sexta-feira, 17 de julho de 2009

A TEOLOGIA DO SOFRIMENTO












A teologia do sofrimento
As vezes temos que nos defrontarmos com momentos de crise, acompanhados de dor e sofrimento e nestes momentos a grande e milenar pergunta vem a tona: "Porque Senhor?" Alguns até se aventuram a dizer: "Porque o Senhor está fazendo isso comigo?" Mas será que é Deus realmente que nos aflige com preocupações, ansiedades, desencontros, dor e sofrimento? A Teologia do Sofrimento A primeira coisa que precisamos verificar é a seguinte: Está Deus punindo homens e mulheres, nesta vida, agora, por seus pecados? São as doenças e acidentes juízos de Deus como castigo pelo pecado? Ao que tudo indica muita gente pensa assim. Mas até os demônios sabem que não é bem assim (Mat. 8:28 e 29) Observe especialmente a expressão "antes do tempo". Esses espíritos malignos sabiam que o tempo do seu tormento não havia chegado. Que a punição divina pelo pecado não é neste momento da vida agora. Esse dia vai chegar, sem dúvida. O São Pedro afirma que "os céus que agora existem, e a terra...tem sido entesourados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios." II Ped. 3:7) Esse juízo, no qual os pecadores não arrependidos serão destruídos, ainda está no futuro. Por tanto biblicamente é errado afirmarmos que Deus está castigando o pecador agora. Mas você deve está se perguntando: "Mas pastor porque então nós sofremos? Porque tantas doenças, porque tanta dor?" Dentre as muitas causas do sofrimento, quero salientar aqui as seguintes: Sofrimento comum a toda criatura Este sofrimento atinge toda a criatura, a qual geme sob o efeito do pecado. Não só o homem, mas também os animais e a natureza em geral. Quando Adão e Eva pecaram, surgiram os espinhos, que devem tê-los espetado algumas vezes, fazendo-os sofrer. Quando Adão foi lavrar a terra pela primeira vez sentiu cansaço e grossas gotas de suor escorriam-lhe pela face. Daí ele entendeu o que Deus lhe havia dito: "No suor do seu rosto, comerás o teu pão." Adão também notou que a terra havia perdido parte de sua fertilidade, que havia surgido pragas e que ele agora precisava trabalhar mais para colher menos. Os animais que antes eram vegetarianos começaram a se devorar uns aos outros. E quando Eva teve o seu primeiro filho com dores, sem anestesia divina, entendeu as palavras divinas: "Com dor terás filhos." Assim, o sofrimento se tornou comum a todos, com diz Salomão em Ecle. 9:2 e 3. Sofrimento causado por escolhas erradas. Esse é o sofrimento causado pelas escolhas erradas que fazemos na vida. Deus nos concedeu livre-arbítrio, mas esse liberdade acarreta-nos também a responsabilidade, conforme diz Paulo: (Gál. 6:7) Por exemplo. Se o homem transgredir as leis de trânsito, ele poderá perder a liberdade e pagar uma boa multa. Se transgredir as leis sociais perderá a liberdade. Se transgredir as leis de saúde adoecerá, Se desafiar as leis da física, como a lei da gravidade, irá cair ao solo e dependendo da altura poderá perder a vida. Isso é o que chamamos de Lei da Causalidade, e esta é uma das lei inflexíveis que existe. Plantou, colhe. A toda causa segue-se uma conseqüência ou efeito. No entanto muitas vezes queremos acionar as causas e que Deus remova as conseqüências, mas dificilmente Deus fará isso. Sofrimento causado por catástrofes naturais. Jesus disse que antes do fim haveriam fome e terremotos em vários lugares (Mat. 24:7) Os terremotos, furacões, raios, inundações atingem uma pessoa sem lhe perguntar se é boa ou má. Não é verdade que atingem os maus e poupam os "bons". Como também não é verdade que as pessoas atingidas estejam sendo castigadas. Ilust: Um crente ao sair da igreja após o culto, foi atingido mortalmente por um raio. Alguns irmãos, muito piedosos, julgaram que ele devia Ter algum pecado oculto em sua vida, já que o castigo veio em cima, de modo fulminante. Concluíram que isso só podia ser uma manifestação da ira divina. Algum tempo depois na Índia um terremoto derrubou o prédio de uma missão e deixou em pé, ali perto um prostíbulo. Logo disseram que foi Satanás. Na Birmânia, entretanto, um terremoto destruiu uma localidade, deixando intacta apenas a casa de um cristão. E isso foi considerado um ato da providência de Deus. Interessante: Quando um cristão é poupado numa catástrofe ou acidente, dizemos que houve milagre, mas quando um descrente é poupado, dizemos que "vaso ruim não quebra". Se fosse possível provar que o cristão é sempre poupado, nos sofrimentos e calamidades, as multidões afluiriam as igrejas e aceitariam o cristianismo como se estivessem obtendo uma apólice de seguro . Com isso o cristianismo se degradaria e também o cristão, pois não teria a disciplina necessária para viver num universo regido por leis imparciais. A Bíblia indica que Satanás tem poder para causar catástrofes, operando através dos elementos da natureza. A experiência de Jó, que analisaremos no tópico seguinte deixa claro que Satanás foi quem fez se levantar um "grande vento da banda da casa, a qual caiu sobre os filhos de Jó e assim levando-os a morte."(Jó. 1:19) Sofrimento por causa da justiça Jesus disse; "Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça." (Mat. 5:10) O caso de Jó é uma boa ilustração desse fato. E o pior caso de sofrimento mencionado na Bíblia. Mas porque Jó sofreu? Por causa de algum pecado? Isso era o que os seus três "amigos" pensavam. Foram vê0lo a fim de consolá-lo e acabaram acusando-o. Satanás dissera a Deus que Jó O servia por interesse. Deus, porém, tinha certeza de que Jó O servia por amor. Deus então permitiu afligir a Jó. A provação é o melhor foi dura, mas valeu a pena pois perante o universo Satanás mais uma vez foi derrotado. E o melhor veio depois. Quando Jó orava pelos seus amigos, Deus mudou-lhe a sorte e deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. E outros dez filhos. O sofrimento dos mártires pode pertencer a este grupo. Nós também estamos no meio desse fogo cruzado entre Cristo e Satanás, e podemos ficar feridos nesse combate, é risco que todos nós corremos, desde que o homem entregou a Satanás, de presente o domínio da Terra. Sofrimento disciplinar Aqui nós temos mais uma demonstração do amor de Deus. "O Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe...pois, que filho há a quem o pai não corrige? (Heb. 12:6-8) "Eu repreendo e disciplino a todos quanto amo." (Apoc. 3:19) Nascemos com a tendência para o pecado, e de vez em quando precisamos de uma reprimenda, a qual, às vezes, toma a forma de sofrimento. A experiência de Saulo, na estrada de Damasco, seguida de três dias de jejum e cegueira, e talvez da visão deficiente para o resto da vida, pode também pertencer a este grupo. Sofrimento relacionado a pecados específicos. Alguns exemplos, notadamente no V.T., não parece deixar dúvida de que a transgressão foi punida exemplarmente por Deus. Nadab e Abiú eram sacerdotes, trouxeram fogo estranho perante Deus e foram mortos. Uzá tocou a arca, desobedecendo a proibição divina e foi fulminado. Já no N.T., temos o exemplo de Ananias e Safira, os quais pecaram contra o Espírito Santo e foram punidos exemplarmente. Apesar de parecer contraditório, esse tipo de sofrimento raramente acontece hoje, pois através da história Deus já mostrou a Sua repulsa pelo pecado, e não ficará multiplicando exemplos. Portanto repito que não se deve dizer que Deus está punindo alguém que esteja sofrendo, porque ninguém sabe em que tipo de sofrimento seu irmão está envolvido. Isso sempre será um teste de fé. Conclusão: Assim perseveremos firmes em seguir a Jesus, certos de sua proteção e cuidado, mas não esquecendo de que nosso alvo vai além de uma boa vida terrena, nosso sonho é chegar aos céus, onde não haverá mas morte nem pranto nem dor, porque as primeiras coisas são passadas. (Apos.21:4)

terça-feira, 14 de julho de 2009

FELICIDADE APÓS A CEGUEIRA- LIVRO-EDITORA B

Artoliterama
Segunda-feira, 13 de Julho de 2009



Escritora nascida no Huambo lança no Brasil livro "Felicidade após a cegueira"
“Felicidade após a cegueira” é o título do livro que a escritora angolana Maria Luísa Mendes Carmelino acaba de lançar, em Belo Horizonte, capital do estado brasileiro de Minas Gerais.
A estréia literária da autora foi organizada com apoio de amigos brasileiros, dentre os quais a coordenadora do evento realizado na noite de ontem no Museu Inimá de Paula, Jane Mascarenhas.
Em entrevista ao África 21 Digital, Jane Mascarenhas conta que a autora nasceu em Nova Lisboa, hoje Huambo, em Angola, e actualmente está radicada em Portugal.
“Maria Luísa tem profundas raízes no Brasil, para onde veio aos 23 anos, por ocasião da Revolução dos Cravos, residindo inicialmente no Rio de Janeiro”, revela a amiga. Hoje, ela tem 78 anos. Cega desde os 23, morou no Lar das Cegas em Belo Horizonte, onde fez muitos amigos.
A autora é fisioterapeuta de profissão e quis mostrar que a cegueira não a impedia de ter uma vida normal, por isso, e por contar com uma grande habilidade manual, além dos conhecimentos acadéicos , fundou em Belo Horizonte uma clínica de estética, onde trabalhou com massagens e conquistou uma vasta clientela.
O projeto de lançar um livro relatando suas memórias, especialmente a convivência no Brasil, levou a autora a concretizar o projecto, mesmo morando em Portugal, para onde se mudou, após 23 anos de residência no Brasil.
“Era um sonho antigo que ela vinha acalentando há muito tempo”, conta a amiga brasileira Jane Mascarenhas. O livro contou com patrocínios conseguidos no Brasil e tem edição da mineira Editora B.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

13 DE JULHO - NOSSA SENHORA RECOMENDOU ,MAIS UMA VEZ, ORAÇÃO REPARADORA


História
Três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos), afirmaram ter visto Nossa Senhora no dia 13 de Maio de 1917 quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Aljustrel, pertencente ao concelho de Ourém, Portugal.
Segundo relatos posteriores aos acontecimentos, por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão teria iluminado o espaço. nessa altura teriam visto em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol".
Segundo os testemunhos recolhidos na época, a senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses. As três crianças assistiram a outras aparições no mesmo local em 13 de Junho, 13 de Julho e 13 de Setembro. Em Agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Concelho no dia 13 de Agosto.

