terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SÃO POLICARPO DE ESMIRNA


SÃO POLICARPO DE ESMIRNA
23 de fevereiro
Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o "Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.

Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer, enaltecendo as qualidades do zeloso bispo. No governo do papa Aniceto, Policarpo visitou Roma, representando as igrejas da Ásia para discutirem sobre a mudança da festa da Páscoa, comemorada em dias diferentes no Oriente e Ocidente. Apesar de não chegarem a um acôrdo, se despediram celebrando juntos a liturgia, demonstrando união na fé, que não se abalou pela divergência nas questões disciplinares.

Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje foi a endereçada aos filipenses no ano 110.


São Policarpo de Esmirna
69-155
Nela, Policarpo exaltou a fé em Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, a Igreja o considera "Padre Apostólico", como foram classificados os primeiros discípulos dos apóstolos.

Durante a perseguição de Marco Aurélio, Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: "Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi condenado e ele mesmo subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". Mas a profecia de Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a fogueira queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu.

Os carrascos foram obrigados a matá-lo à espada, depois quando o seu corpo foi queimado exalou um odor de pão cosido. Os discípulos recolheram o restante de seus ossos que colocaram numa sepultura apropriada. O martírio de Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156,enviada pela igreja de Esmirna à igreja de Filomélio. Trata-se do registro mais antigo do martirológio cristão existente.


São Policarpo de Esmirna... Rogai por nós

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A PALAVRA DE DEUS NA VIDA DO CRISTÃO



O Mundo precisa de Paz para não sucumbir em suas guerras e aventuras terroristas. Para conquistarmos uma verdadeira e duradoura Paz, nessecitamos em primeiro lugar atingirmos a unidade perfeita da Trindade


