terça-feira, 30 de novembro de 2010

NOVENA À IMACULADA CONCEIÇÃO


Novena à Imaculada Conceição
Oração para todos os dias
Deus vos salve, Maria, cheia de graça e bendita mais que todas as mulheres, Virgem singular, Virgem soberana e perfeita, eleita por Mãe de Deus e preservada por Ele de toda culpa desde o primeiro instante de sua Concepção:

Assim como por Eva nos veio a morte, assim nos vem a vida por ti, que pela graça de Deus tens sido eleita para ser Mãe do novo povo que Jesus Cristo tem formado com seu Sangue.

A ti, puríssima Mãe, restauradora da caída linhagem de Adão e Eva, viemos confiantes e suplicantes nesta novena, para rogar que nos concedas a graça de sermos verdadeiros filhos teus e de teu Filho Jesus Cristo, livres de toda mancha de pecado.

Confiantes, Virgem Santíssima, que haveis sido feita Mãe de Deus, não somente para vossa dignidade e glória, senão também para salvação nossa e proveito de todo o gênero humano.

Confiantes que jamais se tem ouvido dizer que um somente de quantos tem acudido a vossa proteção e implorado vosso socorro, tem já sido desamparado.

Não me deixeis, pois, a mim tampouco, porque se me deixais me perderei;

Que eu tampouco quero deixar a vos, antes bem, cada dia quero crescer mais em vossa verdadeira devoção.

Alcançai-me principalmente estas três graças:
A primeira, não cometer jamais pecado mortal;

A segunda, um grande apreço da virtude cristã,

A terceira, uma boa morte.

Além disso, dai-me a graça particular que vos peço nesta novena

Fazer aqui o pedido que se deseja obter.

Rezar a oração do dia correspondente:

Orações finais
Bendita seja tua pureza e eternamente o seja, pois todo um Deus se recreia em tão graciosa beleza.

A ti, celestial Princesa, Virgem Sagrada Maria, vos ofereço neste dia alma, vida e coração.

olhai-me com compaixão, não me deixes, Mãe minha.

Rezar três Ave-Marias.

Tua Imaculada Concepção, Oh! Virgem Mãe de Deus, anunciou alegria ao universo inteiro.

Oração
Oh! Deus meu, que pela Imaculada Concepção da Virgem, preparaste digna habitação a teu Filho:

Vos rogamos que, assim como pela previsão da morte de teu Filho livrai-vos a ela de toda mancha, assim a nós nos concedas por sua intercessão chegar a Vós limpos de pecado.

Pelo mesmo Senhor nosso Jesus Cristo. Amém.

Primeiro Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como preservaste a Maria do pecado original em sua Imaculada Concepção, e a nós nos fizeste o grande beneficio de livramos dele por meio de teu Santo batismo, assim vos rogamos humildemente nos concedas a graça de nos portarmos sempre como bons cristãos, regenerados em ti, Nosso Pai Altíssimo.

Segundo Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como preservaste a Maria de todo pecado mortal em toda sua vida e a nós nos dais graça para evita-lo e o Sacramento da confissão para remedia-lo, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de não cometer nunca pecado mortal, e se acontecer tão terrível desgraça, a de sair dele quanto antes por meio de uma boa confissão.

Terceiro Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como preservaste a Maria de todo pecado venial em toda sua vida, e a nós nos pedes que purifiquemos mais e mais nossas almas para sermos dignos de ti, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de evitar os pecados veniais e a de procurar e obter cada dia mais pureza e delicadeza de consciência.

Quarto Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como livrais a Maria da inclinação ao pecado e lhe destes domínio perfeito sobre todas suas paixões, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas a graça de ir domando nossas paixões e destruindo nossas más inclinações, para que vos possamos servir, com verdadeira liberdade de espírito, sem imperfeição nenhuma.

Quinto Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como, desde o primeiro instante de sua Concepção, destes a Maria mais graça que a todos os Santos e anjos do céu, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos inspires um apreço singular da divina graça que Vós nos adquiriste com teu sangue, e nos concedas o aumentar mais e mais com nossas boas obras e com a recepção de teus Santos Sacramentos, especialmente o da Comunhão.

