sexta-feira, 21 de agosto de 2009

DOMINGO XXI DO TEMPO COMUM- ANO B

– DOMINGO XXI DO TEMPO COMUM – ANO BJos 24, 1-2a.15-18b / Slm 33, 2-3.16-23 / Ef 5, 21-32 / Jo 6, 60-69Crises de fé. Todos nós, com alguma hipotética excepção, fomos baptizados ainda muito pequeninos. Por conseguinte, passámos a ser cristãos sem termos tomado uma decisão pessoal e sem uma opção consciente pela nossa adesão a Jesus Cristo. À medida que se vai crescendo, tem-se que ir assumindo, com cada vez mais consciência e responsabilização, aquilo que se é.
Ou se é por Jesus Cristo, ou se é contra Ele (Mc 9, 40). São muitos, graças a Deus, os que, no decurso da vida, fazem a opção pelo caminho que nos é proposto pelo Senhor. Mas há também muitos, mesmo os que abraçaram a fé, que entram em crise e começam a duvidar, em geral devido ao sofrimento, à doença, à dor, por que tiveram que passar. As crises podem levar à descrença e ao abandono, e podem favorecer o amadurecimento da fé, mediante o estudo, o recurso à direcção espiritual, a descoberta, por graça de Deus, de que só o Senhor Jesus Cristo, que andou pelas estradas deste mundo, é realmente «o caminho, a verdade e a vida».Não há alternativas válidas. «Também vós quereis ir embora?» Esta pergunta deve provocar uma resposta como a de Pedro, resposta que é uma autêntica profissão de fé: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditámos…». S. João escreverá: «Nós conhecemos e acreditámos no amor que Deus nos tem. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele» (1 Jo 4, 16).
Por vezes, temos a impressão, como muitos dos ouvintes de Jesus, de que as suas palavras «são duras». Acreditar e manter-se fiel, é dom de Deus: «ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai». Somos livres de ficar, ou de ir embora. Só vale a pena ficar, só se «permanece» mesmo, se se tenta ser cristão não tíbio, não o ser apenas a meias, não ser quente nem frio, ser cristão só de nome, apenas de missa ao domingo, sem uma relação pessoal, viva, com Jesus Cristo. Cristianismo sem prática é contra-testemunho. Também aqui se aplica a palavra do Evangelho: «sim, sim; não, não» (Mt 5, 37).

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