A PALAVRA DE DEUS NA VIDA DO CRISTÃO
Pe. Françoa Costa
1. Vamos por um momento pedir permissão às três Pessoas da Santíssima Trindade para ver algo desse grande Mistério. O Pai desde toda a eternidade gera o Filho. Neste exato momento, se nos é permitido falar assim, o Pai gera o Filho, que já foi gerado, já está gerado e não precisa de nenhuma perfeição posterior nessa geração. Grande mistério! Lembremo-nos, portanto, que estamos no âmbito da eternidade, onde não há passado nem future, tudo é um eterno presente.
O Evangelho Segundo São João começa assim: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.”“No princípio, Deus criou o céu e a terra”(1,1). Como Deus criou? Com sua Palavra: “Deus disse” (1,3). Dessa maneira vemos que a Palavra de Deus, o Verbo de Deus, já se encontrava presente na criação do mundo. O mesmo São João continua a dizer o seguinte em seu prólogo: “Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito.” (1,3) (1,1) Essa narração nos lembra aquela outra do primeiro livro do Antigo Testamento, o Gênesis:
Aquele que já estava presente no seio do Pai desde toda a eternidade, que se encontrava na criação do mundo, veio a este mundo em carne mortal na plenitude dos tempos (cf.Gl 4,4). Por que? São João responde: “Deus amou tanto o mundo, que entregou seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eternal.” (3,16). Para que tivéssemos vida eterna, isto é para que participemos da intimidade de Deus pela graça agora, pela visão da glória mais tarde.
“E a Palavra [o Verbo] se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Já que habitou entre nós, precisamos aprender essa Palavra. O que eu quero dizer é que a Palavra de Deus não é em primeiro lugar a Bíblia, a Palavra de Deus é o próprio Jesus Cristo. O título dessa palestra é “a Palavra de Deus na vida do cristão”, mas poderia ter o seguinte sinônimo “Jesus Cristo na vida do cristão”. Ele é a Palavra eterna do Pai que desceu do céu e se encarnou no seio de Maria Virgem.
2. A Bíblia é a Palavra de Deus porque nele encontramos Jesus Cristo, toda a Sagrada Escritura fala de Cristo, se assim não fosse não teria nenhum interesse para nós a não ser enquanto um simples livre edificante. Todo o poder da Sagrada Escritura vem de sua referência a Cristo. Também o Antigo Testamento fala de Cristo enquanto que é preparação para a vinda do Messias.
A Sagrada Escritura é, portanto, muito importante. Esta tem um significado especial quando nós a escutamos dentro da liturgia da Igreja. Diz a Intrução Geral do Missal Romano: “Quando se lêem as Sagradas Escrituras, o próprio Deus fala ao seu povo, e Cristo, presente em sua palavra anuncia o Evangelho” (nº29). Consequência prática: “escutar com veneração as leituras da Palavra de Deus”(id.). Outra consequência é que o leitor precisa ler bem para que a assembléia entenda o texto sagrado. Esse texto da Instrução também explica porque só o diácono ou o sacerdote lêem o Evangelho: é Cristo quem anuncia. A especial configuração com Cristo que confere o Sacramento da Ordem capacitam o diácono e o presbítero para a proclamação do Evangelho.
Ainda que a Bíblia proclamada na Igreja seja muito importante, não podemos menosprezar a leitura orante e pessoal da Escritura Santa que todos nós devemos cultivar a diário. Conselho prático: 5 minutos diários de leitura da Bíblia com a meta de ler toda a Bíblia.
Como entenderam durante tantos anos de história a Sagrada Escritura? Alguns momentos importantes:
- Como os Padres da Igreja a entenderam? tinham como princípio fundamental que é preciso ler a Escritura com o mesmo espírito com que foi escrita. Esta idéia se encontra no Concílio Vaticano II. Assim como o Espírito Santo assistiu o escritor sagrado (hagiógrafo), assim também assegura o entendimento mais profundo do texto por parte dos leitores subsequentes. Os Padres da Igreja tinham uma leitura sapiencial da Sagrada Escritura, degustavam-na, praticavam a “ruminatio Scripturae”, davam voltas aos textos saboreando-os, faziam muitas conexões entre várias passagens.
- Como os medievais a entenderam? concentraram-se sobretudo no desenvolvimento da doutrina dos sentidos da Escritura. “A letra ensina o que aconteceu; a alegoria, o que deves crer; a moral, o que deves fazer; a anagogia, para onde deves caminhar.” (CCE 118). O Catecismo se refere a esse tema a partir do número 115. Fala, primeiramente, do sentido literalsentido spiritual (graças à unidade do projeto de Deus, não somente o texto da Escritura, mas também as realidades e os acontecimentos de que ele fala, podem ser sinais). O sentido espiritual pode ser: 1) alegórico (ver os significados dos acontecimentos em Cristo; ex.: a travessia do mar vermelho é um sinal da vitória de Cristo, e também do Batismo); 2) moral3) anagógico (podemos ver realidades e acontecimentos em sua significação eterna, conduzindo-nos à nossa Pátria; a Igreja na terra, dessa maneira, é sinal da Jerusalém celeste). (o sentido significado pelas palavras e descoberto pela correta interpretação, que tem suas regras, e que depois as veremos; todos os sentidos da Escritura devem ter seu fundamento neste) e do (os acontecimentos relatados na Sagrada Escritura devem conduzir-nos a um justo agir);