A famosa "Capelinha das Aparições" em Fátima (que marca o local exacto onde Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos).
A 13 de Outubro, estavam presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas, Nossa Senhora teria dito às crianças: "Eu sou a Senhora do Rosário", e teria pedido que fizessem ali uma capela em sua honra (que atualmente é a parte central do Santuário de Fátima). Muitos dos presentes afirmaram ter observado o chamado milagre do sol, prometido às três crianças em Julho e Setembro. Segundo os testemunhos recolhidos na época, o Sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra. Tal fenómeno foi testemunhado por muitas pessoas, até mesmo distantes do lugar da aparição. O relato foi publicado na imprensa por vários jornalistas que ali se deslocaram e que foram testemunhas do fenómeno. Contudo, há testemunhos de pessoas que afirmaram nada ter visto, como é o caso do escritor António Sérgio, que esteve presente no local e testemunhou que nada se passara de extraordinário com o Sol, e do militante católico Domingos Pinto Coelho, que escreveu na imprensa que não vira nada de sobrenatural. Entretanto, testemunhas da época disseram que o fato não aconteceu com o sol (este ficou do mesmo tamanho) mas sim que, no lugar onde Nossa Senhora apareceu para os pastores, deu-se uma luminosidade tão intensa que ninguém conseguiu ficar com os olhos abertos, ninguém conseguiu ver Nossa Senhora, apenas os tres pastores.
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa doroteia, Nossa Senhora ter-lhe-á aparecido novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração.
Anos mais tarde, Lúcia contou ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo de Portugal".

domingo, 12 de julho de 2009

DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

APÓSTOLO SÃO PAULO
PREPARANDO A PARTILHA DA PALAVRA

Na 1ª leitura de hoje, o profeta Amós encontra uma grande resistência à sua missão. Ele é acusado de querer “ganhar a vida” fazendo pregações no Santuário de Betel, que era um Santuário do rei.O sacerdote Amasias, responsável pelo Santuário, expulsa o profeta de lá, porque ele criticava duramente o rei e sua política opressora. Então Amós se defende: “Eu não sou profeta por profissão; sou apenas um vaqueiro e cultivador de sicômoros. Mas o Senhor me tirou deste trabalho e me mandou profetizar”.A missão de profeta é sempre difícil, pois o verdadeiro profeta não fica calado diante das injustiças, da exploração, do erro e do pecado. O profeta também tem palavras de encorajamento para os oprimidos, de esperança para os pequenos, de ânimo para os marginalizados, de orientação para os que buscam a verdade, de alegria para quem está triste.A profecia bíblica é assim: de um lado, denuncia o que está errado e mostra as consequências disso na vida do povo de Deus. Por isso convoca para a conversão. De outro lado, anuncia a mudança, a libertação que certamente acontecerá. Por isso infunde esperança. Como os profetas de Israel e o próprio Cristo foram ungidos pelo Espírito Santo para cumprirem a sua missão, assim todos os batizados também são enviados para evangelizar.No dia do nosso batismo fomos ungidos com óleo, simbolizando que Deus nos escolheu para sermos seus pregadores, isto é, seus “profetas”. Já refletimos no domingo passado sobre essa missão de profeta que todos nós, batizados, temos. Hoje estamos vendo um outro aspecto dessa missão, percebendo que o cristão realiza sua missão profética do batismo anunciando o Evangelho. Um exemplo de grande pregador, de um cristão que assumiu pra valer a sua missão de evangelizador é o apóstolo Paulo.

Na 2ª leitura, Paulo se apresenta como ministro do Evangelho. Tem consciência de que Deus lhe deu a graça de anunciar aos não-judeus a insondável riqueza de Cristo. E Paulo faz isso com muita alegria: anuncia que os cristãos de origem pagã são admitidos à mesma herança dos cristãos de origem judaica. São membros do mesmo Corpo de Cristo e beneficiários da mesma promessa de vida eterna, pois Deus quer salvar a todos.Ajudar as pessoas a encontrarem em Cristo a alegria de viver e conviver, o sentido para sua vida, a força para enfrentar os desafios, isso é “evangelizar”. Esse anúncio é a Boa Nova, o Evangelho que todo batizado deve proclamar.

No Evangelho de hoje lemos que Jesus enviou seus discípulos para proclamar a Boa Nova, pregar a conversão e curar os enfermos. Isso significa que todos nós, hoje, temos a missão de promover a vida, de levar alegria às pessoas, de orientar os errantes no caminho de Deus.Para quem abraça essa missão Jesus tem algumas exigências: ser desapegado, desinstalado, desacomodado. Não perder tempo com futilidade, com coisas que não são essenciais. Realizar a missão com muito entusiasmo e pronto para enfrentar as dificuldades. Pelo batismo todos nos tornamos profetas de Deus, mas cada um deve descobrir o modo como vai realizar essa missão hoje nos ambientes em que vive.

A família é o primeiro espaço onde os leigos devem evangelizar, através das relações de amor, de respeito, de diálogo, de educação. Mas sentimos, hoje em dia, a falta de famílias bem constituídas, harmoniosas, estáveis. Falta muitas vezes um ambiente favorável para todos crescerem no amor mútuo, único meio para uma vida feliz.Diante disso, a família é chamada a ser uma pequena Igreja, um verdadeiro sinal do Reino de Deus, construindo a paz, o amor, o perdão e o apoio mútuo, preparando as pessoas para assumirem a vida com responsabilidade

MEDITANDO AS LEITURAS DO XV DOMINGO DO TEMPO COMUM


Comentário às Leituras

"Como se faz uma Terra Boa?"
Escutar a Palavra de Deus não é um exercício de audição, mas um exercício interior de acolhimento e transformação do Coração segundo os critérios dessa Palavra. A Palavra de Deus é a Sabedoria de Deus ao nosso alcance, por Graça. A possibilidade de Saborear a Vida com o Seu próprio Paladar. E a Palavra de Deus é uma Semente, ou seja, é possibilidade de Vida Nova! O destino da Semente conta com a água que bebe, como diz a primeira leitura, e com a terra que a acolhe, como diz o evangelho. A Semente é a Palavra de Deus; o Semeador é Cristo; a Água é o Espírito Santo; a Terra é o Coração que a acolhe. E aqui é que se joga tudo… porque o resto está garantido!
O Coração que “está à beira do Caminho” é aquele que “não compreende a Palavra”. Se a compreendesse, punha-se a Caminho, porque a Palavra de Deus desinstala e encaminha! O que não compreende a Palavra precisa de mediações para ser conduzido ao seu Sentido e Importância. A Palavra de Deus não acontece nas nossas vidas senão por mediações e sinais. É fundamental haver quem Explique a Palavra de Deus [em latim, Ex-Pelicare: tirar a pele, esfolar], quem a transforme em alimento de Vida para todos. Com efeito, a escuta da Palavra de Deus chega ao seu alcance máximo em contexto comunitário. Por isso Jesus Explica esta parábola aos seus Discípulos íntimos, para os tornar capazes de Explicarem também a sua Palavra a todos aqueles aos quais os enviaria depois.O Coração que “está em sítios pedregosos” é aquele que está sempre pronto para ouvir a novidade do último “pregador da moda”, aquele que no fim bate palmas e elogia o sermão, aquele que levado pelo fulgor do momento promete a si próprio, a Deus e aos irmãos “mundos e fundos” de Conversão que duram três ou quatro dias! São os do entusiasmo inconstante, que gostam de ouvir coisas novas mas continuam com as lógicas antigas! Andam sempre à procura das “novas modas” dos movimentos da Igreja ou dos padres mais populares lá do sítio, mas continuam a pensar à moda antiga!Além disso, são também aqueles inconstantes que não têm raiz para se firmarem! Querem que a Semente dê folhas e frutos sem deitar raiz primeiro. À mínima dificuldade, ao mais pequeno sacrifício de fidelidade, à primeira perseguição por causa da Palavra, tudo morre. A beleza e a fecundidade da Vida não se jogam nas folhas e nos ramos floridos, mas na raiz!O Coração que “está entre espinhos” é aquele que coloca a escuta da Palavra de Deus no rol dos afazeres. E, certamente, entre as coisas Importantes e as Urgentes, as segundas costumam ganhar sempre! Escutar a Palavra implica dar-lhe espaço para ser compreendida, dar-lhe Importância, dar-lhe tempo para ser explicada interiormente pelo Espírito Santo, dar-lhe o papel de ajuizar as nossas opções, atitudes e critérios. A Semente entre os espinhos é a experiência da Palavra sufocada pelas coisas urgentes do corre-corre quotidiano.A Palavra de Deus é fonte de Critérios e apontadora de um Sentido pleno de viver. Por isso, molda Opções e Atitudes. Mas nada disto acontece de maneira automática, como uma Semente não dá frutos cinco minutos depois de estar na terra! E se estivermos atentos, damo-nos bem conta de quais são os “espinhos” que é necessário e possível ir cortando… aquilo que além de sufocar a Palavra, só nos pica, e não nos dá nem frutos para comer nem flores para admirar…Libertar a terra das pedras que não deixam a Semente criar raiz e limpá-la dos espinhos que a sufocam são dois exercícios fundamentais para transformar o Coração em terra boa. O Coração que “é boa terra” é aquele que Escuta, Compreende e Dá Fruto! “Uns cem, outros sessenta, outros trinta”, ou seja, cada um segundo a sua própria medida!Telefonei ao meu avô para lhe perguntar como é que ele fazia para manter uma terra boa, lá nos campos. Deu-me três segredos:1. disse-me que quando uma terra não é muito boa “para receber a semente”, a primeira coisa a fazer é revolvê-la toda com o arado, o mais fundo possível, “para trazer a terra do fundo para cima, e deixá-la respirar” durante uns dias. “A terra do fundo é sempre melhor”, disse ele. E ele nem sequer imaginava que eu estava a ouvir tudo o que me dizia como símbolo do nosso Coração… “A terra do fundo é sempre melhor…” Sim, é verdade! Mas nós muitas vezes queremos semear à superfície, na casca da Vida, no lado de fora da existência…2. depois, há que não deixar a terra habituar-se à sementeira: “se um ano é batatas, no outro ano semeia-se trigo! Um ano batatas, outro ano trigo!” Porque quando uma terra se habitua à semente, normalmente “começa a dar menos, porque se cansa”. E eu voltei a sorrir… O meu avô falou-me do perigo da habituação, que conduz sempre ao cansaço e à desilusão…3. finalmente, disse-me que é sempre bom, mais ou menos de sete em sete anos, “deixar a terra descansar um ano”. “Para que a terra ganhe força”, explicou-me. E eu percebi de novo. A importância de pararmos… Pararmos para nos darmos descanso e silêncio, para ficarmos mais fortes, para nos enriquecermos de nutrientes… aqueles do Coração, claro!Depois, disse “Obrigado” ao meu avô. E ele ainda agora não imagina as coisas bonitas que me disse! Sabes, é que o meu avô não conhece uma única letra do alfabeto, mas Deus também nos fala assim…