Sexto Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como, desde o primeiro momento, destes a Maria, com toda plenitude, as virtudes sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, assim vos suplicamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a nós a abundancia destes mesmos dons e virtudes, para que possamos vencer todas as tentações e tenhamos muitos atos de virtude dignos de nossa profissão de cristãos.

Sétimo Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como destes a Maria, entre as demais virtudes, uma pureza e castidade eximia, pela qual é chamada Virgem das virgens, assim vos suplicamos, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a dificilíssima virtude da castidade, que tantos tem conservado mediante a devoção da Virgem e tua proteção.

Oitavo Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como destes a Maria a graça de uma ardentíssima caridade e amor de Deus sobre todas as coisas, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas um amor sincero de ti,

Oh! Deus Senhor nosso!

Nosso verdadeiro bem, nosso bem feitor, nosso Pai, e que antes queiramos perder todas as coisas que ofender-Vos com um somente pecado.

Nono Dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como tens concedido a Maria a graça de ir ao céu e de ser nele colocada no primeiro lugar depois de Vós, vos suplicamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas uma boa morte, que recebamos bem os últimos sacramentos, que expiremos sem mancha nenhuma de pecado na consciência e vamos ao céu, para sempre aproveitar, em tua companhia e a de nossa Mãe, com todos os que se tem salvado por ela

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SÃO FÉLIX DE CANTALÍCIO, ROGAI POR NÓS

Hagiografia
São Félix de Cantalício: felicidade plena no despojamento

Durante quarenta anos o humilde capuchinho Frei Félix pediu esmolas para seu convento, tornando-se uma das mais queridas figuras da Cidade Eterna

Plinio Maria Solimeo

Era comum ver-se em Roma um espetáculo inusitado: São Félix ajoelhar-se para receber a bênção de São Felipe Néri e este ajoelhar-se ao mesmo tempo, pedindo a bênção de Frei Felix
Em nossa época de luta de classes e de revoltas sociais, é oportuno conhecer a vida de um Santo que nasceu, viveu e morreu na mais extrema pobreza, louvando sempre a Deus e cantando suas glórias. São Félix de Cantalício é um dos mais joviais e alegres Santos do Calendário. Tinha ele a perfeita alegria de servir a Deus na pessoa de seus superiores e irmãos, e, apesar de sua mortificação contínua, nunca perder o bom humor.

Família pobre, mas temente a Deus


Terceiro de uma família de cinco, Félix nasceu em Cantalício, pequeno povoado italiano do território de Cità Ducale, na província da Umbria. Seu pai, chamado Santo de Carato, e sua mãe, de nome Santa, eram pobres camponeses cuja única riqueza consistia em oferecer a seus filhos a Religião católica, que lhes ensinaram desde o berço.

Aos 12 anos, para diminuir uma boca na tão parca alimentação doméstica, Félix foi mandado trabalhar em Cità Ducale, na fazenda de um homem temente a Deus, que dele cuidava como se pertencesse à sua família. A infância e juventude de Félix podem ser resumidas nestas palavras: poucas letras, muito trabalho e muita oração.

Pastoreando o gado do patrão, Félix gravava uma cruz no tronco de alguma árvore e, de joelhos, rezava muitos terços. Aos poucos, guiado pelo Espírito Santo, começou a fazer meditação durante o trabalho, chegando à contemplação de Deus em suas obras. Dizia: "Todas as criaturas podem levar-nos a Deus, contanto que saibamos olhá-las com olhos simples".


Seus companheiros de infância, e depois de juventude, tanto o respeitavam que só se referiam a ele como São Félix. Em sua presença, nenhuma palavra menos pura, nenhuma brincadeira duvidosa, nenhum ato equívoco se praticava. E todos se contagiavam com a alegria que ele irradiava ao seu redor, fruto de sua perfeita conformidade com a vontade de Deus.

Assistia à Missa diariamente e dedicava seu tempo livre à oração e às boas obras.