- A Reforma Protestante introduz uma tensão entre a compreensão pessoal e o texto em si mesmo. Falta, neste caso, uma mediação da Igreja, que ajude a armonizar os dois fatores. No protestantismo há uma interpretação pessoal e individualista da Sagrada Escritura, o que contribui enormente para que haja tantas comunidades, cada uma com a Bíblia, cada uma com interpretações divergentes.
São Agostinho tem uma frase muito bela que nos mostra a importância da Igreja na adesão à Escritura Santa: Ego vero Evangelio non crederem, nisi me catholicae Ecclesiae commoveret auctoritas – Eu não creria no Evangelho, se a isto não me levasse a autoridade da Igreja Católica.
E quais são os critérios para uma correta interpretação da Bíblia? Diz o Catecismo (a partir do nº 109) que na Sagrada Escritura Deus fala aos homens à maneira dos homens.intenção dos autores sagrados, para isso há que levar em consideração as condições da época e da cultura deles, os gêneros literários em uso naquele tempo, os modos, então correntes, de sentir, falar e narrar. Para uma interpretação conforme o Espírito que inspirou a Escritura o Concílio Vaticano II dá três critérios: 1) prestar muita atenção ao conteúdo e à unidade da Escritura inteira (não se pode pegar um versículo e isolá-lo do todo, isso fazem os protestantes), a Bíblia é una por causa da unidade do projeto de Deus, do qual Jesus Cristo é o centro e o coração, daí que os Evangelhos sejam também o centro e o coração das Escrituras; 2) ler a Escritura dentro “da tradição viva da Igreja inteira”, já que a Igreja leva em sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus e é o Espírito Santo que dá à Igreja a interpretação espiritual da Escritura; 3) estar atento “à analogia da fé”, por analogia da fé entendemos a coesão das verdades da fé entre si e no projeto total da Revelação, sendo assim não pode haver nunca uma contradição entre o que se lê na Bíblia com alguma verdade que a Igreja firmemente crê. Precisamos portanto descobrir a
3. “São João Crisóstomo chama as Sagradas Escrituras de cartas enviadas por Deus aos homens… São Jerônimo exortava a um amigo seu que lesse as divinas Escrituras com frequência e que nunca abandonasse tal leitura.
“O Concílio Vaticano II recomenda insistentemente a leitura assídua da Sagrada Escritura para que adquiram a ciência suprema de Jesus Cristo (Fl 3,8), pois desconhecer a Escritura é desconhecer a Cristo (S.Jerônimo)” (Antologia de Textos, pág.1308). Aconselho a que façam a experiência pessoal de ouvir ler a Sagrada Escritura ou de escutá-la na Sagrada Liturgia com espírito orante e, a continuação, se estiverem na Santa Missa, a fazer da homilia um momento de oração, de conversa com Deus.
Diz São Tomás de Aquino que “depois que uma pessoa estuda a Escritura torna-se uma pessoa sensível, ou seja, adquire o discernimento e o gusto da razão para distinguir o bem do mal, o doce do amargo”. Para amar a Cristo há que conhecê-lo. Ninguém ama aquilo que não conhece. O amor cresce à medida que nós conhecemos mais. Ainda que também é verdade que o próprio ato de amar dá um conhecimento que nós podemos chamar sapiencial porque é cheio de sabor. Dessa maneira, há que conhecer para amar e há que amar para conhecer mais ainda.
“São Paulo dizia aos primeiros cristãos: A Palavra de Deus é viva e eficaz… é sempre atual, nova para cada ser humano, nova a cada dia, e, além do mais, é palavra pessoal porque vai destinada expressamente a cada um de nós… Jesus Cristo continua a falar-nos. Suas palavras, por ser divinas e eternas, são sempre atuais. Ler o Evangelho com fé é crer que tudo o que lá se diz está, de alguma maneira, acontecendo agora. É atual a ida e a volta do filho pródigo; a ovelha que anda perdida e o pastor que sai a buscá-la; a necessidade do fermento para transformar a massa e da luz para que ilume a tremenda escuridão que, às vezes, vem sobre o mundo e sobre o homem.” (Antologia de textos, id.)
São Josemaría Escrivá aconselhava a ler o Evanglho como se fôssemos um personagem a mais. Dessa maneira, na gruta de Belém eu posso ser um dos pastores; nas bodas de Caná eu posso ser o fotógrafo; na passagem do jovem rico eu mesmo posso ser esse jovem; na multiplicação dos pães eu até posso ver a cara de pasmo que os discípulos devem ter feito ao verem tão poucos pães e tão poucos peixes alimentarem tamanha multidão, eu também com eles me admiro; na transfiguração, ainda que o Senhor tenha chamado consigo apenas três, eu posso ser o intrometido e curioso que os acompanha.
“No Santo Evangelho está escrita a história profunda de nossa vida; está escrita a história de nossas relações com Deus.
“O Evangelho nos revela o que é e vale a nossa vida e nos traça o caminho que devemos seguir. O Verbo – a Palavra – é a luz que ilumina todo homem (Jo 1,9). E não há ser humano ao qual não tenha sido dirigida esta Palavra… O Evangelho deve ser o primeiro livro do cristão porque é-nos imprescindível o conhecimento de Cristo; é preciso que o olhemos e o conetemplemos até que conheçamos a memória todos os seus traços.” (Antologia de textos, págs.1308-1309).
Dois propósitos:
- Estar mais atentos à proclamação da Palavra de Deus na Liturgia da Santa Missa;
- Fazer ao menos 5 minutos diários de leitura da Sagrada Escritura a começar pelo Novo Testamento.
Santa Maria, Sede da Sabedoria, interceda por nós.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