quinta-feira, 9 de julho de 2009

SANTO ANDRÉ APÓSTOLO




ESPECIAL: Os 12 Apóstolos de Cristo
Santo André (~ 5 a. C. - 100)
Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro primeiros junto com Pedro, João e Tiago, sendo seu nome mencionado explicitamente três vezes: por ocasião do discurso escatológico de Jesus (Mc 13,3), na primeira multiplicação dos pães e dos peixes (Jo 6,8) e quando, juntamente com Filipe, apresenta a Jesus alguns gentios (Jo 12,22). Também pescador em Cafarnaum, foi o primeiro a receber de Cristo o título de Pescador de Homens e tornou-se o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre. Filho de Jonas tornou-se discípulo do João Batista, cujo testemunho o levou juntamente com João Evangelista a seguirem Jesus e convencer seu irmão mais velho, Simão Pedro a seguí-los. Desde aquele momento os dois irmãos tornaram-se discípulos de Cristo e deixaram tudo para seguir a Jesus. No começo da vida pública de Nosso Senhor ocupararam a mesma casa em Cafarnaum. Segundo as Escrituras esteve sempre próximo ao Cristo durante sua vida pública. Estava presente na Última Ceia, viu o Senhor Ressuscitado, testemunhou a Ascensão, recebeu graças e dons no primeiro Pentecostes e ajudou, entre grandes ameaças e perseguições, a estabelecer a Fé na Palestina, passando provavelmente por Cítia, Épiro, Acaia e Hélade. Para Nicéforo ele pregou na Capadócia, Galácia e Bitínia, e esteve em Bizâncio, onde determinou a fundação da Igreja local e apontou São Eustáquio como primeiro bispo. Finalmente esteve na Trácia, Macedônia, Tessália e Acaia. Segundo a tradição foi crucificado em Patros da Acaia, cidade na qual havia sido eleito bispo, durante o reinado de Trajano, por ordem do procônsul romano Egéias. Atado, não pregado, a uma cruz em forma de X, que ficou conhecida como a cruz de Santo André, ainda que a evidência disso não seja anterior ao século catorze.
Suas relíquias foram transferidas de Patros para Constantinopla (356) e depositadas na igreja dos Apóstolos (357), tornando-se padroeiro desta cidade. Quando Constantinopla foi tomada pelos franceses no início do século treze, o Cardeal Pedro de Cápua trouxe as relíquias à Itália e as colocou na catedral de Amalfi, onde a maioria delas ainda permanece. É honrado como padroeiro da Rússia e Escócia e no calendário católico é comemorado no dia 30 de novembro, data de seu martírio

OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO


OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO

MATINAS E LAUDES Deus vos salve Virgem, Filha de Deus Pai! Deus vos salve Virgem, Mãe de Deus Filho! Deus vos salve Virgem, Esposa do Divino Espírito Santo! Deus vos salve Virgem, Templo e Sacrário da Santíssima Trindade! Agora, lábios meus, dizei e anunciai os grandes louvores da Virgem Mãe de Deus. Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre, e sem fim. Amém. Hino Deus vos salve, Virgem, Senhora do mundo, Rainha dos céus e das virgens, Virgem. Estrela da manhã, Deus vos salve, cheia de graça divina, formosa e louçã. Dai pressa Senhora em favor do mundo, pois vos reconhece como defensora. Deus vos nomeou desde "ab aeterno" para a Mãe do Verbo, com o qual criou: Terra, mar e céus, e vos escolheu, quando Adão pecou, por esposa de Deus.
Deus vos escolheu, e já muito dantes em seu tabernáculo morada Lhe deu. Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem vosso peito os clamores meus. Oração Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, por mercê do Vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

PRIMA Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre, e sem fim. Amém. Hino Deus vos salve, mesa para Deus ornada, coluna sagrada, de grande firmeza. Casa dedicada a Deus sempiterno, sempre preservada virgem do pecado. Antes que nascida, fostes, Virgem santa, no ventre ditoso de Ana concebida. Sois Mãe criadora dos mortais viventes. Sois dos Santos porta, dos Anjos Senhora

Sois forte esquadrão contra o inimigo, Estrela de Jacó, Refúgio do cristão. A Virgem, a criou Deus no Espírito Santo, e todas as suas obras, com elas as ornou. Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toque Vosso peito os clamores meus. Oração Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, por mercê do Vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

TERÇA Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre, e sem fim. Amém. Hino Deus Vos salve, trono do grão Salomão, Arca do Concerto, Velo de Gedeão. Íris do céu clara, Sarça da visão, Favo de Sansão, Florescente vara, A qual escolheu para ser Mãe sua, e de Vós nasceu

o Filho de Deus. Assim Vos livrou da culpa original, de nenhum pecado há em Vós sinal. Vós, que habitais lá nessas alturas, e tendes Vosso Trono sobre as nuvens puras. Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem Vosso peito os clamores meus. Oração Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, por mercê do Vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

SEXTA Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre, e sem fim. Amém. Hino Deus Vos salve, Virgem, da Trindade templo, alegria dos anjos, da pureza exemplo, Que alegrais os tristes, com vossa clemência, Horto de deleite, Palma da paciência. Sois Terra bendita e sacerdotal.

Sois de castidade símbolo real. Cidade do Altíssimo, Porta oriental, sois a mesma Graça, Virgem singular. Qual lírio cheiroso, entre espinhas duras, tal sois Vós, Senhora, entre as criaturas. Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toque Vosso peito os clamores meus. Oração Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, por mercê do Vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

NOA Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre, e sem fim. Amém. Hino Deus vos salve, Cidade, de torres guarnecida, de Davi, com armas bem fortalecida. De suma caridade sempre abrasada, do dragão a força foi por Vós prostrada. Ó mulher tão forte!

Ó invicta Judite! Vós que alentastes o Sumo Davi. Do Egito o curador, de Raquel nasceu, Do mundo o Salvador Maria no-Lo deu. Toda é formosa minha companheira, nela não há mácula da culpa primeira. Ouvi, Mãe de Deus, minha oração, toquem Vosso peito os clamores meus. Oração Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, por mercê do Vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

VÉSPERAS Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre, e sem fim. Amém. Hino Deus vos salve, relógio que, andando atrasado, serviu de sinal ao Verbo Encarnado. Para que o homem suba às sumas alturas, desce Deus dos céus para as criaturas.

Com os raios claros do Sol da Justiça, resplandece a Virgem, dando ao sol cobiça. Sois lírio formoso que cheiro respira, entre os espinhos. Da serpente, a ira Vós a quebrantais com o vosso poder. Os cegos errados Vós alumiais. Fizestes nascer Sol tão fecundo, e como com nuvens cobristes o mundo. Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem Vosso peito os clamores meus. Oração Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, por mercê do Vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

COMPLETAS Rogai a Deus, Vós, Virgem, nos converta, que a sua ira se aparte de nós. Sede em meu favor, Virgem soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre, e sem fim. Amém.

Hino

Deus Vos salve, Virgem Imaculada, Rainha de clemência, de estrelas coroada. Vós sobre os Anjos sois purificada. De Deus, à mão direita, estais de ouro ornada. Por Vós, Mãe da Graça, mereçamos ver a Deus nas alturas, com todo prazer. Pois sois Esperança dos pobres errantes e seguro Porto dos navegantes. Estrela do mar e saúde certa, e Porta que estais para o céu aberta. É óleo derramado, Virgem, Vosso nome, e os vossos servos vos hão sempre amado. Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem Vosso peito os clamores meus. Oração Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, por mercê do Vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.


OFERECIMENTO Humildes oferecemos a Vós, Virgem pia, estas orações, porque, em Vossa guia, Deus Vos salve, Virgem Imaculada, Rainha de clemência, de estrelas coroada. Vós sobre os Anjos sois purificada. De Deus, à mão direita, estais de ouro ornada. Por Vós, Mãe da Graça, mereçamos ver a Deus nas alturas, com todo prazer. Pois sois Esperança dos pobres errantes e seguro Porto dos navegantes. Estrela do mar e saúde certa, e Porta que estais para o céu aberta. É óleo derramado, Virgem, Vosso nome, e os vossos servos vos hão sempre amado. Ouvi, Mãe de Deus, minha oração. Toquem Vosso peito os clamores meus.
Oração
Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, por mercê do Vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.
OFERECIMENTO Humildes oferecemos a Vós, Virgem pia, estas orações, porque, em Vossa guia, Vades Vós adiante, e na agonia Vós nos animeis, ó doce Virgem Maria. Amém. Infinitas graças vos damos Senhora Rainha pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais. Dignai-vos sempre atender-nos e para mais vos louvarmos saudamos com uma Salve Rainha: Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa: esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém

VERDADE


Mas, Senhor, deixa-me chorar.

Não leves a mal este meu pranto.

Certamente irá amansar

o que desejaria ,fosse canto.


E é-o dentro do coração

que se dói porque ausente

do calvário da redenção

onde foste luz corrente.


É esta a minha fraqueza

que simples Te confesso.

Acompanha-me a certeza

Do perdão que Te professo

O OLHAR DE DEUS


Nas horas de angústia
faz bem rezar com "o olhar de Deus"


Teus olhos são-me cheios de ternura,

repassados da doçura que atrai!

Escusado é que finjas não dizer;

estou mesmo a ver; só podes ser meu Pai!