Acidente leva-o ao estado religioso

Nessa vida simples e inocente, viveu 28 anos. Um acidente, que pôs em risco sua vida, levou-o a decidir fazer-se religioso. Estava ele arando o campo com uma junta de bois, quando estes, assustando-se por algum motivo, voltaram-se contra ele, que caiu por terra, e passaram com o arado por cima dele. Quando se levantou sem nenhum arranhão, Félix viu naquilo um aviso de Deus e foi pedir admissão no mosteiro capuchinho da cidade.

O guardião que o atendeu, para certificar-se de sua vocação, descreveu as austeridades da Ordem com tintas muito carregadas. Félix replicou-lhe que, se na cela houvesse um Crucifixo, bastaria olhá-lo para suportar qualquer sofrimento ou contrariedade. Ciente de que estava diante de alguém que meditava constantemente na Paixão do Salvador, o guardião o admitiu de muito bom grado.

Seu noviciado em Áscoli, para onde foi enviado, caracterizou-se por uma oração contínua dia e noite, e por febres graves e prolongadas, que ele julgou ser de origem infernal para impedi-lo de seguir a regra com toda a fidelidade. Por isso, um dia levantou-se e foi dizer ao superior que estava são. E realmente começou a trabalhar e a seguir todos os pontos da regra, inclusive jejuns, sem maior dificuldade.

Alegre pedinte nas ruas da Cidade Eterna

Félix aprendia de memória orações, antífonas, salmos, versículos, hinos litúrgicos e passagens evangélicas para alimentar sua devoção. Com freqüência, rogava ao mestre de noviços que redobrasse suas penitências e mortificações e o tratasse com mais severidade que aos outros, pois julgava seus companheiros mais dóceis e inclinados à virtude.

Em 1545, aos 30 anos, pronunciou os votos solenes. Transcorridos quatro anos, foi enviado a Roma. Durante 40 anos, ou seja, quase até a morte, saía diariamente para pedir esmolas nas ruas da cidade, visando a manutenção da comunidade.

Sempre alegre e contente, dizia a seu companheiro de fadigas: "Bom ânimo, irmão: os olhos na Terra, o espírito no Céu, e na mão o santíssimo rosário".

Além de solicitar esmolas para seu convento, ele também, com licença do superior, pedia com o fim de auxiliar outros necessitados. Socorria principalmente os meninos abandonados nas ruas da cidade.

Para chamar a atenção do povo, costumava gritar: Deo gratias (graças a Deus), pelo que ficou conhecido na cidade como Frei Deogratias. Sua humildade era a fonte de sua jovialidade. Dizia: "Eu não sou frade, mas estou com os frades; sou o jumentinho dos capuchinhos". E quando alguém lhe perguntava como ia, respondia: "Estou melhor do que o Papa, que tem tantos contratempos; eu não trocaria este alforje pelo papado e o Rei Felipe juntos... Vivo tão feliz, que já me parece estar no Céu".

Três grandes santos encontram-se em Roma

São Felipe Néri
Nas apinhadas ruas da Cidade Eterna, encontrava-se com todo mundo, inclusive santos. Um deles era o grande Felipe Neri, tão jovial e cheio de bom humor quanto Frei Félix. E eles se saudavam à sua maneira:

- Bom dia, Frei Félix - dizia-lhe Felipe -. Oxalá o queimem pelo amor de Deus. Assim irá mais depressa ao Paraíso!

- Saúde, Padre Felipe - respondia-lhe o capuchinho -. Oxalá o matem a pauladas e o esquartejem em nome de Cristo!

Era comum ver-se em Roma esse espetáculo inusitado: o capuchinho ajoelhar-se para receber a bênção do Padre Felipe, e este ajoelhar-se ao mesmo tempo, pedindo a bênção de Frei Félix.

Certo dia Frei Félix encontrou-se na rua com o próprio Papa, que lhe suplicou um pedaço de pão ganho de esmola. Mas que pegasse um qualquer, sem escolher. O capuchinho enfiou a mão no alforje e tirou justamente um pão preto e ressequido que deu ao Papa, sorrindo e dizendo: "Ainda bem, Santo Padre, que Vossa Santidade também já foi monge!"


