o que é da verdade ouve minha voz... Essa é a Verdade de Deus. Uma realidade eterna. Jesus se impõe por sua verdade.

Na festa de Cristo Rei do ano de 1979, dizia-nos o Papa João Paulo II: "Que maravilhoso é este Rei que renuncia a todos os sinais de poder, aos instrumentos do domínio e deseja reinar somente com a força da Verdade e do Amor! Com a força da convicção e do puro abandono. Rejeitou as formas do poder que condicionam o homem em suas dimensões interiores e que, inclusive, subordinaram-no a sistemas ideológicos sem levar em conta se estes sistemas correspondem a suas convicções.

"Maravilhoso este Rei, que rejeitou tais métodos de guiar o homem". Todos os homens estão obrigados a buscar a verdade e uma vez conhecida, abraçá-la e praticá-la.

O cristão é o homem que, em meio a tantas palavras, escolhe a única que não pode nos enganar: a palavra de Cristo. A palavra de Cristo desqualifica toda outra palavra que se apresente como salvadora. Ser testemunhas da verdade é, ao mesmo tempo, complexo e simples. É algo sempre duro e premente que não permite sutilezas nem evasões.

Trabalhar pelo reinado de Jesus na sociedade, é lutar contra as mentiras, a falsidade, a hipocrisia, a difamação, a calúnia, a maldição. Viver na verdade, porque é a verdade que nos faz livres.

Pertencer à verdade é viver na coerência com o conhecimento de Deus. O cristão, para dar testemunho da verdade, conta sempre com a ajuda do Espírito Santo, a Força do Alto, o Paráclito prometido e enviado por Jesus. Assim esse Rei-Juiz, Jesus, não se contenta com julgar e condenar. Sua preocupação é salvar e dar repouso. Jesus Cristo Rei é o Senhor.

O Pastor
Para os povos da antigüidade, a imagem do rei perfeito era o Pastor. O rei verdadeiro como o pastor, têm uma só preocupação: cuidar das ovelhas dispersas, abandonadas, fracas, feridas, enfermas...

O rei é um pastor. Assim descreve-o o próprio Deus pela boca de Ezequiel, prometendo que na Era messiânica, o Filho de Davi, o Messias, serio o Rei-pastor do povo de Deus. "Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas"... O messias enviado será esse novo e eterno rei-pastor.

Sim, Jesus é o Messias, o Rei-pastor: Ele, plano de ternura para cada uma de suas ovelhas, vela pela sã, cura a ferida, busca a perdida, cuida de todas.

O Senhor é o Pastor de cada ovelha. É Ele quem garante a seu povo, que somos nós, a abundância e a segurança dos pastos de sua graça. Porque se "O Senhor é meu pastor, nada me falta!".

Ele é Juiz
Outro papel do rei, na antigüidade, era o de ser juiz. O rei devia administrar a justiça e devia exercê-la para cada um. O rei tinha a obrigação de visitar as diferentes comarcas do reino, sentar-se na praça pública para que todos lhes apresentassem suas queixas.

Jesus é Rei, porque Ele é "o Juiz". Ele se sentará no trono de sua glória e separará os maus dos bons, como o pastor separa as ovelhas das cabras.

Qualquer que seja a convicção religiosa dos homens, qualquer que seja sua raça, sua idade, sua ocupação e sua cultura, Cristo nos convocará para o encontro final. Cabe a ele restaurar a justiça danificada pelos homens e separar o bem do mal.

Cada vez que um homem quer fazer uma revisão de vida tem que confrontá-la com a de Cristo. A vida de Cristo é o veredicto, o juízo. Condena-nos ou aprova-nos. Jesus é, desta maneira, Salvador e Juiz. Por isso a vertente salvadora do juízo de Cristo é concedida hoje a todos os homens. Ele ajuda-nos com seu juízo salvador que examinemos nossas atitudes e atos de caridade. Jesus porém não se contenta com julgar e perdoar. Sua preocupação é salvar e dar repouso. É juiz-pastor em busca da ovelha perdida. Jesus Cristo é definitivamente o juiz, o Pastor, e não há outra norma de transformação.

É o Servo Paciente
Jesus é Rei pelo Senhorio alcançado através da cruz. "Nosso Senhor - diz São Paulo - comprou-nos por um grande preço". Pela cruz fomos redimidos e essa cruz é perene lição de triunfo. Adquiriu-nos por seu sofrimento, e sua dor. Libertou-nos com seu sangue precioso como cordeiro imaculado e sem defeito. Seu propósito é, pois, destruir todos os poderes adversos à vida. Essa é a sua grande vitória. A hora do triunfo. A hora da cruz.