Mergulhas Teu olhar em meu olhar

e faz-me descansar esse Teu brilho:

fome e sede me saciam os olhos Teus;

se bem que és meu Deus,eu sou Teu filho.


no Teu olhar cálido se aquece

quem dele se não esquece: o pecador;

nele arde sempre fogo que repassa;

é a Tua Graça, Teu espírito de Amor.


Com que poder sustentas em Teu braço

meu cansaço de vencer as tentações1

Mas fico sem saber se és Pai, se Mãe,

pois o Teu olhar também me diz canções.


Os Teus olhos são ternos e são doces,

como sendo de quem és, meu Bem!

Se um olhar de Pai fosse Amor pouco,

Quiseras ter um louco olhar de Mãe

quarta-feira, 8 de julho de 2009

CONCLUSION ENCICLICA"CARITA VERITATE" OF BENTO XVI


.
CONCLUSION
78. Without God man neither knows which way to go, nor even understands who he is. In the face of the enormous problems surrounding the development of peoples, which almost make us yield to discouragement, we find solace in the sayings of our Lord Jesus Christ, who teaches us: “Apart from me you can do nothing” (Jn 15:5) and then encourages us: “I am with you always, to the close of the age” (Mt 28:20). As we contemplate the vast amount of work to be done, we are sustained by our faith that God is present alongside those who come together in his name to work for justice. Paul VI recalled in
Populorum Progressio that man cannot bring about his own progress unaided, because by himself he cannot establish an authentic humanism. Only if we are aware of our calling, as individuals and as a community, to be part of God's family as his sons and daughters, will we be able to generate a new vision and muster new energy in the service of a truly integral humanism. The greatest service to development, then, is a Christian humanism[157] that enkindles charity and takes its lead from truth, accepting both as a lasting gift from God. Openness to God makes us open towards our brothers and sisters and towards an understanding of life as a joyful task to be accomplished in a spirit of solidarity. On the other hand, ideological rejection of God and an atheism of indifference, oblivious to the Creator and at risk of becoming equally oblivious to human values, constitute some of the chief obstacles to development today. A humanism which excludes God is an inhuman humanism. Only a humanism open to the Absolute can guide us in the promotion and building of forms of social and civic life — structures, institutions, culture and ethos — without exposing us to the risk of becoming ensnared by the fashions of the moment. Awareness of God's undying love sustains us in our laborious and stimulating work for justice and the development of peoples, amid successes and failures, in the ceaseless pursuit of a just ordering of human affairs. God's love calls us to move beyond the limited and the ephemeral, it gives us the courage to continue seeking and working for the benefit of all, even if this cannot be achieved immediately and if what we are able to achieve, alongside political authorities and those working in the field of economics, is always less than we might wish[158]. God gives us the strength to fight and to suffer for love of the common good, because he is our All, our greatest hope.
79. Development needs Christians with their arms raised towards God in prayer, Christians moved by the knowledge that truth-filled love, caritas in veritate, from which authentic development proceeds, is not produced by us, but given to us. For this reason, even in the most difficult and complex times, besides recognizing what is happening, we must above all else turn to God's love. Development requires attention to the spiritual life, a serious consideration of the experiences of trust in God, spiritual fellowship in Christ, reliance upon God's providence and mercy, love and forgiveness, self-denial, acceptance of others, justice and peace. All this is essential if “hearts of stone” are to be transformed into “hearts of flesh” (Ezek 36:26), rendering life on earth “divine” and thus more worthy of humanity. All this is of man, because man is the subject of his own existence; and at the same time it is of God, because God is at the beginning and end of all that is good, all that leads to salvation: “the world or life or death or the present or the future, all are yours; and you are Christ's; and Christ is God's” (1 Cor 3:22-23). Christians long for the entire human family to call upon God as “Our Father!” In union with the only-begotten Son, may all people learn to pray to the Father and to ask him, in the words that Jesus himself taught us, for the grace to glorify him by living according to his will, to receive the daily bread that we need, to be understanding and generous towards our debtors, not to be tempted beyond our limits, and to be delivered from evil (cf. Mt 6:9-13).
At the conclusion of the Pauline Year, I gladly express this hope in the Apostle's own words, taken from the Letter to the Romans: “Let love be genuine; hate what is evil, hold fast to what is good; love one another with brotherly affection; outdo one another in showing honour” (Rom 12:9-10). May the Virgin Mary — proclaimed Mater Ecclesiae by Paul VI and honoured by Christians as Speculum Iustitiae and Regina Pacis — protect us and obtain for us, through her heavenly intercession, the strength, hope and joy necessary to continue to dedicate ourselves with generosity to the task of bringing about the “development of the whole man and of all men”
[159].
Given in Rome, at Saint Peter's, on 29 June, the Solemnity of the Holy Apostles Peter and Paul, in the year 2009, the fifth of my Pontificate.
BENEDICTUS PP. XVI

segunda-feira, 6 de julho de 2009

SÒ EXISTE UM JESUS CRISTO- O VERDADEIRO FILHO DE DEUS





Jesus histórico é diferente do Jesus da fé?
John Meier é sacerdote católico, professor da cadeira de Novo Testamento na Universidade Católica da América em Washington, D.C. Escreveu "Um Judeu Marginal. Repensando o Jesus Histórico". Trata-se de um ensaio cristológico onde John pretende estudar os Evangelhos, abstraindo dos critérios da fé, a fim de tentar depreender o que um judeu, um agnóstico e um cristão concluiriam em consenso unânime se estudassem os Evangelhos conjuntamente.
O autor tenta distingüir o Jesus real do Jesus da história. Para ele, os Evangelhos terão sido acrescidos de concepções da Igreja Nascente, que ornamentaram a figura real de Jesus. Para realizar este estudo, o autor estipula certos critérios (aceitos e reconhecidos por outros pesquisadores) que poderemos aqui citar alguns:
1) Critério da descontinuidade: Afirma serem autênticos os atos e dizeres de Jesus que não podem ser originários do judaísmo de seu tempo nem da Igreja Primitiva, como a proibição do divórcio e a recusa do juramento;
2) Critério da Múltipla Confirmação: Seriam autênticos os atos e dizeres de Jesus atestados em mais de uma fonte independente. O "reino de Deus" foi proclamado, por exemplo, em Mc, Jo, Lc, Mt e por Paulo. As curas praticadas por Jesus, a especial atenção aos proscritos da sociedade, como os pecadores e os coletores de impostos; a recomendação do perdão em número indefinido de vezes, a nova compreensão do preceito do Sábado,a ética radical de abandonar tudo para seguir Jesus; a proibição do divórcio, a Eucaristia, as alterações com os fariseus, etc;
3) Critério da rejeição: Seriam autênticos os atos e dizeres de Jesus que resultaram no fim violento nas mãos de autoridades judias e romanas. Como Jesus foi preso gratuitamente? Logo, sua afirmação de que era Filho de Deus, Deus-homem, pode ser considerado, por este critério, dito verdadeiro;
4) Critério dos traços de aramaico: Seriam autênticos os atos e dizeres de Jesus que, na versão grega das palavras de Cristo, aparecessem com traços de vocabulário, sintaxe, ritmo e rima aramaicos. Este critério se apóia em dados filológicos elaborados por especialistas em aramaico, como Joachim Jeremias e Geza Vermes;
5) Princípio da razão suficiente: Afirma que o fato histórico "Jesus e suas conseqüências através dos séculos" não se explica se não se admite em Cristo uma grandeza de personalidade, manifestada em palavras e ações marcantes ou mesmo extraordinárias. Tudo que é belo e impressionante a respeito de Jesus, narrado nos Evangelhos, não deve ser descartado facilmente, pois se isto acontecesse teríamos um Jesus pobre e limitado, o que descartaria o fenômeno CRISTIANISMO através dos séculos. A própria Filosofia assim exige.
Estes e outros critérios ou princípios estipulados por Meier (critérios usados até por outros pesquisadores) levam a atribuir alto grau de credibilidade aos Evangelhos. Aliás, tais critérios englobam várias facetas e se completam mutuamente.
O livro de Meier está repleto de hipóteses, proposições condicionais, sentenças vagamente afirmativas e negativas que deixam o leitor perplexo. Meier cita um grande número de autores que desenvolveram(como Ele)a crítica dos Evangelhos, ora num terreno tão complexo e, ao mesmo tempo, tão desprovido de documentos, que compreende-se que haja "tantas sentenças quanto cabeças" para cada ponto investigado na obra .Segundo D.Estevão, para "cada sim e cada não há um mas", que faz o leitor sempre ficar na estaca zero.
Contudo, enunciaremos alguns exemplos de tal procedimento, elencados no livro de D. Estevão, para que você possa entender a dinâmica da obra de Meier.
1) O nascimento de Jesus em Belém: O autor conclui que Jesus pode ter nascido em Belém da Judéia ou em Nazaré da Galiléia... Enfim, foi em uma pequena cidade em algum ponto dentro dos limites do reino de Herodes.
2) O nascimento virginal de Jesus: No Talmud judaico do séc. I d.C. os rabinos teriam usado expressões distorcidas para justamente zombar da virgindade de Maria. Ou seja, tal verdade estava presente nos acontecimentos descritos nos Evangelhos. Logo, este "nascimento virginal" não foi invenção posterior das primeiras comunidades católicas.
3) Os irmãos de Jesus: Não existe certeza absoluta de que Jesus não teve irmãos, mas a idéia de que os irmãos de Cristo sejam parentes ou familiares no sentido mais amplo é muito forte.
4) A infância de Jesus: As divergências entre Mt 1-2 e Lc1-2 são aparentes, e não reais. As concordâncias são consideradas por todos como históricas.
5) Jesus foi casado?: Não existe certeza absoluta, mas todos os contextos, próximos e remotos, levam à conclusão de que Jesus se manteve celibatário. O total silêncio sobre esposa e filhos, por exemplo, pode muito indicar que Ele nunca se casou.
6) Jesus dos doze aos trinta anos: Passou quase totalmente estes anos como cidadão de Nazaré, como marceneiro. Meier até acrescenta que Jesus se exprimia em grego, para fins profissionais, incluindo o diálogo com Pilatos, durante o julgamento.
Na verdade, basta analisar passagens como At 1,21s; 2,32; 3,15;4,33;5,31s;10,39-42; Gl 1,8s... e concluir que os apóstolos e pregadores faziam questão de ser meras testemunhas respeitosas do que haviam visto e ouvido, tanto que tudo aquilo que não corresponde à história, virou "literatura apócrifa". Resumindo : os Evangelhos são históricos, não foram moldados ou distorcidos pelas primeiras comunidades. Não é necessário estudo tão descabido e vagamente concebido como este de J.Meier. Os apóstolos estavam tão convictos de que diziam a verdade, que até desafiavam o tribunal dos judeus (At 4,19s). Os apóstolos vigiaram o "desabochar" das palavras de Jesus, evitando docetismo, dualismo, etc.
Até Gamaliel nada pode apontar de enganoso na pregação dos apóstolos, quando concluiu: At 5,38s.
Como bem concluiu D. Estevão, o "Evangelho escrito é a cristalização da pregação dos Apóstolos", só pode ser corretamente entendido com o auxílio da Tradição Oral. Se não for feito desta forma, cai-se em hipóteses que vão de um extremo ao outro das possíveis interpretações, incorrendo em contradições alarmantes, como se percebe no livro de J.Meier.
Em Jo 20,30 s e Jo 21,24 s observamos que muitos dizeres de Jesus não foram escritos e que os que foram tiveram o objetivo de provar que Jesus é o Cristo, Nosso Salvador.
São por estes motivos que os protestantes e outros autores falham, isolando a Bíblia da Tradição Oral. Logo, o livro de Meier pode lançar confusão, com suas conclusões do tipo "em cima do muro", quando deveria apontar ao leitor que somente com a Tradição podemos ter um entendimento autêntico dos Evangelhos.
Fonte de Pesquisa: Curso de Cristologia, D. Estevão Tavares Bettencourt, Escola Mater Ecclesiae.