SALMO 17-O SENHOR É A MINHA FORÇA





Salmos, 17
1. Ao mestre de canto. De Davi, servo do Senhor, que dirigiu as palavras deste cântico ao Senhor, no dia em que ficou livre de todos os seus inimigos e das mãos de Saul.
2. Disse: Eu vos amo, Senhor, minha força!
3. O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza e meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, onde encontro o meu refúgio, meu escudo, força de minha salvação e minha cidadela.
4. Invoco o Senhor, digno de todo louvor, e fico livre dos meus inimigos.
5. Circundavam-me os vagalhões da morte, torrentes devastadoras me atemorizavam,
6. enlaçavam-se as cadeias da habitação dos mortos, a própria morte me prendia em suas redes.
7. Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei para meu Deus: do seu templo ele ouviu a minha voz, e o meu clamor em sua presença chegou aos seus ouvidos.
8. A terra vacilou e tremeu, os fundamentos das montanhas fremiram, abalaram-se, porque Deus se abrasou em cólera:
9. suas narinas exalavam fumaça; sua boca, fogo devorador, brasas incandescentes.
10. Ele inclinou os céus e desceu, calcando aos pés escuras nuvens.
11. Cavalgou sobre um querubim e voou, planando nas asas do vento.
12. Envolveu-se nas trevas como se fossem véu, fez para si uma tenda das águas tenebrosas, densas nuvens.
13. Do esplendor de sua presença suas nuvens avançaram: saraiva e centelhas de fogo.
14. Dos céus trovejou o Senhor, o Altíssimo fez ressoar a sua voz.
15. Lançou setas e dispersou os inimigos, fulminou relâmpagos e os desbaratou.
16. E apareceu descoberto o leito do mar, ficaram à vista os fundamentos da terra, ante a vossa ameaçadora voz, ó Senhor, ante o furacão de vossa cólera.
17. Do alto estendeu a sua mão e me pegou, e retirou-me das águas profundas,
18. livrou-me de inimigo poderoso, dos meus adversários mais fortes do que eu.
19. Investiram contra mim no dia do meu infortúnio, mas o Senhor foi o meu arrimo;
20. pôs-me a salvo e livrou-me, porque me ama.
21. O Senhor me tratou segundo a minha inocência, retribuiu-me segundo a pureza de minhas mãos,
22. porque guardei os caminhos do Senhor e não pequei separando-me do meu Deus.
23. Tenho diante dos olhos todos os seus preceitos e não me desvio de suas leis.
24. Ando irrepreensivelmente diante dele, guardando-me do meu pecado.
25. O Senhor retribuiu-me segundo a minha justiça, segundo a pureza de minhas mãos diante dos seus olhos.
26. Com quem é bondoso vos mostrais bondoso, com o homem íntegro vos mostrais íntegro;
27. puro com quem é puro; prudente com quem é astuto.
28. Os humildes salvais, os semblantes soberbos humilhais.
29. Senhor, sois vós que fazeis brilhar o meu farol, sois vós que dissipais as minhas trevas.
30. Convosco afrontarei batalhões, com meu Deus escalarei muralhas.
31. Os caminhos de Deus são perfeitos, a palavra do Senhor é pura. Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam.
32. Pois quem é Deus senão o Senhor? Quem é o rochedo, senão o nosso Deus?
33. É Deus quem me cinge de coragem e aplana o meu caminho.
34. Torna os meus pés velozes como os das gazelas e me instala nas alturas.
35. Adestra minhas mãos para o combate e meus braços para o tiro de arco.
36. Vós me dais o escudo que me salva. Vossa destra me sustém, e vossa bondade me engrandece.
37. Alargais o caminho a meus passos, para meus pés não resvalarem.
38. Dou caça aos inimigos e os alcanço, e não volto sem que os tenha aniquilado.
39. De tal sorte os despedaço, que não mais poderão levantar-se: eles ficam caídos a meus pés.
40. Vós me cingis de coragem para a luta e ante mim dobrais os meus adversários.
41. Afugentais da minha presença os meus inimigos e reduzis ao silêncio os que me aborrecem.
42. Gritam por socorro, mas não há quem os salve; clamam ao Senhor, mas não responde...
43. Eu os disperso como o pó que o vento leva, e os esmago como o barro das estradas.
44. Vós me livrais das revoltas do povo e me colocais à frente das nações; povos que eu desconhecia se tornaram meus servos.
45. Gente estranha me serve abnegadamente e me obedece à primeira intimação.
46. Gente estranha desfalece e sai tremendo de seus esconderijos.
47. Viva o Senhor e bendito seja o meu rochedo! Exaltado seja Deus, que me salva!
48. Deus, que me proporciona a vingança e avassala nações a meus pés.
49. Sois vós que me libertais dos meus inimigos, me exaltais acima dos meus adversários e me salvais do homem violento.
50. Por isso vos louvarei, ó Senhor, entre as nações e celebrarei o vosso nome.
51. Ele prepara grandes vitórias a seu rei e faz misericórdia a seu ungido, a Davi e a sua descendência para sempre.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PRECE


Ó MEU JESUS, ARDENTE DE AMOR,
TORNAI ESTE MEU CORAÇÃO
ORGULHOSO,PECADOR,
E DEMASIADO CHEIO DE SI,
SEMELHANTE AO VOSSO.