Outro santo que admirava e procurava a amizade de Frei Félix era o Cardeal Carlos Borromeu. Pediu-lhe este um conselho para transmitir a seus sacerdotes, a fim de progredirem na virtude. Frei Félix respondeu: "Que cada sacerdote se preocupe em celebrar muito bem a Missa e em rezar muito devotamente os salmos que têm que rezar cada dia, no Ofício Divino".

Em outra ocasião, São Carlos Borromeu pediu a São Felipe Neri que revisse umas regras que havia redigido para alguns oblatos. São Felipe pediu-lhe que as mostrasse a São Félix. Este ficou estupefato, pois era quase analfabeto e sem estudos. Mas São Carlos Borromeu insistiu e ele fez a revisão, mostrando alguns pontos em que havia um pouco demais de severidade. O Cardeal admirou a prudência e sabedoria do humilde leigo.

Quando perguntavam a Frei Félix de onde lhe vinha tanta sabedoria, ele respondia: "Toda minha ciência está encerrada em um livrinho de seis letras: cinco vermelhas, as chagas de Cristo, e uma branca, a Virgem Imaculada".

Nossa Senhora entrega-lhe o Menino Jesus

E a devoção de Félix à Virgem manifestava-se a cada passo, nas ruas da Cidade Eterna, diante das inúmeras Madonas que adornam prédios e monumentos. Dizia: "Lembrai-vos que sois minha Mãe. E eu sou sempre um pobre menino, e os meninos não podem andar sem a ajuda da mãe. Não me solteis jamais de vossas mãos".

Um dia em que Frei Félix rezava no convento diante de uma imagem de Nossa Senhora com o Menino, esta, segundo testemunha ocular, cedeu-lhe o Menino para que o acariciasse. Isso foi imortalizado numa tela pelo grande pintor Murilo.

Frei Félix possuía outro talento: dotado de bela voz de barítono, compunha e cantava canções religiosas, que logo se tornaram populares em Roma.

Um seu contemporâneo assim o descreve: "Baixo de estatura, mas de corpo cheio e decentemente robusto. A fronte espaçosa e enrugada, as narinas abertas, a cabeça algo grande, os olhos vivos e de cor puxando para o negro; a boca, não afeminada, mas grave e viril, e o rosto alegre e cheio de rugas; a barba não comprida, mas inculta e espessa; a voz aprazível e sonora; a linguagem de tal qualidade que, se bem que rústico, por ser simples e humilde, convertia em formosura a rusticidade".


Prêmio da glória eterna e canonização

Túmulo de São Félix na Igreja dos Capuchinhos, em Roma
Em sua vida de religioso, diz um seu biógrafo, Frei Félix praticou com perfeição exemplar os três votos monásticos: "Obediente, sem vacilações nem resistências; pobre até os limites do mais absoluto desprendimento; e casto, com a inocência de quem não conheceu derrotas nem sabe o que é a malícia da paixão".(1)

Enfim, em maio de 1587, aos 72 anos de idade, Frei Félix de Cantalício entregou sua pura e inocente alma a Deus.

O povo de Roma quis canonizá-lo imediatamente. O Papa reinante, Sixto V, que o conhecera bem, coletou 18 milagres operados pelo Santo para sua beatificação. Frei Félix de Cantalício foi canonizado em 1712.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SÃO ALBERTO MAGNO

Alberto Magno
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Santo Alberto Magno, O.P.

Afresco de Alberto Magno, 1352, Treviso, Itália
Bispo e Doutor da Igreja (Doctor Universalis)
Nascimento 1193 ou 1206 em Lauingen, Baviera, Alemanha
Falecimento 15 de novembro de 1280 em Colónia, Alemanha
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 1622
Canonização 1931 por: Papa Pio XI
Festa litúrgica 15 de novembro
Padroeiro: cultores das ciências naturais, cientistas, filósofos, médicos, estudantes
"Minha intenção última está na ciência de Deus";
"A ciência da natureza não consiste em ratificar o que outros disseram, mas em buscar as causas dos fenômenos".