domingo, 5 de julho de 2009

sexta-feira, 3 de julho de 2009

DEVOÇÃO DOS CINCO PRIMEIROS SÁBADOS


A MAGNÍFICA PROMESSA DOS CINCO PRIMEIROS SÁBADOS.
junho 23rd, 2009 Author: admin
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… Disse Nossa Senhora de Fátima, no dia 13 de Junho de 1917.
“A quem abraçar esta devoção, Eu prometo a salvação.”
De Fátima - Portugal à Pontevedra - Espanha:
O cumprimento do Segredo. Ao descrever as aparições e ao explicar a mensagem de Pontevedra, falaremos apenas das palavras pronunciadas por Nossa Senhora a 13 de Julho de 1917. São palavras concisas, mas muito ricas em significado:
“Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas … virei pedir … a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados de cada mês.”
Portanto, é este o primeiro “Segredo de Maria” que nós devemos descobrir e entender. É uma forma segura e fácil de arrancar as almas aos perigos do inferno: primeiro, as nossas almas; e também as dos nossos próximos; e até as almas dos maiores pecadores – porque a misericórdia e o poder do Imaculado Coração de Maria não têm limites.
I. Pontevedra: As Aparições e a Mensagem
Dia 10 de Dezembro de 1925: a Aparição do Menino Jesus e de Nossa Senhora
Na noite de quinta feira, 10 de Dezembro, logo depois do jantar, a jovem postulante Lúcia, que tinha apenas 18 anos, voltou à sua cela. Foi ali que recebeu a visita de Nossa Senhora e do Menino Jesus. Escutemos a sua narração (escrita na terceira pessoa):
“A 10 de Dezembro de 1925, apareceu-lhe a Santíssima Virgem e, a Seu lado, suspenso numa nuvem luminosa, o Menino Jesus. A Santíssima Virgem pousou a mão no ombro de Lúcia e, nesse momento, mostrou-lhe um Coração cercado de espinhos que tinha na outra mão. Ao mesmo tempo, disse o Menino:
‘Tem pena do Coração de tua Mãe Santíssima, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar’.
E a Santíssima Virgem disse-lhe:
“Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.”
II. A Grande Promessa e as suas condições
O mais assombroso de Pontevedra é, certamente, a incomparável promessa de Nossa Senhora: “A todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro Sábado …”, cumprirem todas as condições pedidas, “Eu prometo assistir-lhes à hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação”. Com generosidade ilimitada, a Santíssima Virgem promete aqui a maior, a mais sublime de todas as graças: a da perseverança final. Ora esta graça, ninguém a pode garantir para si próprio – nem com uma vida inteira de santidade, empregada em oração e sacrifício –, porque se trata de um dom puramente gratuito da Misericórdia Divina. E a promessa é sem nenhuma exclusão, limitação ou restrição: “A todos aqueles que … Eu lhes prometo … “.
1. O Primeiro Sábado de cinco meses seguidos
“Todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro Sábado …” Este primeiro requisito do Céu não contém nada de arbitrário, nem nada totalmente novo. Ajusta-se à tradição imemorial da piedade católica que, havendo dedicado as sextas-feiras para recordar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e honrar o Seu Sacratíssimo Coração, acha perfeitamente natural dedicar os Sábados à Sua Mãe Santíssima. É esta tradição venerável que motivou a escolha do sábado.
III. O espírito da Devoção de Reparação:
A Revelação do dia 29 de Maio de 1930
A Irmã Lúcia estava em Tuy - Espanha nessa época. O seu confessor, o Padre Gonçalves, tinha-lhe feito uma série de perguntas por escrito. Lembramos aqui só a quarta: “Porque hão de ser cinco sábados – perguntou ele – e não nove, ou sete em honra das Dores de Nossa Senhora?” Nessa mesma noite, a vidente implorou a Nosso Senhor que a inspirasse com uma resposta a essas perguntas. Poucos dias depois, ela enviou o seguinte ao seu confessor.
“Ficando na capela, com Nosso Senhor, parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio de 1930 (sabemos que era seu costume ter uma hora santa das onze à meia-noite, especialmente às quintas-feiras, segundo os pedidos do Sagrado Coração de Jesus em Paray-le-Monial), e falando a Nosso Senhor das duas perguntas, quarta e quinta, senti-me, de repente, possuída mais intimamente da Sua Divina Presença. E, se não me engano, foi-me revelado o seguinte:
‘Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria:
1. As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2. As blasfêmias contra a Sua Virgindade;
3. As blasfêmias contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4. Os que procuram publicamente infundir, no coração das crianças, a indiferença, o desprezo e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5. Os que A ultrajam diretamente nas Suas Sagradas imagens.
Eis, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria levou a pedir esta pequena reparação

OS PECADOS CAPITAIS




c) porque são origem, fonte de vários outros, ainda que não sejam necessariamente e sempre, pecados mortais.
PECADOS CAPITAIS
Há sete pecados, ou vícios, que podem ser tidos como graves, quer quanto à sua natureza, quer quanto às suas conseqüências. Estes sete pecados capitais são:1) Soberba; 2) Avareza; 3) Luxúria; 4) Inveja; 5) Gula; 6) Ira; 7) Preguiça. Alguns: soberba, avareza, inveja, ira e preguiça, quando desídia do intelecto, são mais especialmente pecados do espírito. A luxúria e a gula, pelo contrário, são pecados do corpo.
1. SOBERBA
1º. Natureza. Soberba é a estima excessiva da própria pessoa. Manifesta-se principalmente de três maneiras:
a) o soberbo mostra-se ufano das qualidades que tem, não se lembra que deve por elas dar glória a Deus: "Que tens tu, diz São Paulo, sem o teres recebido? E se o recebeste, como é que te glorias, como se aquilo fosse teu?" (I Cor IV, 7);
b) atribui-se dotes que não possui;
c)rebaixa as vantagens dos outros. É parecido com o fariseu que coteja suas virtudes com os senões do próximo.
2º. Derivadas da soberba. A soberba produz a ambição, a presunção, e a vanglória.
A. Ambição é o desejo descomedido de glória, honras, fortuna, poder, etc. o ambicioso anda atrás das posições de destaque e das dignidades. "Apreciam o primeiro lugar nos banquetes, os assentos mais elevados nas sinagogas" (Mt XXIII, 6) diz Nosso Senhor, falando dos Escribas e dos Fariseus.
B. Presunção é a demasiada confiança em si próprio. Presunção e ambição não raro andam a par. O presunçoso exagera seus talentos, julga-se preparadíssimo para qualquer encargo. E trata de meter-se em negócios e empregos altos, para os quais lhe falecem habilidades e competência.
C. Vanglória é a mania de se envaidecer por predicados, mais brilhantes e espalhafatosos, do que reais e sólidos; de colher louvores, e pasmar os circunstantes, quanto não há motivo para tanto. Este gaba-se de uma estirpe nobre, de linhagem ilustre; aquele é altaneiro por causa do palacete; este outro, é pela roupa, ou pelo automóvel. Esquecidos, todos, de que se houver glória nisso, não é a eles que deve ninbar (não quer dizer que todo luxo é soberba e impostura. Não é, quando fica em relação natural com a posição que se ocupa na sociedade. Então, justifica-se no ponto de vista hierárquico e econômico. Quem não atendesse às exigências da fortuna que possui cairia no excesso oposto que entra no segundo pecado capital [avareza]).
A vanglória, por sua vez, gera:
a) a jactância. A jactância, a bazófia, ou gabolice está doida pelos elogios. Baba-se por eles, suplica-os. E quando não os consegue logo, vai-se, o sujeito, encomiando a si mesmo. Nas palestras, não deixa os outros falar. Só ele, só dele. Não aprecia os companheiros, nem se importa com eles, e por isso, conta, o que fez e não fez, mandou e desmandou, suas boas obras, virtudes, esmolas (em dois casos é permitido dar a conhecer o bem que se obrou: a) para livrar-se de censura imerecida; b) para instruir e edificar o próximo, como o pratica São Paulo na Epístola aos Gálatas);
b) a hipocrisia é outro fruto espúrio da vanglória. As felicitações que os gabolas se outorgam nos seus alardes palavrosos, o hipócrita quer granjeá-las por seus atos fiteiros, e suas virtudes de aparato. Anda deslembrado dos conselhos de Nosso Senhor: "Tende cuidado em não fazer vossas boas obras para serdes vistos pelos homens ... quando dais esmola, não toqueis trombeta, como costumam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para que vos honrem os homens’ (Mt VI, 1,2);citemos, ainda, o aferro, a obstinação, a teimosia, três vocábulos mais ou menos sinônimos, exprimindo o apego que se tem ao próprio parecer, não querendo que vingue a opinião dos outros, nem até quando a razão está com eles.
3º. Malícia da soberba. É pecado grave, quando o orgulho quer elevar-se acima de Deus e dos superiores. É tido como fonte de todos os males.
4º. Remédios. Os meios para curar a chaga do orgulho são:
a) um exame atento, demorado, sincero, das nossas misérias, das nossas falhas e fraquezas; da inconsistência dessas coisas que nos envaidecem;
b) a contemplação da humildade de Nosso Senhor, que, sendo Deus, se rebaixou a ponto de revestir-se da humanidade, e sujeitar-se a todas as contingências mais triviais e vis da nossa natureza; depois, a todos os ultrajes.