SANTA ESCOLÁSTICA


Santa Escolástica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nascimento 480 a.C. em Norcia (Itália)
Falecimento 547 a.C.
Veneração por Igreja Católica, Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica 10 de Fevereiro
Atribuições freira com báculo e crucifixo
Padroeira crianças com convulsões; freiras; invocada contra chuvas e tempestades
Portal dos Santos
Santa Escolástica (480 a.C. - 547 a.C.) é uma Santa Católica, nascida na Itália e irmã gêmea de São Bento de Núrsia, pai do monaquismo. Escolástica buscava a santidade desde muito jovem e conta-se que iniciou sua vida consagrada a Deus antes de seu irmão.

A história mais contada sobre ela é que Escolástica e Bento, por mortificação, se encontravam apenas uma vez por ano para diálogos santos. Num desses dias, pouco antes de sua morte, a santa pediu ao irmão que desta vez ficasse até o amanhecer, mas ele se recusou, insistindo que precisava voltar a sua cela.

Com a resposta negativa, Escolástica conversou com Deus e, após alguns minutos, uma tempestade começou. Vendo a situação, Bento perguntou: "O que você fez?", ao que ela respondeu "Pedi a ti e não me ouvistes; pedi a Deus e ele me ouviu. Vá embora, se puder, e volte ao seu mosteiro".

Ele, porém, não pode retornar e eles passaram a noite conversanto. Três dias depois, de sua cela, Bento viu a alma de sua irmã deixar a terra e subir aos céus. São Bento faleceu quarenta dias após a irmã

sábado, 6 de fevereiro de 2010

PAPA E MÁRTIR SÃO CORNÉLIO




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cornélio
21º Papa


“São Cornélio, Papa e Mártir”, pintura nos equipamentos dos altares laterais da antiga Igreja de São Martinho em Meßkirch.
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[[Ficheiro:{{{brasão}}}100pxBrasão pontifical de Cornélio]]
Nome de nascimento: desconhecido
Nascimento local e data desconhecidas
Eleição Março de 251
Entronização: {{{entronização}}}
Fim do
pontificado: Junho de 253
Predecessor: Fabiano
Sucessor: Lúcio I
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Antipapa: Novaciano
Listas dos papas: cronológica · alfabética
Papa São Cornélio (local e data de nascimento desconhecidas - Junho de 253) foi papa de 6 ou 13 de março de 251 até a data do seu martírio. São Cornélio foi papa em um dos momentos mais problemáticos da Igreja, entre duas grandes perseguições e um cisma, e mostrou grande capacidade tanto de ser um líder teológico e espiritual, bem como um grande líder político e diplomático. São Cornélio dedicou sua vida ao cristianismo, e é considerado como modelo e inspiração para os futuros papas.

Índice [esconder]
1 Vida
1.1 Perseguição aos cristãos e eleição para o papado
1.2 Papado
1.3 Morte e Cartas
1.4 Veneração
2 Referências


[editar] Vida
[editar] Perseguição aos cristãos e eleição para o papado
O Imperador Décio, que governou de 249-251, perseguiu os cristãos no Império Romano e a partir de Janeiro do ano 250, ele ordenou que todos os cidadãos realizassem um sacrifício religioso na presença dos comissários, ou então seriam sentenciados à morte.[1] Muitos cristãos se recusaram e foram martirizados, incluindo o papa Fabiano. Porém alguns cristãos apostataram ou participavam dos sacrifícios para salvar suas vidas.[2] Após a perseguição surgiram duas escolas de pensamento, um lado, liderado por Novaciano, que era um sacerdote da diocese de Roma, acreditava que aqueles que haviam parado de praticar o catolicismo durante a perseguição não poderiam ser aceitos de volta na igreja, mesmo se eles se arrependessem. [3] Sob esta filosofia, a única maneira de se reinserir a igreja seria o rebatismo. O lado oposto, defendido por Cornélio e Cipriano o Bispo de Cartago, não acreditavam na necessidade de rebatismo, professando que os pecadores seriam perdoados se mostrassem arrependimento e contrição verdadeiro para serem aceitos de volta na igreja.[3] Tentando provocar uma crise na Igreja, Décio impediu a eleição de um novo papa, no entanto, logo depois ele foi forçado a deixar a área para combater os invasores Godos e enquanto ele estava ausente as eleições foram realizadas.[2] Participaram dezesseis bispos, assim como o povo e o clero de Roma, Novaciano acreditava que ele seria eleito[3], no entanto Cornélio foi eleito papa categoricamente, mesmo contra sua vontade em março de 251.[4]

