terça-feira, 4 de agosto de 2009

4 DE AGOSTO- SÃO JOÃO MARIA VIANNEY- PADROEIRO DOS PÁROCOS




Conselheiro e director de consciências


Grandes Fundadores [1] de novas Ordens religiosas nascentes confrontaram suas intuições com o humilde pastor. Significativa a visita do Pe. Henri Dominique Lacordaire, restaurador da Ordem dos Dominicanos, em 1845. Era Lacordaire o mais ilustre orador sacro francês. Escuta com prazer a humilde homilia do Pe. Vianney e depois comenta: “Ele me fez compreender o Espírito Santo”. Chegou a Ars como peregrino. No final da visita ele se ajoelhou e pediu que Pe. Vianney o abençoasse.


Em seguida, Pe. Vianney se ajoelha e pede que Pe. Lacordaire o abençoe. Uma belíssima cena que nos faz recordar, na longínqua Idade Média, o encontro de São Francisco o pobre com São Domingos o doutor. Com bom humor depois comentou Pe. Vianney: “Os extremos se tocam: a extrema ciência com a extrema ignorância”.
Ajudou o Pe. Collin, fundador da Sociedade de Maria em Lyon. Em 1841 recebeu o Pe. Muard, fundador dos Padres de Santo Edme, em Pontigny. Anos depois, Pe. Muard retorna e lhe confidencia o desejo de reunir alguns discípulos sob a regra de São Bento. Pe. Vianney o encoraja e lhe diz que nada temesse, pois a inspiração era obra de Deus. E Pe. Muard se retira para Pierre-qui-vire e ali organiza importante abadia beneditina, origem de outros mosteiros. Em 1857 é a vez do Pe., Júlio Chevalier, fundador dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus de Issoudun que se retira reanimado, tornando sua Congregação importante instituto missionário.
Uma lista dos homens ilustres que necessitam das palavras do humilde Cura de Ars: o Cardeal de Bonald, arcebispo de Lyon, Dom Dupanloup, bispo de Orléans, uma das grandes figuras da França, Dom Allou, bispo de Meaux, que passa oito dias em Ars, escondido, não querendo perder nenhuma catequese do Pe. Vianney, o Pe. Chevrier, fundador do Prado em Lyon, beatificado em 1986.
Recebia os padres ou bispos com o maior respeito e lhes dedica todo o tempo que consegue. Manifestava diante do povo sua fé na grandeza do sacerdócio e sua estima pelos padres: “Depois de Deus, o padre é tudo. Vocês não podem se lembrar de um só benefício de Deus. Sem encontrar, ao lado dessa recordação, a imagem do padre”. Jamais recusa atendê-los em confissão. Dizia ao povo: “Se eu encontrar um anjo e um padre, primeiro cumprimento o padre, e depois o anjo, pois nenhum anjo pode celebrar a missa”.
Em seu trabalho de discernimento em 1850 recebeu o vidente de La Salette, Maximino e depois concluiu: “Ele não viu Nossa Senhora”. Isso lhe trouxe muito aborrecimento e a repreensão dos bispos da região, que acreditavam piamente nos fatos acontecidos em La Salette. Pe. João Maria rezava para estar enganado, pois, afirmou, “se os bispos acreditam, por que eu não?”.
Suportou calúnias e difamações de alguns paroquianos e depois, com as multidões vindo ao seu encontro, dos sacerdotes das paróquias vizinhas. Era o mais baixo sentimento da inveja clerical. O Cura até gostava disso, pois achava que o bispo, sabendo quem ele era e dando ouvido às más línguas, o deixaria ir para um mosteiro.

Sem comentários:

Enviar um comentário