2. AVAREZA


1º. Natureza. Avareza é o amor desregrado às riquezas. Assume duas modalidades:

a) É avarento o que anda aflito por ganhar mais dinheiro, sempre excogita artes de aumentar seus cabedais, e antes trata os bens como donos do que como servos. A fortuna, para ele, é um fim, e não o meio de prover às necessidades da existência.

b) É avarento mais encontradiço, o que está afeiçoado a seus tesouros. Sovina. Não dá nada. E quando precisa gastar, parece que lhe arrancam um pedaço da alma. A economia é outra coisa. Consiste em regular as despesas pelos rendimentos,: aquelas não excedendo estes. Não é vício. É virtude preciosa, estímulo do trabalho, e mãe da prosperidade. A avareza tanto se aninha no coração do pobre, como no do rico. Avulta, não raro, com a idade. Recrudesce com a velhice.

2º. Efeitos. Da avareza nascem:
a) a injustiça para com o próximo: fraudes, trapaças, roubos;
b) a traição: Judas vendeu seu Mestre por trinta moedas;
c) o empedernimento do coração para com os indigentes. O avarento não se compadece da miséria: nunca abre a mão para obsequiar, para dar esmola aos pobres.

3º. Malícia. A avareza pode vir a ser pecado grave:
a) contra Deus: o avarento prefere, com efeito, a tudo, o dinheiro. Adora o ouro. É seu ídolo. Deus não existe mais para ele.
b) contra o próximo: o avarento, certo é que não cumpre o dever de caridade. E este dever, em determinados casos, constitui obrigação imperiosa.

4º. Remédios. Dois remédios podem fazer bem ao avarento:
a) lembre-se amiúde que tudo passa neste mundo; que são perecedouros, frágeis, e de pouquíssimo valor, os bens da terra. Caducam rapidamente. Única riqueza de verdade é amar a Deus.
b) medite nos exemplos de Jesus Cristo. Era riquíssimo, quis nascer, viver e morrer, paupérrimo.


3. LUXÚRIA

Luxúria, ou lascívia, é o vício contrário à pureza, proibido pelo 6º e 9º Mandamentos da Lei de Deus.
I. A pureza. 6º e 9º Mandamentos

1º. Excelência da virtude da pureza. A castidade, ou pureza, consiste na abstenção dos prazeres carnais ilícitos. Nenhuma virtude tem mais valor do que a castidade, porque ela, melhor que as outras, é o domínio do espírito sobre a carne, da alma sobre o corpo. Por isso, não é de estranhar que esta virtude, preceito ou lei natural muito embora, fique sendo como que apanágio e monopólio da religião católica. É a pura verdade afirmar que não a conheceu o mundo pagão, e que, hoje em dia, desabrocha e viceja apenas no ambiente do Catolicismo.

2º. Objeto do 6º e 9º Mandamentos. O 6º e 9º Mandamentos da Lei de Deus proíbem os pecados de luxúria, contrários à virtude da pureza. Única diferença entre os dois, é que o 9º, repetindo o 6º, vai além, reforça a proibição, abarcando a mais os maus pensamentos e maus desejos. Assim, enquanto o 6º Mandamento veda atos, olhares e palavras ofensivas da modéstia cristã, o 9º atalha o mal na própria fonte, e condena o simples pensamento impuro, o simples desejo desonesto: de um lado, pois, os atos exteriores, e do outro, os atos interiores, como sendo, estes, causa daqueles, e comparáveis à fagulha que ateia o incêndio. Na explanação desta matéria, andaremos lembrados, de contínuo, dos prudentes avisos de Santo Afonso de Ligório e São Francisco de Sales, concordes nisso, e ambos com São Paulo, dizendo que não é bom, tocar em termos muito explícitos nestes assuntos, e que já se ofende a castidade, só com o nomear a impureza.

II. O que é proibido pelo sexto Mandamento da Lei de Deus.

O 6º Mandamento da Lei de Deus proíbe:

1º. As más ações. Há certas coisas indecentes que o menino não se atreveria a praticar à vista de seus pais ou de seus mestres, e que desonram e envergonham os autores, quando essas coisas vêm a ser conhecidas. Ora, aquilo, ainda que fique ignorado dos homens, não está escondido aos olhos de Deus. Logo, é pecado mortal por natureza. Sempre. Esteja, o culpado, só, ou na companhia de outras pessoas. Entretanto, a malícia varia segundo a qualidade destas pessoas e segundo as coisas más que se fazem.

2º. Maus olhares. Consistem em demorar a vista, por gosto e sem necessidade, nos objetos ou nas pessoas que podem excitar as paixões: por exemplo, estátuas, imagens ou pessoas que não têm a devida decência.

3º. Escritos e palavras desonestas. Quer dizer, qualquer escrito (maus livros e maus jornais), qualquer palavra (cantigas ou conversas despudoradas) que ofendem o recato, ou abertamente, às escâncaras, ou disfarçadamente, por meio de equívocos, ambigüidades, reticências. Nada mais prejudicial do que as más leituras. Quanto às más conversas, afirma São Paulo (I Cor XV, 33) "que corrompem os bons costumes".
III. O que proíbe o 9º Mandamento
O 9º Mandamento proíbe:

1º. Os maus pensamentos. O pecado de pensamento, que os teólogos, chamam de "deleitação morosa", consiste em se demorar, voluntariamente, na imaginação de uma coisa ruim, sem querer mesmo chegar à prática da mesma. Tal deleitação, ou gozo, é chamada morosa, do vocábulo latim "mora" atraso, diz Santo Tomás, porque a razão, em lugar de repelir sem tardança, como fôra de mister, as cogitações impuras que se apresentam, se demora nelas (immoratur), as acolhe com agrado, e nelas se compraz livremente (por aí se vê que vai grande diferença entre "deleitação morosa" e "sugestão má". Esta independe da vontade. É uma tentação, nem mais nem menos). Quem se entregou à deleitação morosa tem que declarar na confissão, a natureza específica deste pensamento; por exemplo, se tem voto de castidade, ou se as cogitações diziam respeito a uma parenta, ou a uma pessoa casada. É pecado mortal, quando a coisa é mesmo ruim, e o consentimento pleno. Do contrário, é venial. E não há pecado nenhum, quando se combate e se afugenta a representação do mal, e se reprova.

2º. Os maus desejos. O desejo é mais do que o pensamento, porque, com a imaginação do ato mau, está a intenção e vontade de praticá-lo. Perante Deus, é a mesmíssima coisa: querer ver, ouvir ou fazer, coisas impudicas, e ver, ouvir, ou fazer. Agora os desejos desonestos são como os pensamentos: culpados, exatamente na proporção em que são voluntários.
IV. Gravidade dos atos contra a pureza.
É facílimo avaliar a gravidade dos atos contra a pureza, pela meditação das conseqüências desastradas que acarretam na alma e no corpo:

a) Na alma. Nublam, entenebrecem, e materializam, a inteligência. Cegam-na para as coisas de Deus (I Cor II, 14). Desmoralizam e embrutecem o coração que, então, se separa e afasta de Deus, abandona a religião, cai na impiedade.

b) No corpo. A impureza estraga a saúde, exaure as forças, traz as doenças mais repugnantes e vergonhosas, as enfermidade mais asquerosas, e não raro, fim prematuro. Portanto, são mortais, geralmente, os pecados de impureza, a não ser que a irreflexão diminua esta gravidade.
V. Causas que levam à impureza.

As causas determinantes de pecados contra a castidade podem se classificar em: exteriores e interiores.

1º. Causas exteriores. São as que deparamos fora do nosso espírito viciado e do nosso coração corrupto pelo pecado original:

a) As más leituras. Esta rubrica geral abrange os livros ímpios, licenciosos, jornal ruim, revista ruim, e em especial, folhetins e romances que pintam ou encarecem o vício: denominam-se realistas ou naturalistas, e o que querem, é estadear o crime em todos seus pormenores, toda a hediondez, sem rebuços; ou denominam-se psicológicos, pretendendo escalpelar as almas com seus sentimentos mais abjetos, em todos seus refolhos. Uns e outros provocam desgraças. Não há iludir ou anestesiar a consciência. Ninguém se imuniza contra este tóxico violento, traiçoeiro e fatal. Dirão que procuram unicamente as belezas literárias, o encanto das descrições, a magia do estilo. É verdade. Isca fementida. Engodo. Procura-se tudo isso, e encontra-se mais alguma coisa: o veneno, que a alma engole por doses pequenas ou grandes, e que mata. Não se hão de perlustrar pântanos lodosos e pestilenciais sem apanhar pingos de lama. É absurdo. E será mesmo tão minguada a nossa literatura, que só nesses charcos se poderão descobrir modelos de estilo, de bela dição, de alta cultura clássica?

b) Espetáculos. Teatros e cinemas não são maus por índole, por natureza, é claro. Haveriam mesmo de aformosear a alma, educar a vontade, e nobilitar o coração. Infelizmente, sucede quase sempre o contrário. E passam a ser verdadeiras escolas do crime e da imoralidade. Glorificação do vício, apoteose e triunfo da impureza, e menosprezo ou escárnio da virtude, isto é que é. Alexandre Dumas o disse alto e bom som: a mãe prudente não assiste aos espetáculos, e muito menos levaria aí sua filha.

c) Dança e baile. Sendo exercício corporal, a dança é ginástica nada reprovável. A Bíblia refere, em muitas passagens, sem nota alguma pejorativa, as danças praticadas pelas moças e senhoras de Israel, para divertimento (Juízes XXI, 21, 23; Jerem. XXXI, 4,13) antes religioso, manifestação de piedade, do que mundano. A filha de Jefté vai ao encontro do pai, e vai dançando com uma porção de companheiras (Juízes XI, 34). Quando Davi, vencedor de Golias, regressa triunfante, as mulheres de Israel o ovacionam e celebram, com danças, a glória dele (Reis XVIII, 6, 7; XXI, 11). Davi ia dançando diante da Arca da Aliança, que ele mandava recolher, com inaudita pompa (II Reis VI, 5). Nota-se, entretanto, que, as mais das vezes, dançavam, as jovens, sozinhas, separadas dos moços (Ex XV, 20; I Samuel XVIII, 6).