St. Alberto Magno
Portal dos Santos


Monumento de Alberto Magno em Colônia.Santo Alberto Magno (latim: Albertus Magnus), OP, também conhecido como Alberto de Colônia, Bispo de Regensburgo e Doutor da Igreja, foi um frade dominicano que tornou-se famoso por seu vasto conhecimento e por sua defesa da coexistência pacífica da ciência e da religião. Ele é considerado o maior filósofo e teólogo alemão da Idade Média, e foi o primeiro intelectual medieval a aplicar a filosofia de Aristóteles no pensamento cristão.

Nasceu na Baviera, possivelmente no ano de 1193 ou 1206, numa família militar que desejava para Alberto uma carreira militar ou administrativa. Mas, após de concluir os seus estudos em Pádua e em Paris, optou por seguir um caminho sacerdotal, entrando na Ordem de São Domingos. Devido à sua crescente fé em Deus e em Jesus Cristo e à sua dedicação à Ordem, foi promovido a superior provincial e mais tarde, nomeado Bispo pelo Papa.

Alberto dominava bem a Filosofia e a Teologia (matérias em que teve Tomás de Aquino como discípulo) e mostrou também grande interesse em ciências naturais ao ponto de dispensar, com a autorização do Papa, o episcopado, para continuar a prosseguir os seus estudos e a sua investigação com tranquilidade. Ocupou-se em várias áreas de conhecimento, como a mecânica, zoologia, botânica, meteorologia, agricultura, física, química, tecelagem, navegação e mineralogia. Ele inseriu estes conhecimentos no seu caminho único de santidade, afirmando que a intenção última dele era conhecer a ciência de Deus. A suas obras escritas encheram 22 grossos volumes e exemplificou como viver com equilíbrio e graça a fé que não contradiz a razão.

Morreu em Colónia, no ano de 1280, proclamado Doutor da Igreja e Patrono dos cultores das ciências naturais

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO



Evangelho segundo São Lucas 18,35-43
35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas.
Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010.
SANTO DO DIA: Santo Alberto Magno, Bispo e Doutor da Igreja; São Rafael de São José Kalinowski, presbítero; Beata Lúcia Broccadelli de Narni, religiosa

Primeira Leitura: Apocalipse 1,1-4; 2,1-5
Início do Livro do Apocalipse de São João:
1Revelação que Deus confiou a Jesus Cristo, para que mostre aos seus servos as coisas que devem acontecer em breve. Jesus as deu a conhecer, através do seu anjo, ao seu servo João. 2Este dá testemunho que tudo quanto viu é palavra de Deus e testemunho de Jesus Cristo. 3Feliz aquele que lê e aqueles que escutam as palavras desta profecia e também praticam o que nela está escrito. Pois o momento está chegando. 4João às sete Igrejas que estão na região da Ásia: A vós, graça e paz, da parte daquele que é, que era e que vem; da parte dos sete espíritos que estão diante do trono de Deus; 2,1Escreve ao anjo da Igreja que está em Éfeso: 'Assim fala aquele que tem na mão direita as sete estrelas, aquele que está andando no meio dos sete candelabros de ouro: 2- Conheço a tua conduta, o teu esforço e a tua perseverança. Sei que não suportas os maus. Colocaste à prova alguns que se diziam apóstolos e descobriste que não eram apóstolos, mas mentirosos. 3És perseverante. Sofreste por causa do meu nome e não desanimaste. 4Todavia, há uma coisa que eu reprovo: abandonaste o teu primeiro amor. 5Lembra-te de onde caíste! Converte-te e volta à tua prática inicial. Se, pelo contrário, não te converteres, virei depressa e arrancarei o teu candelabro do seu lugar.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 1
Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
R: Ao vencedor concederei, comer da Árvore da Vida!
Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
R: Ao vencedor concederei, comer da Árvore da Vida!
Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.
R: Ao vencedor concederei, comer da Árvore da Vida!