Há um letreiro escrito em três idiomas (hebraico, grego e latim) para que ninguém o ignore: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus". Rei através do sofrimento, da zombaria e do escárnio. A cruz cravada no Gólgota é seu trono, seu cetro, seu sólio real. Desse trono manifesta-se Rei-Messias, porque nesse preciso momento, da cruz, venceu a grande batalha em favor da humanidade. Às vezes sentimos a tentação de crer que neste mundo só têm eficácia a violência, o dinheiro, o poder, a força, a mentira e sentimo-nos tentados a dizer a Jesus: "desce dessa cruz!..." De dizer-lhe como Satanás: "Atira-te do pináculo do templo"... Cristo porém continua triunfando através do fracasso, do sofrimento, da ingratidão, da morte; só assim se ama e se constrói: no sacrifício da Cruz.

Irmãos: não é súdito de Cristo rei aquele que empunha a sua espada como Pedro, mas aquele que, como o cireneu, tomou sua cruz e o seguiu. Não aquele que quer destrua seus inimigos, como Tiago e João, mas o que perdoa setenta vezes sete. Não o que passa ao largo ou dá uma volta na estrada como o sacerdote e o levita, mas o que carrega o desconhecido meio-morto e cura suas feridas. Não o que se crê justo, como o fariseu da parábola, mas aquele que com humildade baixa seus olhos e bate no peito, reconhecendo-se pecador como o publicano.

Não o que vai ver Jesus à noite como Nicodemos, mas o que sai, valente e decidido, para secar o rosto de Jesus, como a Verônica. Não o que reza para ser visto e louvado, pelo povo, mas o que encerra-se no interior do coração para louvar a Deus. Enfim, não o que diz, Senhor, Senhor, mas o que cumpre a vontade do Pai do Céu.

Ele é o centro e a meta
Jesus, Rei do tempo e Rei da eternidade. Rei porque amor tanto o mundo que deu sua vida. Rei porque é o único que nos ama totalmente. O único que daria de novo sua vida por nós.

Seu amor é tão sublime, que perdoa os seus verdugos. Que engendra uma nova raça de homens: os cristãos.

O amor é o princípio da libertação, assim como o pecado e o egoísmo são o princípio da escravidão.

Rei! Porque milhões e milhões de cristãos, seguindo suas pegadas por múltiplas gerações cristãs o proclamamos, livre, voluntária e alegremente Rei de nossos corações.

Podemos proclamá-lo Rei como em um prolongado e triunfante Domingo de Ramos, acompanhado de hosanas jubilosos e podemos tristemente como aquela turba daquela Sexta-feira Santa da História, gritar de novo: "fora com este! Não temos outro rei senão... Cesar!".

Nós, os súditos do Cristo Rei temos que inaugurar e promover seu reinado em nós, em nossas famílias, em nossos bairros, em nossas ruas, em nossos lugares de trabalho, em nossa paróquia, em nossa região e em nossa pátria. Só assim nossa vida será prova e testemunho de que o reconhecemos como o Rei e de que a Ele rendemos toda honra e toda a glória.

Para um cristão a melhor e única maneira de viver o reino é a sua pertença a Igreja. Pertencer à Igreja não é uma forma de isolar-se mas de buscar o irmão. O cristão é o homem apaixonado pela verdade do homem. O interesse do homem é o interesse de Deus, o interesse de Deus, o interesse de Jesus. Toda a verdade do homem, tanto a íntima e afetiva, como a social e política, têm seu alicerce e perfeição em Cristo.

sábado, 7 de novembro de 2009

SEMINÁRIOS-GUARDA


Guarda assinala Semana dos Seminários
De 8 a 15 de Novembro, a Igreja em Portugal celebra a Semana dos Seminários. Sobre este acontecimento, D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, escreve que “neste ano, que é Ano Sacerdotal, queremos responder aos apelos do Papa Bento XVI, que nos pede a todos, sacerdotes e outros fiéis, que coloquemos como nossa prioridade o esforço por desenvolver a pastoral das vocações sacerdotais”.

“Peço, por isso, também a todas as nossas comunidades que, ao longo desta semana, tomem iniciativas concretas de oração e outras para dar resposta a este apelo do Papa, que é também a urgência que sentimos na nossa Diocese”, acrescenta.

Os ofertórios do dia 15 de Novembro, em todas as assembleias dominicais da Diocese, são para apoiar os seminários

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS

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Comemoração dos Fiéis Defuntos
2 de Novem


Neste dia ressoa em toda a Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras comunidades cristãs: "Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança" ( 1 Tes 4, 13).

Sendo assim, hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório, contam com nossas orações.

O convite à oração feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da "comunhão dos santos", onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico, pelo Sacramento do Batismo, são oferecidas preces, sacrificios e Missas pelas almas do Purgatório. No Oriente, a Igreja Bizantina fixou um sábado especial para orações pelos defuntos, enquanto no Ocidente as orações pelos defuntos eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até ser tornado oficial e universal para a Igreja, através do Papa Bento XV em 1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres.

A Palavra do Senhor confirma esta Tradição pois "santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado" (2 Mc 2, 45). Assim é salutar lembrarmos neste dia, que "a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados" (Catecismo da Igreja Católica).

Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, "o Céu não tem portas" (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial 'ante-sala'.

"Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!"