A dança moderna, conhecida por nomes variadíssimos, é outra coisa. Altamente condenável, por causa da liberdade infrene que nela reina, dos encontros que ali se realizam. Excetuando determinadas reuniões de família, a regra geral é que não se deve dançar. Muito menos ainda, se hão de freqüentar bailes públicos, ou bailes mascarados, que são os mais perigosos. Em que conta teremos os tais bailes de caridade? São organizados para angariar donativos, para aliviar os desamparados, ou as vítimas de alguma calamidade: inundação, seca, incêndio, etc.; motivo de beneficiência. Ora, para saber o que vale este sistema, examinemos o caso. Será, um baile, mais puro e menos arriscado, porque o fim é a esmola? Que tem uma coisa com outra? Onde é que se viu alterada a essência de uma coisa porque se lhe mudou o destino?

d) Reuniões mundanas e más companhias. "Dize-me com quem andas, que te direi quem és". A freqüentação, os passeios, as amizades, ou familiaridade com pessoas levianas, frívolas, em busca de passatempos quaisquer, e que gastam o dia no ócio e na moleza, são também causas de muitos pecados de impureza.

e) Modas desonestas. Nos trajes femininos, a moda apresenta, por vezes, excentricidades que constituem verdadeiro desafio e insulto ao bom gosto e ao pudor. Tais modas são reprovadas pela religião, pela moral, e até pelo senso comum.

2º. Causas interiores. As causas provenientes de nós mesmos são:

a) Orgulho. Deus não ama os que "se ensoberbecem nos seus juízos", desampara-os, e deixa-os "entregues a paixões de ignomínia" (Rm I, 21,26).
b) Intemperança. "Não vos embebedeis com vinho, diz São Paulo, isto é, fonte de devassidão: mas inebriai-vos do Espírito Santo" (Ef V, 18). Quem anda atrás dos deleites dos festins, dá a mão às tentações da carne e da concupiscência.
c) Ócio. A preguiça é mãe de todos os vícios, e São Jerônimo afirma, desassombrado que, se está um demônio solicitando ao mal o homem que trabalha, estão mais de cem demônios tentando o que está desocupado.

VI. Remédios contra a impureza.
1º. Meios naturais.

a) é preciso lembrar, primeiro, a fuga das ocasiões que podem levar ao pecado, quer dizer, a supressão, de vez, de todas as causas acima mencionadas.

A ocasião se diz remota ou próxima.

a) Ocasião remota é a que conduz, de modo muito indireto, até a ofensa a Deus. Tais ocasiões enxameiam pelo mundo, não há como evitá-las sempre, porque se alastram por todas parte. A melhor boa vontade não o conseguiria. Fugir delas não constitui obrigação.

b) Ocasião próxima é a que provoca a tal ponto que é quase certo cometermos o pecado, se ela não for removida. (1) A ocasião próxima será necessária de necessidade física ou moral: necessidade física, quando é de todo impossível suprimi-la; necessidade moral, quando a dificuldade é grande. Em ambos estes casos, é preciso lançar mão de todos os preservativos e orações, recepção dos Sacramentos da Penitência e Eucaristia. Renovar, amiúde, o propósito de nunca mais pecar. (2) Ou a ocasião próxima pode ser afastada, e então, há obrigação imperiosa de removê-la. É condição "sine qua non" para obter a absolvição. A Igreja impõe esta regra, porque conhece o que diz a Sagrada Escritura: "Quem ama o perigo, há de cair no abismo" (Ecl. III, 24).

b) a vigilância é guarda dos sentidos, da imaginação e das afeições;c) a humildade;d) a mortificação;e) o trabalho, são outros tantos meios naturais e auxiliares poderosos na luta pela pureza.

2º. Meios sobrenaturais. Com os meios naturais, é indispensável ainda, o emprego dos meios sobrenaturais. Os principais são:

a) Oração. Deus nada recusa a quem pede.b) Confissão. Desvendar a chaga é curá-la.c) Comunhão freqüente. A Eucaristia é o alimento da força.d) Devoção a Maria Santíssima. Vendo perigo, a criancinha recolhe-se junto da mãe. Maria Santíssima é mãe de todos nós, e ela tanto estima a virtude de pureza, que protegerá seus devotos que lhe suplicam auxílios, que se recolhem pela prece, à sombra benéfica de sua égide maternal.


4. INVEJA


1º. Natureza. A inveja deriva-se da soberba. Consiste no regozijo pela desgraça que sucede ao próximo e no pesar pela boa sorte dele, como se a felicidade alheia perturbasse a nossa. Logo, a inveja tem duas caras: expandida e risonha perante o mal dos outros; amarrada e tristonha diante da prosperidade alheia.

O distintivo essencial da inveja é a falta de caridade. Portanto, não tem inveja:

1. quem se entristece porque vê que é feliz e passa bem uma pessoa que não o merece. Não é inveja, é "zelo desatinado" porque a repartição dos bens deste mundo é da conta exclusiva de Deus;

2. quem fica triste com a promoção de fulano, porque isto poderá causar transtornos; é "temor legítimo", se não ajuizado;

3. quem anda acabrunhado, porque outro ganhou o lugar que ele mesmo havia pleiteado por seus esforços; chama-se "brio, emulação".

Ciúme é uma face da inveja. Não se alegra com os reveses e dissabores alheios. Mas tem o receio exacerbado de perder o bem que possui, e cobiça violentamente o bem dos outros.

2º. Efeitos. Da inveja nascem a calúnia, a maledicência, a delação, as rivalidades, as discórdias, o ódio e até o homicídio.

3º. Malícia. A inveja ofende a caridade que devemos ao próximo. É tanto mais culpada quanto mais avultado fôr o dano que ela causar aos outros.

4º. Remédios.

a) primeiro meio para tratamento desta enfermidade moral é recordarmos que todos os homens tem igual natureza e igual destino. Não são irmãos em Cristo todos os católicos? E não são todos eles membros da mesma sociedade que é a Igreja?

b) segundo meio, é ponderarmos as conseqüências nefandas que formam o séquito da inveja.
5. A GULA.


1º. Natureza. Gula é o amor desordenado ao alimento. Quando se aplica de modo especial à bebida chama-se embriaguez, alcoolismo.

A. Considerada em geral, a gula manifesta-se de duas maneiras:

a) pelo excesso na quantidade. O guloso multiplica as refeições; come a torto e a direito; ou então come demais, ou muito depressa, avidamente;

b) por excessiva exigência na qualidade. Peca por gula o que procura iguarias finas, e requinta nos prazeres do paladar; e até, quem repisa, a toda hora, na conversa, esses tópicos.

B. Embriaguez é a forma mais torpe e repugnante da gula. Com efeito, quem cai neste vício até ficar bêbado, perde o uso da razão e resvala abaixo dos brutos.

C. Alcoolismo é a paixão dos excitantes, das bebidas fortes. O alcóolico não chega a embebedar-se; mas, em doses exageradas e múltiplas, ingurgita o temível veneno. Tornou-se hábito, necessidade fatal.

2º. Efeitos. A gula em geral provoca:

a) o abandono das obrigações religiosas;

b) a transgressão das leis do jejum e da abstinência;
O alcoolismo tem conseqüências ainda mais desastradas. Com efeito, o alcoolismo não é senão embriaguez no estado crônico:

a) no indivíduo viciado por este funestíssimo hábito, aparecem as doenças mais impiedosas (...) As faculdades intelectuais embotam-se gradualmente, e breve, a vítima acha-se como que bestificada. No ponto de vista moral destrói o pudor e os brios, deixando apenas a medrar os instintos da animalidade.

b) na família é fautor de anarquia. O alcóolico foge do lar; deixa no desamparo mulher e filhos. E se, porventura ainda trabalha, gasta com o vício tudo o que vai ganhando.

c) para a sociedade também o alcoolismo é um flagelo, um cancro. Nos países onde grassa, queima as veias de um povo inteiro, dessora e desfibra a raça mais profundamente do que a chacina das batalhas.

3º. Malícia.
O amor exagerado do comer e do beber não é, em si, pecado grave. Adquire, porém, este caráter, quando levado ao ponto de menosprezar e transgredir o preceito da penitência.
Com a embriaguez, o caso é outro. Quando acidental e involuntária, desculpa-se; mas se for propositada, é pecado mortal. Quanto às faltas cometidas pelo bêbado, ele é responsável no grau em que as previu: a culpabilidade não está no ato, está na causa.
Tanto mais culpado é o alcoolismo quanto mais lamentáveis são os estragos que produz.

4º. Remédios. Para sanar este defeito da gula são eficazes as seguinte receitas:

a) evitar tudo o que lisonjeia demais o paladar, como as iguarias saborosas e muito finas;

b) pensar que isto de comer e beber não é o fim da atividade humana. Existe o alimento para a vida, não a vida para o alimento.

c) os pais devem incutir no ânimo dos filhos o amor da temperança e sobretudo dar-lhes bons exemplos a respeito.

d) as donas de casa zelem por ter um lar confortável e atraente, que agrade às visitas, ao esposo e aos filhos, desviando-os da freqüentação de tabernas e botequins.


6. IRA


1º. Natureza. Ira é um movimento desordenado da alma que se revolta contra o que não lhe apraz. Muitas vezes, é o resultado do orgulho que se julga melindrado, e quer desforçar-se. Mas é também uma paixão proveniente da índole, e que a vontade custa a senhorear.
Nem sempre alcança, a ira, o mesmo grau de violência. Por isso distinguem-se:

a) a impaciência;b) a raiva;c) o arrebatamento, que se derrama em berros e desaforos;d) o furor, que se traduz por insânias, acessos próximos da loucura;e)a vingança, que é o desejo cultivado de prejudicar a quem nos desagradou.