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 18,35-43
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. 38Então o cego gritou: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' 39As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: 'Filho de Davi, tem piedade de mim!' 40Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41'O que queres que eu faça por ti?' O cego respondeu: 'Senhor, eu quero enxergar de novo.' 42Jesus disse: 'Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou.' 43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor

terça-feira, 2 de novembro de 2010

VISITA NOCTURNA A JESUS SACRAMENTADO


Visita noturna a Jesus Sacramentado
Santa Ângela da Cruz - 2009/12/22



Ficai conosco, Senhor, esta noite. Ficai para adorar, louvar e dar graças por nós, enquanto dormimos.

Ficai para fazer baixar do Céu vossa misericórdia sobre o mundo.

Ficai para socorrer, a partir do tabernáculo, as benditas almas do Purgatório, em sua prolongada noite de sofrimentos e penas.

Ficai conosco, Senhor, para afastar a ira de Deus de nossas populosas cidades com suas densíssimas nuvens de vícios e crimes que clamam aos Céus por vingança.

Ficai conosco, Senhor, para confortar os que jazem no leito de dor, para dar a graça da contrição aos que morrem, para receber nos braços de vossa misericórdia os milhares de almas que se apresentam ante Vós esta noite para serem julgadas.

Oh! Bom Pastor, ficai com vossas ovelhas, defendendo-as dos perigos que as rodeiam e ameaçam!

Ficai, Senhor, sobretudo, com os que sofrem e com os agonizantes.

Dai-nos uma noite tranqüila e um despertar perfeito.

Sede nosso misericordioso Pai até o último momento, para que sem temor possamos apresentar-nos diante de Vós, como nosso Juiz.

Ficai, Senhor, em meu coração. Assim seja.

(Revista Arautos do Evangelho, Nov/2004, n. 35, p. 2

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SEJAMOS SANTOS



SEJAMOS SANTOS
Ser santo é ser o mais banal possível na personificação da máxima de Jesus Cristo "Sede Santos como Eu sou Santo".
É ser criança, ser simples, não ter outro anseio que desejar ser o que Ele quer que sejamos.
É sorrir ao jogo da bola do "leva e traz" que não nos deixa estar sós em cada lance do nada, no que fazemos.
O abandono, o viver todo o presente como Ele quer que se viva, num silêncio interior o mais perfeito possível para visualizar a Sua vontade e carregarmos para o nosso coração esse abandono nas suas mãos, traz-nos a esperança de que todos com Ele sejamos santos.Confiados na Sua misericórdia que não se cansa de esperar e trabalhar o barro, a vitória será dEle e a Alegria nossa unida à dEle.Este peregrinar vai-se desenrolando lado a lado com Ele, em fraternidade amorosa e desprendida , por tempo indeterminado e sem outro ensejo da nossa parte que não seja caminhar em leve barco feito com casca de noz ,afastando sempre as pedras demoníacas do nosso caminho.

Maria do Rosário Guerra

QUEM SÃO OS SANTOS?