[editar] Papado
Poucas semanas depois, Novaciano se proclamou o antipapa, e conduziu um cisma através da igreja católica. Após a eleição de Cornélio, Novaciano tornou-se mais rigorista em sua doutrina, afirmando que mesmo o rebatismo não poderia perdoar os pecados mais graves.[4] Cornélio teve o apoio do São Cipriano, São Dionísio, e muitos bispos africanos e orientais, enquanto Novaciano tinha o apoio de uma minoria do clero e leigos de Roma, que não reconheceram Cornélio como papa .[3] Cornélio imediatamente convocou uma sínodo de 60 bispos que o reafirmou como o legítimo papa excomungou Novaciano, bem como anamatizou o Novacianismo. Também foi abordada no sínodo de que os cristãos que apostataram durante a perseguição do imperador Décio poderiam receber a comunhão novamente se eles se arrependessem e fizessem penitência. [3][4]

O veredito do sínodo foi enviado aos bispos cristãos, mais notavelmente o bispo de Antioquia, um feroz defensor novaciano, a fim de convencê-lo a aceitar o poder de Cornélio. As cartas que enviadas por Cornélio aos bispos proporcionam o tamanho da Cúria Romana e seus trabalhos de caridade durante esse período e afirmam o primado papal. Cornélio menciona que, no momento, a Igreja Romana tinha "quarenta e seis padres, sete diáconos, sete sub-diáconos, quarenta e dois acólitos, cinqüenta e dois ostiarii, e mais de mil e quinhentos viúvas e pessoas passando por necessidades."[4] Suas cartas também informam que Cornélio tinha uma equipe de mais de cinqüenta e um clérigos e membros da igreja que alimentavam centenas de pessoas diariamente. [5][6] A partir desses números, estima-se que havia, pelo menos, cinquenta mil cristãos em Roma durante o pontificado do Papa Cornélio.[3]

[editar] Morte e Cartas
Em junho de 251, o Imperador Décio foi morto enquanto lutava contra os Godos; imediatamente Treboniano Galo tornou-se o líder do Império Romano. A perseguição aos cristãos começou novamente em junho de 252, e o papa Cornélio foi exilado para Civitavecchia, Itália, onde morreu um ano depois, em junho de 253. Algumas fontes afirmam que ele foi decapitado.[4] Cornélio não foi sepultado na capela dos papas, mas em uma catacumba próxima, e a inscrição em seu túmulo está em latim, em vez de grego como seu antecessor o Papa Fabiano, e seu sucessor Lúcio I, e diz: "Cornélio Mártir".[4] As cartas enviadas por Cornélio enquanto estava no exílio são todas escritas em latim coloquial ao invés do estilo clássico, usado por aqueles de origens educadas como Cipriano, um teólogo assim como bispo, e Novaciano.[4] Isto poderia sugerir que Cornélio não veio de uma família extremamente rica e, portanto, não foi lhe foi dada uma educação sofisticada.

[editar] Veneração
Na Igreja Católica, o dia de São Cornélio é comemorado juntamente com seu amigo, São Cipriano em 16 de setembro. [7] O dia consagrado à ele foi originalmente 14 de setembro, a data em que São Cipriano São Cornélio foram martirizados, como relatado por São Jerônimo.[4] Na iconografia, é atribuído a Cornélio o corno (em referência a origem do seu nome em latim: "corno" ou "chifre").[8] Este poderia ser um chifre de batalha ou um chifre de vaca. [9]

Algumas de suas relíquias foram levadas para a Alemanha durante a Idade Média; a posse da sua cabeça é reivindicada pelo mosteiro beneditino de Kornelimünster Abbey, próximo a Aachen. [8] Na Renânia, ele também é considerado padroeiro dos namorados [8]. Ele também é um santo padroeiro dos agricultores e de gado, e foi invocado contra epilepsia, e aflições associadas com os nervos e as orelhas.[8]

Cornélio, junto com Quirino de Neuss, Hubertuo e Antônio, o Grande, foi venerado como um dos Quatro Santo de Marshals na Renânia durante o final da Idade Média