Há certa cólera que não é pecado. Vem a ser, apenas, justa indignação, quando se manifesta dentro de limites razoáveis: na hora azada, contra quem a merece, e com intensidade prudente. Um pai de família se mostrará oportuna e eficazmente irritado com o comportamento mau do filho, e infligirá uma correção enérgica que produza frutos de emenda. Um superior de comunidade, no desempenho do seu cargo, castiga publicamente uma ofensa à regra. A cólera, então, não é vício, é virtude.

Na Sagrada Escritura, temos muitos fatos destes. Moisés, ao deparar com o bezerro de ouro, deixa-se arrebatar pelo furor da ira santa, e quebra as tábuas da Lei (Ex XXXII, 19). Deus, muitas vezes, ira-se contra os pecadores (Sl CV, 40). Nosso Senhor lança mão do chicote, e tange para fora, irado, os vendilhões do Templo (Mt XXI, 12). Zanga com os Fariseus, que andavam espiando, para ver se haveria de curar, em dia de Sábado, o enfermo com a mão ressequida (Mc III, 5). São cóleras santas que têm justificativa no fim almejado: debelar ou fustigar o mal, e emendar os pecadores.

2º. Efeitos. A ira gera as disputas, as quisílias, doestos e vitupérios, brados e invectivas, rancor, ódios, assassínios e demandas.

3º. Malícia. Quando a cólera provém da índole, do gênio, é culpa venial só, a não ser que se desmande em crises, e seja deliberada. Quando inclui o desejo desnorteado de vingança, ofende a justiça ou a caridade, e então é pecado grave.

4º. Remédios. Para amordaçar e refrear a cólera, é preciso:

a) atalhar logo o primeiro ímpeto;b) lembrar-se do preceito do Senhor: "Amai vossos inimigos ... fazei o bem aos que vos odeiam" (MT V, 44);c) meditar o exemplo do divino Mestre, Cordeiro manso e humilde de coração.


7. PREGUIÇA


1º. Natureza. Preguiça é o apego desmedido ao descanso que leva a omitir nossas obrigações, ou a descuidá-las. O espírito e o corpo do homem que trabalha necessitam de repouso. Mas, este não pode vir a ser regra geral, e com que o único fruto da existência.

Distinguem-se:
a) preguiça espiritual;b) preguiça corporal.

Aquela é falta de ânimo, de coragem no cumprimento dos deveres religiosos, na oração. Esta é desleixo das nossas obrigações de estado.

2º. Efeitos. A preguiça faz ociosa a vida, e franqueia, a todas as tentações, os caminhos da alma. "A preguiça é a mãe de todos os vícios". A preguiça espiritual põe em perigo a salvação eterna, pois "cada um há de receber a própria remuneração, conforme o próprio trabalho" (I Cor III, 8).

3º. Malícia. É pecado grave, a preguiça, quando chega até o esquecimento de Deus e das nossas obrigações mais importantes.

4º. Remédios. Para extirpar a preguiça, reflita-se que o trabalho é lei universal imposta pelo Criador. Os ricos não são dispensados. Existe, para eles, o grande dever da caridade, que os manda trabalhar a fim de aliviar, mais eficazmente, a sorte dos pobres

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PELA CIDADANIA- A.M.I.


A visão de um cidadão activo e inconformado com certos aspectos e da sociedade.
Sexta-feira, 26 de Junho de 2009
As instituições da Sociedade Civil não estão lançadas na conquista do poder - conceito cada vez mais ilusório, efémero, diluído, relativo e pouco substantivo no mundo actual - mas estão, sim, empenhadas numa cruzada pelo reconhecimento sem ambiguidades da utilidade e mesmo da indispensabilidade de uma sociedade civil organizada, forte, credível, transparente, participativa, exigente, frontal, coerente, empreendedora, activa e atenta, em Portugal como no resto do Mundo.

De facto, a implicação sistemática da Sociedade Civil organizada nos processos de decisão de assuntos que dizem respeito à vida dos cidadãos, é decisiva, se quisermos um Portugal, uma Europa e um Mundo aberto e democrático que, efectivamente, pretenda, e talvez consiga, erradicar a pobreza e promover um desenvolvimento sustentado e durável para todos.

É este, hoje, o novo paradigma de sociedade pelo qual lutamos democraticamente pois estamos perfeitamente conscientes e convictos de que, sem uma Sociedade Civil atenta e participativa, não há Cidadania plena, não há Democracia duradoira, não há Desenvolvimento harmonioso.

Disso também as Nações Unidas estão cientes quando tentam incentivar e implementar o conceito de “Diplomacia Democrática” que mais não é do que o indispensável diálogo activo e construtivo entre Sociedade Civil, Governos e Nações Unidas, na expectativa de que as decisões tomadas, nomeadamente nas Assembleias Gerais, sejam seguidas de implementação e não se acumulem em arquivadas e inúteis resmas legislativas que só contribuem para a Globalização Armadilhada em curso.

Pessoalmente e em nome da AMI, creio sinceramente que só uma Sociedade Civil forte, politicamente independente e, por isso, obrigatoriamente, financeiramente independente, pode fazer ouvir a sua voz sobre temas candentes que condicionam o futuro da Humanidade, contribuindo assim decisivamente para a perenidade da Democracia que é, convenhamos, o bem mais precioso que a Humanidade alcançou um dia.

Não estamos à procura da usurpação do poder dos órgãos democraticamente eleitos nem de protagonismos fúteis e estéreis mas sim, prontos a darmos um contributo, que pensamos ser positivo, na procura das soluções para os problemas que nos afligem, sejam eles nacionais ou globais.

O que nós pretendemos e ousamos até exigir, em nome da Sociedade Civil Portuguesa e Mundial e das centenas de milhões de seres humanos que diariamente são vítimas da globalização economicista e autista em curso, pese embora a violentíssima crise que abalou a economia de Mundo e cujos efeitos sociais e políticos ainda não são conhecidos em toda a sua amplitude, é uma globalização com marcadas preocupações humanas, sociais, ambientais e culturais, em que os direitos humanos, enfim respeitados, possam andar de mãos dadas com uma maior equidade no que diz respeito a uma melhor redistribuição da riqueza, dos cuidados de saúde e dos alimentos assim como a uma boa acessibilidade à educação, à cultura e à água para todos!

Para nós, é de todo impensável e inaceitável que a Humanidade continue a trilhar, por mais 30 anos, o mesmo caminho intolerante, indiferente e autista que vem percorrendo nas últimas três décadas sob a batuta feroz e cega de uma economia liberal selvagem, unicamente preocupada com o lucro fácil e o seu deus-mercado que tudo parece condicionar e justificar, esquecendo-se das suas responsabilidades sociais, morais e éticas. Tal evolução, a ser mantida, não seria compatível com a sobrevivência da Humanidade! Os senhores de Davos e os governantes têm que entender esta evidência!
A nossa visão do Mundo é partilhada por milhares de organizações espalhadas pelo mundo, com preocupações humanistas e sociais, actuantes, que sonham e trabalham para a construção de um mundo melhor e até já ousam falar da necessidade de uma cidadania planetária participativa e actuante.

O perdão da dívida dos países em desenvolvimento e o congelamento das contas bancárias astronómicas dos seus corruptos e insensíveis governantes, a defesa das mulheres no mundo, a luta pela democracia participativa em todos os países, mesmo nos actualmente ditos democráticos, o fim dos regimes ditatoriais e corruptos, a luta pela salvaguarda do meio-ambiente, o fim do trabalho e da prostituição infantis, o fim da violação dos Direitos Humanos, a luta sem tréguas contra as doenças esquecidas (nomeadamente a Sida, a malária, a tuberculose), o fim das manipulações genéticas dos alimentos, o fim das crianças-soldados, o fim das armas biológicas, nucleares e químicas, sejam elas “empobrecidas” ou não, continuarão a ser, entre muitas outras, a razão da luta sem quartel que os movimentos da Sociedade Civil Mundial continuarão a travar em prol do Ser Humano, até que sejam ouvidos!

Que ninguém tenha dúvidas a esse respeito: o movimento de mudança começado em Seattle e organizado em Porto Alegre não tem retorno e far-se-á pacificamente, espero, ou senão, violentamente, bem o receio.
Estou convicto, como li algures, que o optimismo da vontade ainda se pode sobrepor ao pessimismo da razão. Este é o meu sonho, possivelmente e provavelmente o vosso também, mas sei que só é possível atingirmos esse objectivo se estivermos juntos.
Notas:

a) De notabilizar o lançamento, pelas Nações Unidas, da oportuna e indispensável iniciativa “Condomínio da Terra” (salvaguarda dos espaços comuns do Planeta Terra: atmosfera, hidrosfera e biosfera), do qual sou um dos Embaixadores em Portugal.

b) Sábado, dia 27 de Junho, estava previsto decorrer um jantar de gala, seguido de leilão de obras de arte, a favor da AMI, no Porto. Foi cancelado, por ter havido demasiadas desistências quanto às presenças. Dizem-me que terá tido a ver com as minhas opções pessoais, enquanto cidadão, durante a campanha para as eleições europeias, o que muito lamento. Felizmente, ainda há Pessoas que sabem separar o trigo do joio e compreender o outro para além do juízo de valor fácil e gratuito… o Doutor Mário Soares convidou-me para apresentar o seu último livro, mesmo sabendo da minha opção pessoal nas eleições europeias; no próprio dia 27 de Junho (amanhã) receberei a medalha de ouro da cidade de Vila Nova de Gaia, atribuída pela Autarquia, presidida por Luís Filipe Menezes; e da parte dos meus ilustres e queridos Amigos Dra. Leonor Beleza, Prof. Doutor Adriano Moreira, Senhor Dom Duarte Pio e Senhora Dona Isabel de Herédia não senti a mínima alteração na relação de profunda amizade e respeito que mantemos.
Admitir a diferença, e respeita-la, é o valor basilar da Paz e de uma Cidadania esclarecida.

c) Sei que tenho estado bastante ausente deste espaço. E não posso prometer que nos próximos tempos vá ser diferente… Em Julho estarei em “retiro”, durante duas semanas, para estruturar e alinhavar o meu próximo livro, que consistirá num conjunto de reflexões pessoais sobre o actual estado do Mundo, seus problemas e, quanto a mim, caminhos a seguir. Perdoem-me os que acharam que este blog teria uma outra cadência. É, isso sim, inversamente proporcional ao ritmo da minha vida…
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publicado por Fernando Nobre às 12:47 link do post comentar ver comentários (12)