Quando pensamos nos santos, às vezes os vemos como seres que caminharam nesta terra já totalmente restaurados à imagem e semelhança de Deus, como Adão e Eva antes do pecado. Outras vezes pensamos que eles foram pessoas tímidas, solitárias, que desprezaram esta vida a fim de pensar só na morte e no que vinha depois. Mas ao contrário do que muitos pensam, os santos são pessoas normais, que ao longo de sua vida fizeram escolhas fundamentais que os levaram a uma união cada vez maior com Deus.
Quando as Sagradas Escrituras nos mostram os primeiros santos da Igreja primitiva, que são os Apóstolos, não o fazem de forma desencarnada, mas ao contrário, nos mostram estes discípulos de Jesus como verdadeiros seres humanos, que tiveram, conflitos, medos e lutas interiores. Muitos deles tinham cometido gravíssimos pecados, e mesmo depois de conhecerem Jesus ainda sofreram quedas enormes até sair da superficialidade, de suas ambições mundanas, do horror ao sofrimento.
Ao longo de sua conversão, os discípulos tiveram lutas interiores, feriram os outros e se feriram, discutiram, guardaram rancor, se criticaram... para na medida em que esta falsa maneira de ser era exposta, pudesse ser expulsa deles até enfim começarem a ser eles mesmos, perdendo suas “caras falsas”, para irem adquirindo sua verdadeira feição de homens de Deus.
Os santos são homens e mulheres que buscando ardentemente a Deus, alcançam um entendimento tal de si mesmos, que abandonam sua própria justiça e desejos de superioridade, para aceitar os outros como são. Compreendem que por si mesmos e independentes de Deus jamais podem sair de suas misérias, e entendem que sem Deus nada se pode fazer.
Todo este processo só pode se assemelhar a um novo nascimento. Jesus disse um dia a Nicodemos que para ser íntimo de Deus à semelhança de Sua intimidade com o Pai era necessário “nascer de novo”, nascer da água e do Espírito Santo.
Jesus passou muito tempo preparando os seus discípulos para este novo nascimento. Aqueles homens foram retirados de uma vida comum, como a nossa, para o convívio íntimo de Jesus. Uns eram pescadores incultos, outro era coletor de impostos... todos homens comuns. Realmente, a única esperança que eles tinham e que nós temos para ser santos é nascer do alto, nascer do Espírito Santo.
Eles acompanharam Jesus de perto descendo dia-a-dia com Ele o caminho do Calvário, e caindo muitas vezes, sempre que desejavam “inventar” outro caminho para si mesmos que não era o caminho indicado pelo Mestre. E quando chegou o momento crítico, do aparente fracasso total, seu coração se apertou, eles tiveram medo, e encheram-se de tristeza. Mas quando Jesus ressuscitou e apareceu a eles, foram inundados da alegria que o mundo não dá nem pode tirar. Eles já haviam passado pelo fogo para aprender a ser humildes, reais.
Esta paz que a “gente normal” não pode compreender foi o resultado de um doloroso treinamento que haviam passado na sua convivência com Jesus. Haviam aprendido um caminho novo, o caminho do Senhor, uma nova maneira de viver e relacionar-se. Eles haviam aprendido a depender de Jesus.
Mas quando subiu ao Céu e lhes enviou Seu Espírito, Jesus passou a estar com eles de uma forma nova. Eles já não podiam ver nem tocar em Jesus como antes, mas algo de mais importante e comprometedor havia acontecido: pelo poder do Espírito Santo, Jesus e o Pai agora habitavam dentro deles, assim como habitam em nós pelo nosso Batismo. Isso é grandioso!
Assim é que a medida em que davam oportunidade a Jesus de usar seus olhos, suas mãos, suas pernas, sua inteligência, sua afetividade, sua vontade em prol do Amor, ficavam cada vez mais plenos do Espírito, foram se tornando mansos, pacientes, e misericordiosos, inclusive com aqueles que não eram assim com eles. Assim é que, a cada dia morria o homem velho e nascia o homem novo dentro de cada um.
Este é o processo simples e ao mesmo tempo tão profundo que se instala em nós quando recebemos o Espírito Santo e damos espaço para que Ele gere Jesus a cada dia em nós: a morte do homem e da mulher velha que éramos, escravos do egoísmo, e o nascimento do homem e da mulher nova que Deus sonhou quando criou cada um de nós.

Todos somos chamados
Ser santo é chamado de Deus para cada um de nós (cf......), e não somente para alguns privilegiados que conviveram com Jesus como no tempo dos Apóstolos. O próprio Evangelho faz-nos ver que infelizmente muitos dos que viveram no tempo de Jesus não creram nele, como atesta S. João: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos os que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem Filhos de Deus. Os quais não nasceram do sangue nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus” (Jo 1,10-13).
O caminho da santidade não é um caminho inacessível a nenhum de nós, pois existe um caminho único que só nos é estranho e impossível para nós enquanto não nos decidimos a trilhá-lo. Este caminho não exclui a dor, nem a renúncia, nem as tentações, nem a nossa humanidade, justamente porque é como o caminho de Jesus, um caminho da morte para a Ressurreição. Aqui e acolá surge o medo das “mortes” que virão pela frente, mas para trilhá-lo na alegria é preciso abraçar Jesus do modo como ele se apresenta hoje, com os olhos fixos em Jesus e no que Ele nos pede agora.

O jovem Giorgio Frassati
Não há como falar de santidade sem colocar um exemplo vivo. Alguém cuja vida fale muito mais do que as palavras que estamos colocando. A 20 de Maio de 1990, na Praça de São Pedro, abarrotada de fiéis, o Papa João Paulo II beatificou Giorgio Frassati como “o homem das Bem-Aventuranças. Este homem do nosso século, nascido na Itália, era filho de uma pintora e de um homem influente, porém agnóstico.
Como muitos de nós, Giorgio estudou numa escola do Estado, e logo depois numa escola Jesuíta, onde desenvolveu uma profunda vida espiritual que nunca deixou de compartilhar com os amigos. A Santa Eucaristia e a Virgem Maria foram dois polos de seu mundo de oração. Aos 17 anos ingressou na sociedade S. Vicente de Paulo e dedicou a maior parte de seu tempo livre a serviço dos enfermos e necessitados que vinham da primeira guerra mundial. Decidiu então estudar para ser Engenheiro de Minas, para “servir melhor a Cristo entre os mineiros” como disse a um amigo.
No entanto, seus estudos não lhe afastaram de seu serviço a Deus, nem de seu engajamento nas necessidade do próximo. Com o pouco que dispunha para pagar seu transporte, ajudava os pobres, sendo para eles um verdadeiro servo, porque sua caridade não consistia somente em dar-lhes algo, mas em entregar a si mesmo por inteiro.
Este jovem amava os esportes, e organizava excursões para escalar montanhas, com seus amigos mais afastados da fé, pois via nisto grande oportunidade de apostolado. Amava a arte, a música, freqüentando a ópera e os museus, mas sua grande afeição eram os pobres, sua última preocupação quando estava para falecer aos 24 anos, vítima de poliomielite. Na véspera de sua morte, com uma mão paralisada, escreveu para um amigo recomendando um pobre que atendia.
Seu funeral surpreendeu sua família pelo número de pobres que ele havia atendido durante sete anos e que agora choravam sem consolo. No entanto, estes pobres também ficaram surpreendidos ao verem que aquele jovem tão dedicado a eles era de uma família tão abastada.
Testemunhando a seu respeito, o grande teólogo Karl Rahner diz que: o que mais surpreendia era a sua pureza, sua alegria radiante, sua piedade, sua liberdade de filho de Deus por tudo aquilo de realmente belo que existe no mundo, seu sentido social e a consciência que tinha de compartilhar da vida e do destino da Igreja. Porém mais assombroso que tudo era que tudo isto aparecia nele de forma espontânea, natural, plena de calor humano e virilidade... em um ambiente onde se considera o cristianismo superado surge um cristão que respira alegria de viver... que vive o cristianismo com uma espontaneidade que quase dá medo”. Poder-se-ia dizer que este homem não tinha problemas, mas não se sabe a que preço os enfrentou, com a graça da fé, comendo a cada dia o pão da morte e da vida e se consumindo por amor aos irmãos”.
Este testemunho fala muito a nós pelo testemunho da alegria, que tantas vezes aparece para nós como algo que desaparece do caminho da santidade. A esta objeção tão comum a nosso tempo, devido às falsas alegrias com as quais convivemos, Giorgio responde em uma das cartas enviadas à sua irmã durante sua enfermidade: “Me perguntas se estou alegre? Como não estar se a fé me dá forças? A tristeza deve ser varrida da alma do católico! A dor não é a tristeza, que é a mais detestável de todas as enfermidades. Esta enfermidade é quase sempre produto do ateísmo; porém o fim para o qual fomos criados nos assinala um caminho marcado por muitos espinhos, porém de nenhum modo triste. É alegre, inclusive através da dor” (Carta a sua irmã – 14/11/25).

Ana Carla Bessa
Comunidade de Aliança Shalom